J
Jesus- Joana d´Arc - Justiça
Primeira sentinela, Criador autêntico
Suas palavras abrasarão de modo mágico
As multidões espantadas, desencadeando uma resposta,
Uma conscientização, uma visão sintética
Nos pensamentos místicos das mentes filosóficas
Tentando inculcar uma doutrina fantástica
Jesus é sem dúvida o nome mais célebre e, no entanto, o mais desconhecido dos nomes usados em seu planeta. O mais conhecido, porque o mundo inteiro vive segundo tal data, seguida da menção « depois de Cristo », e o menos conhecido porque nenhum texto religioso ou histórico ainda disse realmente quem era, é e será Jesus na realidade humana, pois, a exemplo do Antigo Testamento, o Novo se constitui de textos mesclados que não dizem todos estritamente a verdade, o que resulta nessa religião incompleta que Jesus não queria a preço algum, e que cometeu ao longo dos séculos atrocidades duplamente inadmissíveis na medida em que elas eram executadas em nome do Salvador. Será mais simples começar por lhes dizer quem Jesus não é, já que dezenas de histórias fantasiosas circulam dissimuladamente a respeito de sua vida oculta e até da oficial.
1°)- Jesus não nasceu em 25 de dezembro do ano zero da era cristã.
2°)- Seu pai biológico não foi Gabriel, mas José.
3°)- Jesus não é o Filho membro da Trindade do Paraíso, como ensinado pelo catolicismo.
4°)- Jesus não era um agitador político, nem um profeta, nem um iniciado aramaico, nem um louco, nem um anarquista, nem um místico, nem um bruxo curador, e não morreu na cruz para resgatar os pecados de vocês.
5°)- Ele não esteve na Índia ; nunca fez amor com uma mulher, portanto não deixou qualquer descendência.
6°)- Ele realmente não pensou, quando seus quatro membros estavam pregados na cruz, que Deus o havia abandonado.
7°)- Os milagres de Jesus são todos explicáveis por sua natureza divina.
8°)- Os evangelhos sinóticos não são indiscutíveis.
9°)- O sudário de Turim não é uma contrafação.
Eis agora a enésima história de Jesus antes e após sua vida humana compartilhada com vocês (desta vez, segundo um anjo), o que ele fez, como e porque :
Os reis magos
1°)- É certo que ele nasceu em Belém, mas exatamente ao meio-dia de 21 de agosto do ano –7 antes de sua própria era. O que faz que, na verdade, o ano de 2001 seja seu 1994. Assim sendo, não ouçam seus milenaristas pessimistas, testemunhas de Jeová à frente, mas trabalhem pelo bem simplesmente ali onde estiverem, sem atrasos no caminho, a fim de preservarem seu ambiente da destruição por respeito à vida. É o mínimo que se pede de vocês para que tenham direito à vida eterna !
2°)- É certo que Gabriel apareceu a Maria e a sua prima Elizabeth para lhes anunciar acontecimentos, mas o patrimônio genético de José e de Maria é que geraram o corpo físico de Jesus.
Eles tinham sido escolhidos para formar o casal procriador em função da excelente qualidade de seus cromossomos e de seu sistema imunológico ; de fato, Jesus não poderia cumprir sua missão com um corpo deficiente. José não descendia do rei Davi ; Maria é que tinha ancestrais do ramo de Davi .
Entretanto, se José teve de ir a Belém para o recenseamento geral ordenado por César Augusto em todo o seu império foi porque, seis gerações antes, seu ancestral paterno, que ficara órfão muito cedo, tinha sido adotado por um certo Zadock, que, ele sim, descendia geneticamente de Davi. Por esse laço indireto é que José era considerado como fazendo parte da casa de Davi e que o Salvador de vocês nasceu em Belém num estábulo, devido à falta de lugar nos albergues. Não sendo rico, José não era tampouco um mendigo. Quando Jesus saiu do ventre de sua mãe, ajudada por várias viajantes prestimosas, nenhum rei mago estava presente. As populações da época, como, aliás, as de agora, de deleitavam com contos de fadas e teciam continuamente belas lendas sobre a vida e a obra de seus chefes religiosos e políticos. Naquela época em que o papel e a tinta ainda eram raros, a maior parte do conhecimento e das informações era transmitida aleatoriamente de boca em boca.
Assim, ao longo das gerações e das diferentes colorações poéticas, os mitos se tornavam tradições e eram finalmente aceitos como fatos reais. Entretanto, nunca há fumaça sem fogo, por menor que este seja, e realmente aconteceu algo que pôs em cena os « Reis magos ». Eis a história : no mês de outubro do ano em que Jesus nasceu, um homem que vivia em Ur, educador religioso e astrólogo, teve um sonho no qual ouviu que « a luz da vida » ia fazer sua aparição no planeta como um bebê da etnia judaica. Esse tipo de sonho é comum entre os altos iniciados.
Em nossa época, os sonhos desses super-homens que são os lamas rimpoche ajudaram a descobrir o invólucro carnal do Dalai Lama e de outros avatares tibetanos até no Canadá ou na França. Aquele educador consciencioso de Ur abriu-se sobre o sonho a três sacerdotes que viviam em sua cidade. Estes, « misteriosamente » inspirados, decidiram certificar-se do fato e partiram imediatamente para a Palestina a fim de verificar se o sonho era premonitório e assim, importante por sua natureza mística, ou se não passava de um simples sonho pessoal do astrólogo. Chegaram a Jerusalém pouco depois do dia do nascimento de Jesus, procurando em vão até então uma pista que corroborasse o sonho se seu colega. Depois, logo antes do momento em que tinham decidido deixar a cidade Santa, encontraram casualmente Zacarias, pai de João, dito « o Batista », e marido de Isabel, a quem Gabriel havia aparecido para lhe transmitir mais ou menos a mesma mensagem do sonho do mesopotâmico.
Não foi evidentemente preciso mais para que os sacerdotes, guiados por Zacarias, decidissem que, sendo Jesus de fato o profeta anunciado em sonho, iriam apresentar seus respeitos ao novo mestre do mundo espiritual e terrestre.
Quando chegaram a Belém, Jesus estava com três semanas, e crescia normalmente, com a ajuda do leite materno, como todos os bebês do mundo. Eles se maravilharam, como era de se esperar, diante do belo bebê, deixaram presentes para Maria e voltaram para Ur a fim de anunciar a boa nova a seu povo, que, aliás, em sua maioria, não deu a menor importância ao fato. Atualmente, o país onde viviam esses sacerdotes se chama Iraque, aí está.
Quanto à bela história da estrela que se crê tê-los guiado diretamente até o local do Nascimento, a verdade difere da versão oficial, mas não é pura invenção : em 29 de maio do ano 7 a.C., uma conjunção extraordinária de Júpiter e Saturno teve lugar na constelação de Peixes, mostrando uma única estrela, mas com praticamente o dobro da luminosidade.
Excepcionalmente, nos arquivos dos movimentos celestes, a mesma conjunção aconteceu no mesmo ano, exatamente em 29 de setembro em 5 de dezembro. Os biógrafos fervorosos de Jesus viram nesses acontecimentos excepcionais a mão de Deus, e construíram a lenda atraente e sobrenatural da estrela que guiou os Reis até o Rei dos reis. As estrelas que saem de suas órbitas para indicar um presépio em pleno deserto a alguns viajantes em dorso de camelos não podem existir na realidade física, não mais que Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa.
Entretanto, não se esqueçam que, em seu nível, a vida é um eterno milagre, e seu planeta, uma jóia inestimável do espaço.
Micaël, chefe supremo de nosso universo local
3°)- O verdadeiro e imutável nome de Jesus é Micaël. Ele é um dos setecentos mil Filhos paradisíacos criados segundo Seus desejos por uma, pela outra, por duas das três ou, ao mesmo tempo, pelas três deidades do Paraíso que vocês conhecem como a Trindade. Eles formam assim sete combinações possíveis de arquétipos divinos primordiais, cada Filho paradisíaco tendo um ponto mais forte que os demais, para que infundam em seus futuros universos valores diferentes e complementares mais do que valores idênticos. Assim, nosso Micaël escolheu a compaixão, e é por isso que somente a compaixão está em ressonância com as forças universais de seu universo local onde nos encontramos, e somente a compaixão aplicada em toda parte e para com todos poderá transformar seu planeta num novo paraíso onde seja bom viver em paz e segurança, à parte os eventos naturais inevitáveis e inerentes à criação.
Cada um desses seres magníficos e perfeitos, pois diretamente criados pela Trindade do Paraíso, tem a prerrogativa e os meios de criar um universo local abrigando vários milhares de sistemas solares, cada um deles contendo pelos menos um planeta. Por amor, apraz a Deus, compartilhar Seus próprios poderes criadores com Seus filhos e filhas diretos. Assim, ele delega hereditariamente Seus esses poderes a todos os Seus filhos, inclusive a vocês, humanos. Vocês mesmos, aliás, gostam de delegar tanto quanto possível seus poderes criadores, já que concebem robôs capazes de criar, o que provoca os dilúvios de humanos desempregados...
Tão logo seu Universo local emergiu do primeiro big bang gasoso, os planetas atingiram sua velocidade de cruzeiro em torno dos respectivos sóis, e a vida se desenvolveu até o ponto em que uma civilização pôde acolher pessoas capazes de elevar seu nível de consciência até o sétimo chacra, o que era o caso, para voltar ao planeta de vocês, entre certos gentios e judeus; um Filho paradisíaco deve, segundo a vontade original de Deus, viver a vida da mais humilde e da mais inferior das criaturas, desenvolvendo-se em sua criação. No interior desse invólucro, e sem trapacear, ou seja, sem usar seus poderes divinos, ele deve mostrar a seus filhos humanos como devem considerar sua vida e a de seus próximos, mesmo distantes, como devem se comportar em situações de todo tipo em que incessantemente são colocados num planeta tumultuado, como devem considerar o Deus que o fez e que habita, fora de qualquer olhar humano, o Paraíso, além de inúmeros outros temas ligados à vida prática. O objetivo dessa regra é fazer com que um criador celeste verifique pessoalmente se sua criação é viável, e se ele não tende a exigir de suas criaturas esforços que elas seriam incapazes de fazer, mais por lacuna criativa do que por falta de boa vontade.
Pode-se dizer que Jesus teve sucesso em sua prova de fogo terrestre, pois sua vida e seus ensinamentos são e serão eternamente os melhores exemplos para vocês, humanos teimosos, pois emanam pessoalmente de seu Pai cósmico direto, e os apóstolos repetiram global e fielmente as grandes linhas de sua mensagem. Entretanto, é preciso que se saiba que a religião nascida desses evangelhos não é, em caso algum, a religião de Jesus, mas uma religião a respeito de Jesus. Ele jamais quis instituir dogmas ou rituais imutáveis, nem favorecer a idolatria (razão pela qual teve o cuidado de não deixar qualquer registro escrito, nem qualquer parte de seu veículo biológico).
Somente o sudário dito « de Turim » foi milagrosamente preservado contra as múltiplas tentativas por parte dos apóstatas, desde a Idade Média, de o destruir pelo foto, a fim de lembrar ao mundo, principalmente ao mundo moderno, que Jesus de fato existiu, o que poderá ajudar alguns a finalmente mudarem para melhor. Ainda recentemente, em 1998, foi necessária a intervenção « miraculosa » de um bombeiro que não deveria supostamente estar de serviço naquela noite para que o sudário fosse uma vez mais salvo da destruição pelo fogo. Ignóbil Lúcifer. Ele jamais vai parar !
Micaël ama acima de tudo seu Pai, o amor fraterno, a compaixão e a não-violência ativa. Ele detesta a hipocrisia, o amor das riquezas materiais e o comportamento dos que fazem eles próprios justiça com violência. Sentindo-se diretamente atacados por tais ensinamentos, os saduceus e os fariseus decidiram livrar-se rapidamente desse rabino revolucionário e curador que preconizava loucuras tais como a igualdade entre os sexos, o respeito entre as castas e a fraternidade universal. Antes que ele se tornasse excessivamente popular, eles rapidamente pediram ajuda aos brutais romanos, manipulados que estes estavam pelos demônios, donde o desaparecimento terrível, prematuro e absurdamente injusto de seu Messias durante a Páscoa. Normalmente, após a vinda de um deus local feito temporariamente homem e vivendo publicamente uma vida humana exemplar, o nível mental e espiritual da população envolvida sobe vertiginosamente em algumas gerações. Mas, não se esqueçam de que, infelizmente, tratamos aqui de um planeta cujos habitantes têm sofrido gravemente e continuam atualmente a sofrer com a rebelião luciferiana.
Não foi entretanto apenas Satã, o braço direito de Lúcifer, que veio atormentar Jesus no deserto ; o caso é que Jesus é seu pai, logo, seu superior hierárquico, como todas as outras criaturas nascidas no universo de Micaël. O que significa que um filho angélico não pode sobrepujar um Filho paradisíaco, e Jesus decidiu que, a partir da data de seu encontro com Satã no deserto, bastaria a invocação de seu nome bíblico para frustrar as obras diretas de Lúcifer, Satã, Bafomet, Belzebu e todos os outros esbirros caídos e apóstatas. Foi assim que exorcismo pôde surgir e que o nome de Jesus foi e é sempre eficaz e suficiente para livrar os humanos possuídos. Que os escandalosos abusos da Inquisição nesse campo muito particular que é o exorcismo sejam, aos olhos de vocês, como a árvore que esconde a floresta. Jesus, enquanto Micaël, é efetivamente o pai criador e o superior hierárquico dos anjos caídos. Eles não foram criados caídos, mas assim se tornaram por usarem seu próprio livre-arbítrio, sendo que em sua maioria, centenas de milhares de anos após seu nascimento. Como todos os anjos criados por Micaël, eles haviam nascido perfeitos...
Mas ninguém está todo o tempo livre de um erro de julgamento, por isso a aprendizagem de vocês é longa e completa, em seu próprio interesse. Como qualquer criatura nascida no universo Micaëlino, vocês são também filhos de Jesus, sendo Jesus e Micaël a mesma « pessoa ». Todas as suas atitudes e todos os seus comentários foram os de um pai amoroso que veio também revelar a verdadeira natureza de seu próprio Pai, aquele que reside em vocês em forma de parcela pré-pessoal e que deve se fundir com seu ego. Como no sonho « apocalíptico » de João, Jesus se senta à direita de Deus, mas no coração de cada humano, e não no Paraíso, donde a confusão entre o « Filho » da Trindade e Micaël, Filho paradisíaco, como setecentas mil outras criaturas como ele já criadas.
Essa posição de Deus local que Jesus ocupa explica, na verdade, em relação a vocês, porque ele é, com justa razão, considerado como um Deus em seu planeta, a despeito de todas as violências inacreditavelmente contraditórias perpetuadas em Seu Santo nome. Só um Deus poderia de fato vencer sem batalha militar o Império Romano fascista, levado a seu paroxismo de violência sob o comando de Calígula, notório demônio encarnado, e de sua irmã.
Dura lex, sed... lex
4°)- Ele não morreu na cruz para expiar a culpa de seus filhos ou resgatar seus pecados, mas porque a maioria dos membros do Sinédrio de Jerusalém, manipulada telepaticamente pelos anjos apóstatas, tinha decidido condená-lo à morte. Ele teria de bom grado dispensado uma morte dolorosa e humilhante, e isso é especialmente verdadeiro se pensarmos que não acontece com freqüência a um Deus ser tratado de tal forma por minúsculas criaturas mortais. Mas a regra é viver exatamente como um ser humano comum, e um ser humano condenado à morte morre forçosamente de forma violenta. Aliás, a morte, seja qual for a forma que tome, é uma das fases inevitáveis da Vida.
Por isso é que ele não se desviou do destino que lhe haviam preparado suas próprias criaturas imperfeitas. Aproveitou para fazer de sua morte um exemplo, dizendo a respeito de seus sádicos torturadores : « Perdoai-os, meu Deus, porque não sabem o que fazem ». Quanto à redenção dos pecados, esta operação é individual. Ninguém tem de carregar a responsabilidade espiritual pelas faltas cometidas por outros! Abandonem finalmente suas noções primitivas de um Deus iníquo que ama o sangue como meio de redenção.
Os criadores universais não são nem injustos, nem idiotas. Qualquer dogma que tenda a fazê-los passar por sádicos ou imbecis só pode vir da inspiração de um apóstata. Portanto, não o levem em conta. A morte de Jesus não salvou ninguém em particular, salvo talvez a alma do ladrão que compartilhava de seu suplício no Gólgota. Ao contrário, sua morte condenou algumas pessoas a uma longa estada no purgatório ; o que constitui a teia do destino potencialmente eterno de vocês são apenas suas ações diárias. Crer em outra coisa só fará mergulhá-los na confusão filosófica e os fará perder tempo em sua busca da Verdade espiritual.
A lenda indiana
5°)- A respeito da história do túmulo portando o nome de Jesus que foi descoberto na Índia, o que levou alguns historiadores amadores a deduzir que Jesus tinha ido fazer sua iniciação na Índia antes de seu sacerdócio ou, ainda mais estapafúrdio, que ele não havia de fato sido executado na cruz, mas dela retirado em segredo, ainda respirando, por alguns de seus seguidores incondicionais, depois tratado, até embarcar para a Índia onde morreu. Eis a verdadeira explicação:
Em sua juventude, Jesus tinha feito muitas viagens, mas essencialmente para os países mediterrâneos, como a Grécia, a Itália e o Egito. Ele esteve várias vezes em Roma, onde pôde encontrar grandes filósofos, ascetas religiosos, praticantes do cinismo, dos mistérios, do estoicismo, etc... Fez intervenções notáveis pela inteligência e sensibilidade compassiva, informações sobre as mesmas tendo se espalhado o suficiente para que, alguns anos mais tarde, Pedro, Tiago e outros encontrassem um terreno já semeado, graças a essas primeiras visitas oficiosas do jovem Jesus. Em Alexandria, ele se entreteve com muitos filósofos, como Fílon o Grego, e as conversas de alto teor que tiveram marcaram profundamente este último , que utilizou em seguida em suas obras um bom número desses colóquios com o Deus incógnito de seu Universo. Isso serviu também de adubo para as futuras ações dos evangelistas, que pregaram com sucesso entre os helenos. O judaísmo, em compensação, resistiu a todos os esforços dos prosélitos cristãos, e recusou o novo evangelho...
Foi depois disso que nasceu o provérbio : « Ninguém é profeta em seu país »[1]. Seria interessante saber porque, pois eu continuo a não perceber a razão pela qual é tão duro ser profeta quando se está em casa. Durante anos, ele foi também preceptor do filho de um rico armador indiano que o levou em seu barco mercante durante anos, e lhe deu a oportunidade de percorrer e conhecer o mundo dos gentios. Ele teve portanto todas as possibilidades de testar seus ensinamentos filosóficos revolucionários junto a diferentes espíritos, dentre os quais o desse jovem indiano, e de observar as diferentes reações ; elas foram todas positivas, em especial no caso desse jovem, que foi capaz de entender o valor da nova doutrina de igualdade, de fraternidade e de compaixão.
Tão logo voltou de seu longo périplo com o pai, o jovem falou profusamente dele em sua vizinhança, pois pressentira a natureza divina de seu doce e paciente preceptor, o que o levou a começar a pregar o novo evangelho dos ensinamentos de Jesus.
Quando esse fiel e devotado apóstolo desconhecido da história oficial morreu, foi enterrado segundo a tradição hindu, que requer que se leve em primeiro lugar o nome do Santo ou do deus mais venerado. Sendo Jesus o seu Deus, foi esse o nome inscrito na pedra tumular, aquela que foi recentemente descoberta e que deu origem a essa lenda suplementar sobre a vida e obra, já bem pesadas, do Mestre.
Salmo XXII : o qüiproquó
6°)- A interpretação oficial da célebre frase : "Eli, Eli, lamma sabacthani” (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste ?) ensejou debates sem fim sobre a fraqueza bem humana mas de qualquer modo surpreendente manifestada por Jesus durante seus últimos momentos. Entretanto, ele havia dito anteriormente :"Aquele que me viu, viu o Pai » e « Eu sou o Caminho » . Nenhuma imperfeição seria pois possível num Deus perfeito, e o qüiproquó relativo a essa frase lança uma sombra sobre a perfeição de Jesus e a importância de sua mensagem, sua confiança incondicional no amor de Seu Pai e a superioridade de Seus grandes desígnios. Eis portanto a verdadeira explicação dessa frase surpreendente, pois Jesus de fato a pronunciou :
“Pouco antes de sua morte física, Jesus começou a ficar inconsciente. Ele então se refugiou na técnica auto-hipnótica de recitação de textos sagrados, tentando esquecer um pouco as múltiplas dores que lhe enviava seu sistema nervoso torturado. Do Livro dos Salmos, que ele decidiu recitar com uma voz agonizante, veio-lhe o salmo XXII, que começa textualmente com a frase : « Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste ? »...
Aconteceu simplesmente que essa frase foi murmurada de forma um pouco mais inteligível que outras, e ela é que foi repetida pelas testemunhas auditivas de sua execução, mas infelizmente fora de seu contexto, donde essas teorias nebulosas sobre a fraqueza moral e espiritual do Deus vivo (ele já não tinha ao pé da cruz Maria, sua mãe, pois lhe tinha pedido que partisse antes de sua morte ; mas ali estavam Judas, um de seus irmãos ; Rute, uma de suas irmãs ; finalmente, alguns de seus discípulos, como Joaõ Zebedeu, Maria Madalena e Rebeca). Na verdade, eis quais foram suas últimas palavras, devidamente traduzidas : « Acabou-se ! Pai, entrego meu espírito em tuas mãos ». Sua morte foi tão digna que o centurião romano que o viu morrer bateu no peito e disse em latim uma frase que, traduzida, diz : « Era na verdade um homem íntegro ». E a partir desse dia, esse oficial romano teve fé na natureza divina de Jesus, e se tornou um cristão ativo. Essa forma de morrer é bem mais reveladora da força infinita do caráter de Jesus do que a lenda particularmente errônea sobre suas dúvidas metafísicas diante de sua própria morte. »
Tudo é milagre
7°)- Quanto ao aspecto miraculoso de certos atos de Jesus, vocês devem saber que foi sempre contra sua vontade que Ele usou algumas vezes seus imensos poderes terapêuticos. Embora homem sob todos os aspectos, Jesus havia retomado toda a personalidade divina própria do deus Micaël no dia em que começou sua carreira pública, após o batismo realizado por seu primo João no Jordão. Mas a regra decretada pelo criador do Paraíso desaconselha – para não dizer proíbe – que os Filhos Paradisíacos em missão de demonstração humana utilizem seus poderes divinos (que lhes permitem curar quem quer que seja, graças a sua faculdade de transcender facilmente espaço e tempo) para convencer seu rebanho a seguir seus ensinamentos. Jesus concordou pois em lidar com as situações humanas com que se confrontasse usando somente suas armas físicas e mentais humanas.
Mas sendo por natureza extremamente compassivo, aconteceu de seu coração ser perturbado por um ou outro espetáculo do sofrimento e da injustiça inerentes à natureza, com seus 10% de vítimas de seus erros. Sentiu-se, pois, obrigado a intervir aqui e ali em favor de alguns de seus filhos. As curas de cegos e de paralíticos, a ressurreição de Lázaro e de algumas crianças, a multiplicação dos pães, a pesca miraculosa, o passeio sobre as águas do lago Tiberíades não são lendas do tipo « estrela de Natal ». Esses fatos realmente existiram, mas Jesus teve o cuidado de não realizar muitos deles, pois era por meio de seu exemplo puramente humano que ele tinha assumido a missão de convencer os homens da validade de seus ensinamentos e de suas parábolas.
Por outro lado, sua morte ignominiosa o teria tornado anônimo enquanto Messias se Ele não tivesse deixado algumas marcas inesquecíveis e notáveis o bastante para figurarem nos relatórios dos escribas romanos.
Este fato determinante contribuiu para reduzir o martírio dos fiéis cristãos, pois um Imperador tomou enfim a decisão graças à qual Roma é atualmente a capital mundial da cristandade. Foi-lhe necessária uma grande coragem, mas o que esperar de diferente de um Filho Paradisíaco que obedece a seu Pai ? A coragem é um fator determinante no Universo no que se refere à evolução, qualquer que seja a categoria dos seres com ela confrontados. Assim, trata-se tanto de Jesus, o Filho do Homem, como de Micaël, o Pai do Homem que morreu na cruz, mostrando o duplo exemplo da forma como deve morrer um homem, isto é, sem ódio de seus carrascos, e da forma como deve morrer um Deus Criador, isto é, respeitando escrupulosamente o livre-arbítrio da criatura concebida, de acordo com a Lei instituída por Deus o Pai Universal e Fonte-centro primeiro da VIDA.
Foi em consonância com a mensagem do primeiro exemplo que morreram em seguida os (excessivamente) numerosos mártires Cristãos, de mortes tão impressionantes dado o batalhão de sádicos que iam assistir ao espetáculo sangüinário criado em torno do acontecimento, que assim acabaram por convencer as massas que se opunham à superioridade sobre-humana de seu Deus da realidade indiscutível da mesma. Foi desse modo que os inimigos mais ferozes dos judeus e dos cristãos se tornaram guardiães do berço cristão e de sua cidade, a capital do Cristo-Rei.
Outro milagre, além de tudo, post mortem ! Os ataques incessantes dos luciferianos bem que tentaram aniqüilá-lo, mas até agora o Espírito da Verdade difundido por Micaël no dia de Pentecostes tem retomado integralmente sua forma, como um elástico, diante desses ataques, e o espírito do Cristianismo, interessado prioritariamente nos humildes, doentes e miseráveis (como Madre Teresa, a pequena albanesa, demonstrou durante mais de meio século) se estende novamente pouco a pouco na direção de vocês, depois de ter experimentado durante séculos a tentação do aparato e do poder material. Jesus enfrentou, portanto, seus carrascos com todo o amor de que era capaz, enquanto homem e enquanto Deus maltratado por seus próprios filhos, sofreu humildemente as zombarias e as torturas dos espectadores idiotas e dos soldados romanos, carregou sua cruz, não perdeu, aliás, a oportunidade de salvar mais uma alma, a do ladrão arrependido, quando já sofria atrozmente devido a pelo menos quarenta ferimentos. Ele não esqueceu tampouco de perdoar oficialmente os que o torturavam, e expirou invocando o nome de Deus, sendo que a qualquer momento ele tinha a liberdade de chamar os anjos em seu socorro, para que apresassem sua agonia física terrivelmente dolorosa. Várias legiões estavam efetivamente vendo, paralisadas, o rumo terrível que tomavam os acontecimentos relativos à missão de seu Deus neste pequeno planeta ; era a primeira vez neste universo que Micaël era tratado dessa forma por seus próprios filhos !
Entretanto, Ele enfrentou esses ingratos e imortalizou sua vida e sua obra em apenas três anos de sacerdócio ativo. Isso dispensa comentários. Nunca se envolveu com os nacionalistas judeus chamados zelotes, embora no início de seu ministério tenha despertado esperanças em suas fileiras. Mas viera para instruir o mundo, não para reinar apenas sobre os judeus, algo que estes nunca lhe perdoam. Eles esperavam um Messias que viria especificamente para eles, o povo eleito, mas seu Messias nacionalista nunca vem...
Em compensação, Jesus continua a fazer adeptos todos os dias e em todos os países, junto a todo tipo de pessoas, inclusive os judeus, porém mais na América que em Israel. Em verdade, em verdade, lhes afirmo : somente um deus poderia, em relativamente poucos anos, convencer um imperador romano a optar pelos ensinamentos de um judeu assassinado como criminoso numa província longínqua de seu império. Como os judeus eram considerados pelos romanos como uma sub-raça (veja-se o que não hesitaram em fazer à cidade santa e ao Templo de Jerusalém meio século após o desaparecimento brutal de Jesus), a conversão em massa de gentios gregos e romanos a uma religião de origem judaica é totalmente irracional. Todavia, como no caso de Joana d’Arc, foi o que aconteceu, que ninguém duvide. Entretanto, pouco depois da morte ignominiosa de Jesus e a debandada geral dos apóstolos, a sorte do cristianismo teria e até mesmo teve de ser selada. Foram, pois, somente as múltiplas e reais aparições de Jesus em seu corpo astral glorioso, após sua morte física, que fizeram que os apóstolos resgatassem melhores sentimentos para com o Mestre e lhes transmitiram a fé absoluta, permitindo-lhes fazer em alguns anos um trabalho verdadeiramente extraordinário. Veja-se por exemplo o que aconteceu a Saulo de Tarso em seu périplo para Damasco : de perseguidor de cristãos ele passou a ser um de seus mais ardentes defensores, andando milhares de quilômetros e pregando em centenas de povoados, fazendo-se lapidar regularmente pelos conservadores judeus escandalizados com o novo evangelho. Infelizmente, uma homossexualidade latente o fez dizer, quanto à consideração pelas mulheres no seio da cristandade, algumas bobagens que ganharam, com o passar do tempo, importância desmesurada.
A mesma sorte tiveram Pedro, André, Tiago e centenas, milhares de mártires anônimos que preferiram morrer em condições atrozes do que abjurar sua nova fé. Foi somente graças à abnegação, mais uma fez completamente irracional, de todos esses heróis admiráveis, que o cristianismo pôde vencer todas as conspirações luciferianas que, desde o início da missão de Jesus, se abateram sobre as pobres cabeças dos verdadeiros fiéis. Hoje, mais do que nunca, Jesus está no centro do mundo artístico, político, religioso. Sua falsa data de nascimento é comemorada até pelos ateus, e produz a cada ano tesouros de amor e de caridade. Todas as outras religiões concorrentes o respeitam enquanto indivíduo, mesmo se a religião que usa indevidamente seu nome á ainda, aqui ou ali, violentamente combatida. Apenas os satanistas detestam Jesus e sua imagem : mas seria isso de fato surpreendente?
Temia-se uma passagem apocalíptica para o ano 2000, com um monstruoso bug da informática, explosões nucleares, a falência mundial dos bancos, uma guerra nuclear e não sei mais o quê, em virtude da deformação semântica da palavra « apocalipse », cujo sentido em grego, utilizado por João, era « revelação », e não fim do mundo material. Além disso, o ano 2000 d.C. tinha passado dez anos antes, pois ele nasceu sete anos antes da data oficial comemorada em seus dias, e não deu lugar a qualquer acontecimento notável, à exceção de um enésimo terremoto em Los Angeles e dos conflitos interétnicos menores habituais, já que ninguém parece ainda ter entendido que vocês são todos, antes de tudo, irmãos e irmãs. O que é notável é que o calendário gregoriano, embora falso, conseguiu se impor no mundo inteiro, inclusive entre os chineses comunistas, como demonstrado pela comemoração hiper-divulgada pela mídia que teve lugar em todo o planeta à medida que passava da meia noite.
Na verdade, esse grande medo da passagem ao século XXI gregoriano só beneficiou escroques de toda extração, que trataram de aproveitar todas as oportunidades possíveis para explorar o medo e a covardia de legiões de pessoas vulneráveis, em todo o mundo, mas principalmente os trouxas mais ricos : os americanos ! Graças a Deus, nenhuma central nuclear falhou, nenhuma insurreição popular ocorreu nas metrópoles, nenhum crash nas bolsas, e o fim do mundo anunciado pelos iluminados e pelos cientistas paranóicos aconteceu. É certo que uma tempestade se abateu sobre a Europa ocidental, mas nada que esses países modernos não pudessem facilmente superar. A epidemia galopante de AIDS no continente africano é muito mais grave, e começou a se instalar há já 15 anos.
O fato de que, apesar de tudo, ainda haja ocidentais que não crêem que Jesus tenha um dia existido, comprova as dificuldades com que se defrontaram, em todas as épocas, esses filhos de Deus, para fazer triunfar a Verdade sobre a vida e a obra do único Deus vivo que tenha jamais posto os pés em seu planeta azul. Este, graças a tal privilégio ainda incompreensível por muitos de vocês, tornou-se um astro importante e precioso ; é o planeta onde o deus de seu universo local se encarnou num corpo mortal a fim de lhes revelar, dando ele mesmo o exemplo, o verdadeiro valor da vida.
Palavras de honra ?
8°)- No que se refere às diferentes versões da vida e da morte de Jesus conhecidas como sendo o evangelho segundo Marcos, Mateus e Lucas, e acrescentando-se as de João e de Tomé, é claro que essas histórias sinóticas, sejam elas aumentadas ou não de três para cinco, não dizem todas a mesma coisa e são às vezes até mesmo contraditórias quanto ao que o Mestre disse ou não disse sobre acontecimentos-chave de sua obra. A história da destruição do Templo e de sua reconstrução em três dias é um dos numerosos exemplos disso em termos de imprecisão, assim como a verdadeira duração de sua atuação evangélica : ela vai, segundo as versões, de oito meses a três anos; portanto, outra imprecisão importante.
Ora, para se revelar, a verdade requer exatidão, caso contrário ela permanece relativa e não pode então ser tomada ao pé da letra, sob pena de provocar perturbações, coisa que aliás não deixou de se concretizar em seguida, como todos sabem. A principal crítica que se pode legitimamente fazer aos evangelhos e ao antigo testamento é que eles permitem múltiplas interpretações em excesso, fonte sistemática de conflitos entre escolas doutrinárias, e chega-se a esquecer até os fundamentos dos ensinamentos do Messias para se fazer triunfar um ponto de vista hipotético pessoal. Do nosso ponto de vista de anjos-que-conhecemos-a-exata-verdade, isso é ridículo, dramático e inaceitavelmente escandaloso. A narrativa de João, por exemplo, foi redigida por várias pessoas, dentre as quais o discípulo particularmente amado e apreciado por Jesus.
Ora, um único homem que Jesus fez voltar do mundo dos mortos, com seus poderes divinos que Ele havia proibido a si mesmo usar durante sua encarnação humana, salvo motivo de força maior; e ele não se chamava João. Ao contrário, João o presbítero, João irmão de Tiago Maior, João filho de Zebedeu, e mesmo escribas gregos que nasceram depois da execução de Jesus participaram da elaboração de tal evangelho , com tudo que isso comporta de improvisação. Retenhamos dessas histórias simplesmente o principal : as palavra de seu « nosso Pai », suas palavras de reconforto para os pobres, os doentes e os oprimidos, seus atos altamente simbólicos e às vezes miraculosos, como a escolha de doze apóstolos, em referência às doze tribos de Israel, a derrubada das bancas dos cambistas e dos comerciantes, sua crítica dos cultos sacrificiais, sua chegada a Jerusalém montado em jumento, suas alegorias para explicar o reino dos céus e seus comentários sobre as “múltiplas moradas” criadas por seu Pai. Outro milagre, no entanto, é que, graças a essas histórias e à coragem cheia de abnegação dos autores e de seus seguidores para os transmitir às gerações seguintes, se sabe que Jesus-o-rei-dos-judeus era bem mais que o Messias anunciado pelos profetas judeus, como esperavam Judas e seus amigos zelotes.
Graças a seus apóstolos, soube-se rapidamente que Ele era de fato um verdadeiro Messias cosmoplanetário, colocando os romanos, os samaritanos, os gregos, os indianos e os judeus no mesmo pedestal, julgando os homens e as mulheres com a medida da igualdade perfeita, denunciando a existência e a obra de um de seus filhos rebeldes, Satã, atacando, enfim, como evocado em Zacarias, 14, os desvios materialistas do Templo, suprema blasfêmia do ponto de vista dos sacerdotes, que preferiram eliminar aquele perigoso agitador a renunciar aos lucros, como exigia Jesus. Era o Messias que já esperavam há muito, mas recusaram-se a se ajoelhar diante dele enquanto Filho criador de Deus, porque o que Ele dizia simplesmente não lhes agradava ! No entanto, Jesus só desejava dar início à purificação do Templo (o que o Messias anunciado nas Escrituras deveria aliás fazer) . Finalmente, seu respeito absoluto pelo livre-arbítrio de seus inimigos. Não será tudo isso, indubitavelmente, a marca de um deus ? E de um deus feito à imagem de vocês ?
Um sudário incomum
9°)- Dado que existe, ainda agora, uma polêmica entre as autoridades científicas e as religiosas relativamente à autenticidade do Santo Sudário, dito « de Turim », vou lhes revelar o que realmente sucedeu a esse pedaço de tecido, para que as dúvidas redespertadas pelo recente resultado das análises com carbono 14 cessem de impedir fiéis sinceros de se beneficiarem plenamente da única prova material da passagem de seu deus-feito-homem pelo planeta que ele fez com que fosse gratuitamente posto à disposição de vocês. Embora Jesus fosse ficar muito mais à vontade para se comunicar nesta sua época de superutilização da mídia do que há dois mil anos se tivesse decidido encarnar-se no início do ano 2000, a época que Ele escolheu para intervir nos assuntos dos Homens era singularmente carente de meios de comunicação, de intelectuais, de cientistas e de eruditos, e foi-lhe necessário encontrar imagens simples e parábolas de fácil memorização para explicar o quase inexplicável : a verdadeira natureza do Deus do Paraíso, seu Pai, nosso Pai, de todas e todos nós. Não sendo especialmente partidário da adoração de objetos ou de milagres, mas sabendo que havia grandes possibilidades de sua existência e sua mensagem caírem no esquecimento se nada de material fosse deixado para atestar de sua vinda entre as ovelhas (que, para sua tristeza, se parecem muito freqüentemente com lobos sedentos de sangue) e que, por outro lado, a Humanidade não poderia se contentar ad vitam eternam com algumas lembranças registradas mais ou menos fielmente nos evangelhos, por certo imperecíveis graças a algumas dezenas de devotos fiéis (perecíveis, estes, e além disso, pouco apreciados pelas autoridades judaicas, gregas e romanas, o que lhes trouxe em geral morte prematura e bastante dolorosa), Jesus pediu a seus anjos da guarda que, tão logo Ele tivesse recuperado seu corpo de luz devido à desencarnação por parada brusca de suas funções vitais, eles fizessem com que seu corpo, que desapareceria rapidamente (para que seus ossos não fossem objeto de transações vergonhosas), servisse de imagem piedosa para todas as suas futuras ovelhas, pelos séculos dos séculos. Solicitação pouco evidente em sua realização, vista de uma perspectiva humana...
Entretanto, visto que não há problema sem solução na realidade angélica, ela foi logo encontrada :quando o corpo do Cristo foi descido da cruz, as mulheres que o acompanhavam até o fim em sua provação juntamente com João cobriram seu corpo desnudo com um lençol branco que Maria tinha trazido para este fim, e o levaram à sua última morada. Ali, retiraram o lençol maculado pelo corpo ensangüentado, lavaram, passaram óleo no cadáver e o envolveram em bandagens, segundo o ritual local costumeiro, depois se recolheram por um momento e deixaram o lugar, titubeantes e em lágrimas, o coração apertado, num terrível estado mental, não sem antes cobrirem novamente os despojos com o famoso lençol, pois mal podiam suportar a visão daquele corpo sem vida. Depois que o grupo desolado partiu, os soldados romanos que estavam de guarda recolocaram no lugar a grande pedra que servia de porta, isolando definitivamente do mundo dos vivos o invólucro carnal de Jesus.
A história oficial pára neste ponto, e só continua três dias depois, quando da descoberta atordoante do sepulcro vazio e das primeiras aparições de Jesus em seu corpo astral a seus íntimos. Ninguém, é claro, soube ou entendeu então que, no interior do sepulcro, três pares de anjos, encarregados de fazer desaparecer o corpo fora de uso, se tinham posto a trabalhar tão logo a tumba mergulhou na escuridão. Eles começaram a criar um campo magnético de tal amplitude que lhes foi logo possível alterar a trama normal do tempo no sentido da aceleração, o que evidentemente gerou um grande calor, que fez dissolver-se no tempo acelerado a carne e os ossos do Rei dos reis. De acordo com o desejo deste, tal método favoreceu a impressão da imagem de seu corpo no lençol, de forma permanentemente indelével, salvo pela destruição do próprio lençol pelas chamas ou pelo trabalho normal do tempo.
A operação provocou uma aceleração temporal equivalente a 1200 anos, mas durou apenas quinze horas no total. Os anjos são capazes de fazer esse tipo de coisa, Senhores e Senhoras cientistas, mas entendo que vocês não integrem em seus estudos esse gênero de parâmetro, principalmente quando são tão céticos a respeito de nossa existência ! Assim sendo, suas afirmações errôneas lhes serão perdoadas, na medida em que sejam sinceras.
Esses mesmos anjos, alocados então à guarda do Santo Sudário, continuam, depois de 1970 anos, a cuidar fielmente dessa única relíquia e prova « formal » da passagem de Jesus entre vocês, e já tiveram de intervir várias vezes contra os ataques dos demônios, esperados porque previsíveis, perpetrados contra esse objeto santo que tanto atrapalha seus planos anticristãos de negação da existência de Jesus, sobretudo agora que o negativo da foto do sudário mostra ainda melhor que antes o corpo torturado do Cristo e o milagre de sua impressão no linho. Todavia, cientistas ateus de convicções duvidosas se esforçam sempre por demonstrar que o lençol não passa de uma contrafação.
Mas como poderiam eles pensar de outro modo, já que só dispõem desses risíveis cálculos com carbono 14, falseados por um lado pela desaparição dos 1200 anos gerados pelo trabalho dos anjos e, de outro, pelas diferentes moléculas de carbono depositadas quando das longínquas e múltiplas tentativas dos luciferianos de destruir esse vestígio único pelo fogo, principalmente quando ele esteve em Constantinopla. Eles se enganam em sua avaliação da idade do sudário porque os dois fenômenos levam, com uma diferença de poucos anos, a análise com carbono 14 ao mesmo período (século XIII). Mesmo sem falar da ação dos anjos, a fumaça dos incêndios que por várias vezes cobriu o linho, principalmente em 1532, depois na França e em outros lugares, só pode perturbar a análise com tal carbono, até um cientista ateu pode entender isso ! Por outro lado, foram também encontrados no sudário resíduos de pólen de uma flor que só existe nas colinas de Jerusalém, não longe do Gólgota, o que deveria pôr de acordo todos os litigantes. Que dizer da emoção vivida por muitos descrentes diante desse objeto marcado com a imagem de seu deus local, quando de diversas exposições ?
Quando chegou a Páscoa e o túmulo foi reaberto por Maria Madalena, ela só pôde constatar que ele estava vazio, com exceção do sudário impresso, tendo as bandagens rituais enroladas no corpo de divino supliciado sido também dissolvidas no corredor do tempo criado angelicamente.
Nada compreendendo ainda do que se passava, ela pegou o lençol e fugiu, os olhos novamente cheios de lágrimas, acreditando, muito logicamente, que o corpo de seu Mestre espiritual havia sido roubado, o que só aumentava sua dor já imensa. Mas Micaël, que acompanhava no astral todos esses acontecimentos, não pôde deixá-la por mais tempo na incerteza (essa fiel discípula na verdade não merecia sofrer tanto e por tanto tempo), e sua primeira aparição em seu corpo astral foi, conseqüentemente, para ela, bem como a história de sua ressurreição, para que fosse ela a repeti-la aos discípulos, o que ademais lhe permitiu ganhar uma notoriedade mais nobre do que a de ex-prostituta. O principal acontecimento do anúncio da ressurreição de Jesus figura agora na história oficial de sua vida, e isso é, simplesmente, justo.
Desde então, o sudário viajou muito, enfrentou numerosos riscos, o último de que se tem notícia em 1998, mas ele continua aí, quase intacto e vibrando para sempre a imagem do Cristo. Gloria in excelsis Deo !
Pequeno poema a título de despedida
Micaël, que segue de perto a transmissão deste livro revelador, me encarregou de lhes transmitir também uma mensagem pessoal. Jesus tem, por um lado, uma afeição especial pelo número 12, como vocês talvez tenham podido verificar. Como, por outro lado, Ele guardava também lembranças muito boas de sua vida humana na magnífica cidade de Alexandria, Ele me teletransmitiu, para passá-lo a vocês, um texto em alexandrinos diretamente em francês, que vai traduzido abaixo :
Bom dia, me apresento, bando de preguiçosos
Eu me chamo Jesus, e vós sois os meus filhos.
Me haveis visto no templo, a expulsar negociantes,
Salvando as prostitutas e amando os descrentes ?
Quiseram me matar, mergulhar-me no nada,
Mas eu voltei dali, mais forte ainda que antes
Os que me sucederam foram tolos traidores
E essa conspiração tem mais de 2000 anos
Inspiro meus fiéis a falar com bravura
Tempestades, se fazem, é pra semear o vento
Vento de liberdade, a soprar fortemente
Para um dia afinal livrá-los dos tormentos.
O triunfo final do Espírito da verdade
Traz tantos golpes duros, mas que coisa absurda !
É preciso que a dor inspire os oprimidos
Contra os fascismos todos, não se deve ceder
Há que se erradicar os campos e os gulags
Gandhi mais Luther King mostraram o caminho
Resistência passiva é preciso adotar
Abri vossos ouvidos ! Ireis vós me escutar ?
O amor vencer o ódio, eis a minha vontade
Não é mesmo evidente, mas a facilidade
Não é pra vosso mundo, estejam certos disso
Pois tendes de lutar sempre contra o Maligno.
Para os filhos da luz, a conta é bem pesada
A rua sempre engendra surdas lamentações
Tão escura a calçada no inferno da noite
No México, em Manila, tão negras são as noites
Quanto a cor desse povo cativo há tanto tempo
Que pungente espetáculo essa conspiração !
Pois a ignorância é tal, que o Maligno a carregue
O demônio, mais forte, acossa suas portas
No entanto a solução já foi bem demonstrada
Ao alcance da mão, mas há que ultrapassar
Seus sistemas de crenças a fim de a alcançar
Mudar e evoluir e chegar à unidade
A Igreja católica não cumpre seu dever
Santarrões e beatos dormindo a sono solto
Face à grande miséria, será que a querem ver?
Em vez de se insurgir, preferem me beber!
Mas suas contas em bancos, se apressam em suprir
Em breve, é certo, a hóstia será cotada em bolsa
Quantos mártires , oh !, se retorcem na tumba ?
Devia a cristandade desmantelar as bombas...
E que vejo no Rio, que vejo em Sarajevo ?
Apenas assassinos, infanticidas temos !
Pensam eles que basta confessar os seus crimes ?
Da minha ira o fogo queimará seu traseiro !
Vós viveis, isso é certo, uma era de pânico
Dai-vos conta afinal, não fiqueis aí parados
Dizei aos fariseus que nó pensam na « grana »
Que não é assim fácil abandonar seus tiques
Dizei-lhes que há uma luz dentro do coração
Que se pode aumentar com a força da prece
Nada é de exterior, não procureis em volta
Ela às vezes será rápida como um raio
Sabei que em lugar de proclamá-lo aos gritos
Um pouco de humildade é um bom atributo
Quanto mais apagados, mais vós sois protegidos
Pelos irmãos e irmãs dessa comunidade
Ajudo-vos a achar felicidade quando
O passado fizer o futuro presente
Fazei vossa unidade, sede irradiação
Rejeitai assassinos, apóstatas, bandidos
Não permitais que passem suas idéias ocas
Pra que meus seres todos possam manter-se vivos
Deus vos protegerá das trevas absolutas
Ele tudo vê e sabe, pode ler corações
Do Espírito o fruto mordei pois com vontade
Em termos de magia, quero vos ver bem brancos...
Quanto à conspiração contra os filhos de Deus
Fazei-lhe oposição, peço , e desejo sorte
Estais aí pra clamar a mudança de tudo
Deveis clamar bem alto, esquecendo do ego
Podeis participar construindo a utopia
Que é a liberdade frente ao fascismo vil
Alguém que quer lutar contra o aço das correntes
Então numa só voz cantai até cansar :
"Luta pelo melhor, nunca pelo pior
Se tu amas o belo, quero ouvir o teu riso !
Teu sistema solar, sou dele o criador
Mas o teu sol interno, a ti cabe fazê-lo!"
CONCLUSÃO
Suas palavras abrasarão de modo mágico
As multidões espantadas, desencadeando uma resposta,
Uma conscientização, uma visão sintética
Nos pensamentos místicos das mentes filosóficas
Tentando inculcar uma doutrina fantástica
Jesus é sem dúvida o nome mais célebre e, no entanto, o mais desconhecido dos nomes usados em seu planeta. O mais conhecido, porque o mundo inteiro vive segundo tal data, seguida da menção « depois de Cristo », e o menos conhecido porque nenhum texto religioso ou histórico ainda disse realmente quem era, é e será Jesus na realidade humana, pois, a exemplo do Antigo Testamento, o Novo se constitui de textos mesclados que não dizem todos estritamente a verdade, o que resulta nessa religião incompleta que Jesus não queria a preço algum, e que cometeu ao longo dos séculos atrocidades duplamente inadmissíveis na medida em que elas eram executadas em nome do Salvador. Será mais simples começar por lhes dizer quem Jesus não é, já que dezenas de histórias fantasiosas circulam dissimuladamente a respeito de sua vida oculta e até da oficial.
1°)- Jesus não nasceu em 25 de dezembro do ano zero da era cristã.
2°)- Seu pai biológico não foi Gabriel, mas José.
3°)- Jesus não é o Filho membro da Trindade do Paraíso, como ensinado pelo catolicismo.
4°)- Jesus não era um agitador político, nem um profeta, nem um iniciado aramaico, nem um louco, nem um anarquista, nem um místico, nem um bruxo curador, e não morreu na cruz para resgatar os pecados de vocês.
5°)- Ele não esteve na Índia ; nunca fez amor com uma mulher, portanto não deixou qualquer descendência.
6°)- Ele realmente não pensou, quando seus quatro membros estavam pregados na cruz, que Deus o havia abandonado.
7°)- Os milagres de Jesus são todos explicáveis por sua natureza divina.
8°)- Os evangelhos sinóticos não são indiscutíveis.
9°)- O sudário de Turim não é uma contrafação.
Eis agora a enésima história de Jesus antes e após sua vida humana compartilhada com vocês (desta vez, segundo um anjo), o que ele fez, como e porque :
Os reis magos
1°)- É certo que ele nasceu em Belém, mas exatamente ao meio-dia de 21 de agosto do ano –7 antes de sua própria era. O que faz que, na verdade, o ano de 2001 seja seu 1994. Assim sendo, não ouçam seus milenaristas pessimistas, testemunhas de Jeová à frente, mas trabalhem pelo bem simplesmente ali onde estiverem, sem atrasos no caminho, a fim de preservarem seu ambiente da destruição por respeito à vida. É o mínimo que se pede de vocês para que tenham direito à vida eterna !
2°)- É certo que Gabriel apareceu a Maria e a sua prima Elizabeth para lhes anunciar acontecimentos, mas o patrimônio genético de José e de Maria é que geraram o corpo físico de Jesus.
Eles tinham sido escolhidos para formar o casal procriador em função da excelente qualidade de seus cromossomos e de seu sistema imunológico ; de fato, Jesus não poderia cumprir sua missão com um corpo deficiente. José não descendia do rei Davi ; Maria é que tinha ancestrais do ramo de Davi .
Entretanto, se José teve de ir a Belém para o recenseamento geral ordenado por César Augusto em todo o seu império foi porque, seis gerações antes, seu ancestral paterno, que ficara órfão muito cedo, tinha sido adotado por um certo Zadock, que, ele sim, descendia geneticamente de Davi. Por esse laço indireto é que José era considerado como fazendo parte da casa de Davi e que o Salvador de vocês nasceu em Belém num estábulo, devido à falta de lugar nos albergues. Não sendo rico, José não era tampouco um mendigo. Quando Jesus saiu do ventre de sua mãe, ajudada por várias viajantes prestimosas, nenhum rei mago estava presente. As populações da época, como, aliás, as de agora, de deleitavam com contos de fadas e teciam continuamente belas lendas sobre a vida e a obra de seus chefes religiosos e políticos. Naquela época em que o papel e a tinta ainda eram raros, a maior parte do conhecimento e das informações era transmitida aleatoriamente de boca em boca.
Assim, ao longo das gerações e das diferentes colorações poéticas, os mitos se tornavam tradições e eram finalmente aceitos como fatos reais. Entretanto, nunca há fumaça sem fogo, por menor que este seja, e realmente aconteceu algo que pôs em cena os « Reis magos ». Eis a história : no mês de outubro do ano em que Jesus nasceu, um homem que vivia em Ur, educador religioso e astrólogo, teve um sonho no qual ouviu que « a luz da vida » ia fazer sua aparição no planeta como um bebê da etnia judaica. Esse tipo de sonho é comum entre os altos iniciados.
Em nossa época, os sonhos desses super-homens que são os lamas rimpoche ajudaram a descobrir o invólucro carnal do Dalai Lama e de outros avatares tibetanos até no Canadá ou na França. Aquele educador consciencioso de Ur abriu-se sobre o sonho a três sacerdotes que viviam em sua cidade. Estes, « misteriosamente » inspirados, decidiram certificar-se do fato e partiram imediatamente para a Palestina a fim de verificar se o sonho era premonitório e assim, importante por sua natureza mística, ou se não passava de um simples sonho pessoal do astrólogo. Chegaram a Jerusalém pouco depois do dia do nascimento de Jesus, procurando em vão até então uma pista que corroborasse o sonho se seu colega. Depois, logo antes do momento em que tinham decidido deixar a cidade Santa, encontraram casualmente Zacarias, pai de João, dito « o Batista », e marido de Isabel, a quem Gabriel havia aparecido para lhe transmitir mais ou menos a mesma mensagem do sonho do mesopotâmico.
Não foi evidentemente preciso mais para que os sacerdotes, guiados por Zacarias, decidissem que, sendo Jesus de fato o profeta anunciado em sonho, iriam apresentar seus respeitos ao novo mestre do mundo espiritual e terrestre.
Quando chegaram a Belém, Jesus estava com três semanas, e crescia normalmente, com a ajuda do leite materno, como todos os bebês do mundo. Eles se maravilharam, como era de se esperar, diante do belo bebê, deixaram presentes para Maria e voltaram para Ur a fim de anunciar a boa nova a seu povo, que, aliás, em sua maioria, não deu a menor importância ao fato. Atualmente, o país onde viviam esses sacerdotes se chama Iraque, aí está.
Quanto à bela história da estrela que se crê tê-los guiado diretamente até o local do Nascimento, a verdade difere da versão oficial, mas não é pura invenção : em 29 de maio do ano 7 a.C., uma conjunção extraordinária de Júpiter e Saturno teve lugar na constelação de Peixes, mostrando uma única estrela, mas com praticamente o dobro da luminosidade.
Excepcionalmente, nos arquivos dos movimentos celestes, a mesma conjunção aconteceu no mesmo ano, exatamente em 29 de setembro em 5 de dezembro. Os biógrafos fervorosos de Jesus viram nesses acontecimentos excepcionais a mão de Deus, e construíram a lenda atraente e sobrenatural da estrela que guiou os Reis até o Rei dos reis. As estrelas que saem de suas órbitas para indicar um presépio em pleno deserto a alguns viajantes em dorso de camelos não podem existir na realidade física, não mais que Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa.
Entretanto, não se esqueçam que, em seu nível, a vida é um eterno milagre, e seu planeta, uma jóia inestimável do espaço.
Micaël, chefe supremo de nosso universo local
3°)- O verdadeiro e imutável nome de Jesus é Micaël. Ele é um dos setecentos mil Filhos paradisíacos criados segundo Seus desejos por uma, pela outra, por duas das três ou, ao mesmo tempo, pelas três deidades do Paraíso que vocês conhecem como a Trindade. Eles formam assim sete combinações possíveis de arquétipos divinos primordiais, cada Filho paradisíaco tendo um ponto mais forte que os demais, para que infundam em seus futuros universos valores diferentes e complementares mais do que valores idênticos. Assim, nosso Micaël escolheu a compaixão, e é por isso que somente a compaixão está em ressonância com as forças universais de seu universo local onde nos encontramos, e somente a compaixão aplicada em toda parte e para com todos poderá transformar seu planeta num novo paraíso onde seja bom viver em paz e segurança, à parte os eventos naturais inevitáveis e inerentes à criação.
Cada um desses seres magníficos e perfeitos, pois diretamente criados pela Trindade do Paraíso, tem a prerrogativa e os meios de criar um universo local abrigando vários milhares de sistemas solares, cada um deles contendo pelos menos um planeta. Por amor, apraz a Deus, compartilhar Seus próprios poderes criadores com Seus filhos e filhas diretos. Assim, ele delega hereditariamente Seus esses poderes a todos os Seus filhos, inclusive a vocês, humanos. Vocês mesmos, aliás, gostam de delegar tanto quanto possível seus poderes criadores, já que concebem robôs capazes de criar, o que provoca os dilúvios de humanos desempregados...
Tão logo seu Universo local emergiu do primeiro big bang gasoso, os planetas atingiram sua velocidade de cruzeiro em torno dos respectivos sóis, e a vida se desenvolveu até o ponto em que uma civilização pôde acolher pessoas capazes de elevar seu nível de consciência até o sétimo chacra, o que era o caso, para voltar ao planeta de vocês, entre certos gentios e judeus; um Filho paradisíaco deve, segundo a vontade original de Deus, viver a vida da mais humilde e da mais inferior das criaturas, desenvolvendo-se em sua criação. No interior desse invólucro, e sem trapacear, ou seja, sem usar seus poderes divinos, ele deve mostrar a seus filhos humanos como devem considerar sua vida e a de seus próximos, mesmo distantes, como devem se comportar em situações de todo tipo em que incessantemente são colocados num planeta tumultuado, como devem considerar o Deus que o fez e que habita, fora de qualquer olhar humano, o Paraíso, além de inúmeros outros temas ligados à vida prática. O objetivo dessa regra é fazer com que um criador celeste verifique pessoalmente se sua criação é viável, e se ele não tende a exigir de suas criaturas esforços que elas seriam incapazes de fazer, mais por lacuna criativa do que por falta de boa vontade.
Pode-se dizer que Jesus teve sucesso em sua prova de fogo terrestre, pois sua vida e seus ensinamentos são e serão eternamente os melhores exemplos para vocês, humanos teimosos, pois emanam pessoalmente de seu Pai cósmico direto, e os apóstolos repetiram global e fielmente as grandes linhas de sua mensagem. Entretanto, é preciso que se saiba que a religião nascida desses evangelhos não é, em caso algum, a religião de Jesus, mas uma religião a respeito de Jesus. Ele jamais quis instituir dogmas ou rituais imutáveis, nem favorecer a idolatria (razão pela qual teve o cuidado de não deixar qualquer registro escrito, nem qualquer parte de seu veículo biológico).
Somente o sudário dito « de Turim » foi milagrosamente preservado contra as múltiplas tentativas por parte dos apóstatas, desde a Idade Média, de o destruir pelo foto, a fim de lembrar ao mundo, principalmente ao mundo moderno, que Jesus de fato existiu, o que poderá ajudar alguns a finalmente mudarem para melhor. Ainda recentemente, em 1998, foi necessária a intervenção « miraculosa » de um bombeiro que não deveria supostamente estar de serviço naquela noite para que o sudário fosse uma vez mais salvo da destruição pelo fogo. Ignóbil Lúcifer. Ele jamais vai parar !
Micaël ama acima de tudo seu Pai, o amor fraterno, a compaixão e a não-violência ativa. Ele detesta a hipocrisia, o amor das riquezas materiais e o comportamento dos que fazem eles próprios justiça com violência. Sentindo-se diretamente atacados por tais ensinamentos, os saduceus e os fariseus decidiram livrar-se rapidamente desse rabino revolucionário e curador que preconizava loucuras tais como a igualdade entre os sexos, o respeito entre as castas e a fraternidade universal. Antes que ele se tornasse excessivamente popular, eles rapidamente pediram ajuda aos brutais romanos, manipulados que estes estavam pelos demônios, donde o desaparecimento terrível, prematuro e absurdamente injusto de seu Messias durante a Páscoa. Normalmente, após a vinda de um deus local feito temporariamente homem e vivendo publicamente uma vida humana exemplar, o nível mental e espiritual da população envolvida sobe vertiginosamente em algumas gerações. Mas, não se esqueçam de que, infelizmente, tratamos aqui de um planeta cujos habitantes têm sofrido gravemente e continuam atualmente a sofrer com a rebelião luciferiana.
Não foi entretanto apenas Satã, o braço direito de Lúcifer, que veio atormentar Jesus no deserto ; o caso é que Jesus é seu pai, logo, seu superior hierárquico, como todas as outras criaturas nascidas no universo de Micaël. O que significa que um filho angélico não pode sobrepujar um Filho paradisíaco, e Jesus decidiu que, a partir da data de seu encontro com Satã no deserto, bastaria a invocação de seu nome bíblico para frustrar as obras diretas de Lúcifer, Satã, Bafomet, Belzebu e todos os outros esbirros caídos e apóstatas. Foi assim que exorcismo pôde surgir e que o nome de Jesus foi e é sempre eficaz e suficiente para livrar os humanos possuídos. Que os escandalosos abusos da Inquisição nesse campo muito particular que é o exorcismo sejam, aos olhos de vocês, como a árvore que esconde a floresta. Jesus, enquanto Micaël, é efetivamente o pai criador e o superior hierárquico dos anjos caídos. Eles não foram criados caídos, mas assim se tornaram por usarem seu próprio livre-arbítrio, sendo que em sua maioria, centenas de milhares de anos após seu nascimento. Como todos os anjos criados por Micaël, eles haviam nascido perfeitos...
Mas ninguém está todo o tempo livre de um erro de julgamento, por isso a aprendizagem de vocês é longa e completa, em seu próprio interesse. Como qualquer criatura nascida no universo Micaëlino, vocês são também filhos de Jesus, sendo Jesus e Micaël a mesma « pessoa ». Todas as suas atitudes e todos os seus comentários foram os de um pai amoroso que veio também revelar a verdadeira natureza de seu próprio Pai, aquele que reside em vocês em forma de parcela pré-pessoal e que deve se fundir com seu ego. Como no sonho « apocalíptico » de João, Jesus se senta à direita de Deus, mas no coração de cada humano, e não no Paraíso, donde a confusão entre o « Filho » da Trindade e Micaël, Filho paradisíaco, como setecentas mil outras criaturas como ele já criadas.
Essa posição de Deus local que Jesus ocupa explica, na verdade, em relação a vocês, porque ele é, com justa razão, considerado como um Deus em seu planeta, a despeito de todas as violências inacreditavelmente contraditórias perpetuadas em Seu Santo nome. Só um Deus poderia de fato vencer sem batalha militar o Império Romano fascista, levado a seu paroxismo de violência sob o comando de Calígula, notório demônio encarnado, e de sua irmã.
Dura lex, sed... lex
4°)- Ele não morreu na cruz para expiar a culpa de seus filhos ou resgatar seus pecados, mas porque a maioria dos membros do Sinédrio de Jerusalém, manipulada telepaticamente pelos anjos apóstatas, tinha decidido condená-lo à morte. Ele teria de bom grado dispensado uma morte dolorosa e humilhante, e isso é especialmente verdadeiro se pensarmos que não acontece com freqüência a um Deus ser tratado de tal forma por minúsculas criaturas mortais. Mas a regra é viver exatamente como um ser humano comum, e um ser humano condenado à morte morre forçosamente de forma violenta. Aliás, a morte, seja qual for a forma que tome, é uma das fases inevitáveis da Vida.
Por isso é que ele não se desviou do destino que lhe haviam preparado suas próprias criaturas imperfeitas. Aproveitou para fazer de sua morte um exemplo, dizendo a respeito de seus sádicos torturadores : « Perdoai-os, meu Deus, porque não sabem o que fazem ». Quanto à redenção dos pecados, esta operação é individual. Ninguém tem de carregar a responsabilidade espiritual pelas faltas cometidas por outros! Abandonem finalmente suas noções primitivas de um Deus iníquo que ama o sangue como meio de redenção.
Os criadores universais não são nem injustos, nem idiotas. Qualquer dogma que tenda a fazê-los passar por sádicos ou imbecis só pode vir da inspiração de um apóstata. Portanto, não o levem em conta. A morte de Jesus não salvou ninguém em particular, salvo talvez a alma do ladrão que compartilhava de seu suplício no Gólgota. Ao contrário, sua morte condenou algumas pessoas a uma longa estada no purgatório ; o que constitui a teia do destino potencialmente eterno de vocês são apenas suas ações diárias. Crer em outra coisa só fará mergulhá-los na confusão filosófica e os fará perder tempo em sua busca da Verdade espiritual.
A lenda indiana
5°)- A respeito da história do túmulo portando o nome de Jesus que foi descoberto na Índia, o que levou alguns historiadores amadores a deduzir que Jesus tinha ido fazer sua iniciação na Índia antes de seu sacerdócio ou, ainda mais estapafúrdio, que ele não havia de fato sido executado na cruz, mas dela retirado em segredo, ainda respirando, por alguns de seus seguidores incondicionais, depois tratado, até embarcar para a Índia onde morreu. Eis a verdadeira explicação:
Em sua juventude, Jesus tinha feito muitas viagens, mas essencialmente para os países mediterrâneos, como a Grécia, a Itália e o Egito. Ele esteve várias vezes em Roma, onde pôde encontrar grandes filósofos, ascetas religiosos, praticantes do cinismo, dos mistérios, do estoicismo, etc... Fez intervenções notáveis pela inteligência e sensibilidade compassiva, informações sobre as mesmas tendo se espalhado o suficiente para que, alguns anos mais tarde, Pedro, Tiago e outros encontrassem um terreno já semeado, graças a essas primeiras visitas oficiosas do jovem Jesus. Em Alexandria, ele se entreteve com muitos filósofos, como Fílon o Grego, e as conversas de alto teor que tiveram marcaram profundamente este último , que utilizou em seguida em suas obras um bom número desses colóquios com o Deus incógnito de seu Universo. Isso serviu também de adubo para as futuras ações dos evangelistas, que pregaram com sucesso entre os helenos. O judaísmo, em compensação, resistiu a todos os esforços dos prosélitos cristãos, e recusou o novo evangelho...
Foi depois disso que nasceu o provérbio : « Ninguém é profeta em seu país »[1]. Seria interessante saber porque, pois eu continuo a não perceber a razão pela qual é tão duro ser profeta quando se está em casa. Durante anos, ele foi também preceptor do filho de um rico armador indiano que o levou em seu barco mercante durante anos, e lhe deu a oportunidade de percorrer e conhecer o mundo dos gentios. Ele teve portanto todas as possibilidades de testar seus ensinamentos filosóficos revolucionários junto a diferentes espíritos, dentre os quais o desse jovem indiano, e de observar as diferentes reações ; elas foram todas positivas, em especial no caso desse jovem, que foi capaz de entender o valor da nova doutrina de igualdade, de fraternidade e de compaixão.
Tão logo voltou de seu longo périplo com o pai, o jovem falou profusamente dele em sua vizinhança, pois pressentira a natureza divina de seu doce e paciente preceptor, o que o levou a começar a pregar o novo evangelho dos ensinamentos de Jesus.
Quando esse fiel e devotado apóstolo desconhecido da história oficial morreu, foi enterrado segundo a tradição hindu, que requer que se leve em primeiro lugar o nome do Santo ou do deus mais venerado. Sendo Jesus o seu Deus, foi esse o nome inscrito na pedra tumular, aquela que foi recentemente descoberta e que deu origem a essa lenda suplementar sobre a vida e obra, já bem pesadas, do Mestre.
Salmo XXII : o qüiproquó
6°)- A interpretação oficial da célebre frase : "Eli, Eli, lamma sabacthani” (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste ?) ensejou debates sem fim sobre a fraqueza bem humana mas de qualquer modo surpreendente manifestada por Jesus durante seus últimos momentos. Entretanto, ele havia dito anteriormente :"Aquele que me viu, viu o Pai » e « Eu sou o Caminho » . Nenhuma imperfeição seria pois possível num Deus perfeito, e o qüiproquó relativo a essa frase lança uma sombra sobre a perfeição de Jesus e a importância de sua mensagem, sua confiança incondicional no amor de Seu Pai e a superioridade de Seus grandes desígnios. Eis portanto a verdadeira explicação dessa frase surpreendente, pois Jesus de fato a pronunciou :
“Pouco antes de sua morte física, Jesus começou a ficar inconsciente. Ele então se refugiou na técnica auto-hipnótica de recitação de textos sagrados, tentando esquecer um pouco as múltiplas dores que lhe enviava seu sistema nervoso torturado. Do Livro dos Salmos, que ele decidiu recitar com uma voz agonizante, veio-lhe o salmo XXII, que começa textualmente com a frase : « Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste ? »...
Aconteceu simplesmente que essa frase foi murmurada de forma um pouco mais inteligível que outras, e ela é que foi repetida pelas testemunhas auditivas de sua execução, mas infelizmente fora de seu contexto, donde essas teorias nebulosas sobre a fraqueza moral e espiritual do Deus vivo (ele já não tinha ao pé da cruz Maria, sua mãe, pois lhe tinha pedido que partisse antes de sua morte ; mas ali estavam Judas, um de seus irmãos ; Rute, uma de suas irmãs ; finalmente, alguns de seus discípulos, como Joaõ Zebedeu, Maria Madalena e Rebeca). Na verdade, eis quais foram suas últimas palavras, devidamente traduzidas : « Acabou-se ! Pai, entrego meu espírito em tuas mãos ». Sua morte foi tão digna que o centurião romano que o viu morrer bateu no peito e disse em latim uma frase que, traduzida, diz : « Era na verdade um homem íntegro ». E a partir desse dia, esse oficial romano teve fé na natureza divina de Jesus, e se tornou um cristão ativo. Essa forma de morrer é bem mais reveladora da força infinita do caráter de Jesus do que a lenda particularmente errônea sobre suas dúvidas metafísicas diante de sua própria morte. »
Tudo é milagre
7°)- Quanto ao aspecto miraculoso de certos atos de Jesus, vocês devem saber que foi sempre contra sua vontade que Ele usou algumas vezes seus imensos poderes terapêuticos. Embora homem sob todos os aspectos, Jesus havia retomado toda a personalidade divina própria do deus Micaël no dia em que começou sua carreira pública, após o batismo realizado por seu primo João no Jordão. Mas a regra decretada pelo criador do Paraíso desaconselha – para não dizer proíbe – que os Filhos Paradisíacos em missão de demonstração humana utilizem seus poderes divinos (que lhes permitem curar quem quer que seja, graças a sua faculdade de transcender facilmente espaço e tempo) para convencer seu rebanho a seguir seus ensinamentos. Jesus concordou pois em lidar com as situações humanas com que se confrontasse usando somente suas armas físicas e mentais humanas.
Mas sendo por natureza extremamente compassivo, aconteceu de seu coração ser perturbado por um ou outro espetáculo do sofrimento e da injustiça inerentes à natureza, com seus 10% de vítimas de seus erros. Sentiu-se, pois, obrigado a intervir aqui e ali em favor de alguns de seus filhos. As curas de cegos e de paralíticos, a ressurreição de Lázaro e de algumas crianças, a multiplicação dos pães, a pesca miraculosa, o passeio sobre as águas do lago Tiberíades não são lendas do tipo « estrela de Natal ». Esses fatos realmente existiram, mas Jesus teve o cuidado de não realizar muitos deles, pois era por meio de seu exemplo puramente humano que ele tinha assumido a missão de convencer os homens da validade de seus ensinamentos e de suas parábolas.
Por outro lado, sua morte ignominiosa o teria tornado anônimo enquanto Messias se Ele não tivesse deixado algumas marcas inesquecíveis e notáveis o bastante para figurarem nos relatórios dos escribas romanos.
Este fato determinante contribuiu para reduzir o martírio dos fiéis cristãos, pois um Imperador tomou enfim a decisão graças à qual Roma é atualmente a capital mundial da cristandade. Foi-lhe necessária uma grande coragem, mas o que esperar de diferente de um Filho Paradisíaco que obedece a seu Pai ? A coragem é um fator determinante no Universo no que se refere à evolução, qualquer que seja a categoria dos seres com ela confrontados. Assim, trata-se tanto de Jesus, o Filho do Homem, como de Micaël, o Pai do Homem que morreu na cruz, mostrando o duplo exemplo da forma como deve morrer um homem, isto é, sem ódio de seus carrascos, e da forma como deve morrer um Deus Criador, isto é, respeitando escrupulosamente o livre-arbítrio da criatura concebida, de acordo com a Lei instituída por Deus o Pai Universal e Fonte-centro primeiro da VIDA.
Foi em consonância com a mensagem do primeiro exemplo que morreram em seguida os (excessivamente) numerosos mártires Cristãos, de mortes tão impressionantes dado o batalhão de sádicos que iam assistir ao espetáculo sangüinário criado em torno do acontecimento, que assim acabaram por convencer as massas que se opunham à superioridade sobre-humana de seu Deus da realidade indiscutível da mesma. Foi desse modo que os inimigos mais ferozes dos judeus e dos cristãos se tornaram guardiães do berço cristão e de sua cidade, a capital do Cristo-Rei.
Outro milagre, além de tudo, post mortem ! Os ataques incessantes dos luciferianos bem que tentaram aniqüilá-lo, mas até agora o Espírito da Verdade difundido por Micaël no dia de Pentecostes tem retomado integralmente sua forma, como um elástico, diante desses ataques, e o espírito do Cristianismo, interessado prioritariamente nos humildes, doentes e miseráveis (como Madre Teresa, a pequena albanesa, demonstrou durante mais de meio século) se estende novamente pouco a pouco na direção de vocês, depois de ter experimentado durante séculos a tentação do aparato e do poder material. Jesus enfrentou, portanto, seus carrascos com todo o amor de que era capaz, enquanto homem e enquanto Deus maltratado por seus próprios filhos, sofreu humildemente as zombarias e as torturas dos espectadores idiotas e dos soldados romanos, carregou sua cruz, não perdeu, aliás, a oportunidade de salvar mais uma alma, a do ladrão arrependido, quando já sofria atrozmente devido a pelo menos quarenta ferimentos. Ele não esqueceu tampouco de perdoar oficialmente os que o torturavam, e expirou invocando o nome de Deus, sendo que a qualquer momento ele tinha a liberdade de chamar os anjos em seu socorro, para que apresassem sua agonia física terrivelmente dolorosa. Várias legiões estavam efetivamente vendo, paralisadas, o rumo terrível que tomavam os acontecimentos relativos à missão de seu Deus neste pequeno planeta ; era a primeira vez neste universo que Micaël era tratado dessa forma por seus próprios filhos !
Entretanto, Ele enfrentou esses ingratos e imortalizou sua vida e sua obra em apenas três anos de sacerdócio ativo. Isso dispensa comentários. Nunca se envolveu com os nacionalistas judeus chamados zelotes, embora no início de seu ministério tenha despertado esperanças em suas fileiras. Mas viera para instruir o mundo, não para reinar apenas sobre os judeus, algo que estes nunca lhe perdoam. Eles esperavam um Messias que viria especificamente para eles, o povo eleito, mas seu Messias nacionalista nunca vem...
Em compensação, Jesus continua a fazer adeptos todos os dias e em todos os países, junto a todo tipo de pessoas, inclusive os judeus, porém mais na América que em Israel. Em verdade, em verdade, lhes afirmo : somente um deus poderia, em relativamente poucos anos, convencer um imperador romano a optar pelos ensinamentos de um judeu assassinado como criminoso numa província longínqua de seu império. Como os judeus eram considerados pelos romanos como uma sub-raça (veja-se o que não hesitaram em fazer à cidade santa e ao Templo de Jerusalém meio século após o desaparecimento brutal de Jesus), a conversão em massa de gentios gregos e romanos a uma religião de origem judaica é totalmente irracional. Todavia, como no caso de Joana d’Arc, foi o que aconteceu, que ninguém duvide. Entretanto, pouco depois da morte ignominiosa de Jesus e a debandada geral dos apóstolos, a sorte do cristianismo teria e até mesmo teve de ser selada. Foram, pois, somente as múltiplas e reais aparições de Jesus em seu corpo astral glorioso, após sua morte física, que fizeram que os apóstolos resgatassem melhores sentimentos para com o Mestre e lhes transmitiram a fé absoluta, permitindo-lhes fazer em alguns anos um trabalho verdadeiramente extraordinário. Veja-se por exemplo o que aconteceu a Saulo de Tarso em seu périplo para Damasco : de perseguidor de cristãos ele passou a ser um de seus mais ardentes defensores, andando milhares de quilômetros e pregando em centenas de povoados, fazendo-se lapidar regularmente pelos conservadores judeus escandalizados com o novo evangelho. Infelizmente, uma homossexualidade latente o fez dizer, quanto à consideração pelas mulheres no seio da cristandade, algumas bobagens que ganharam, com o passar do tempo, importância desmesurada.
A mesma sorte tiveram Pedro, André, Tiago e centenas, milhares de mártires anônimos que preferiram morrer em condições atrozes do que abjurar sua nova fé. Foi somente graças à abnegação, mais uma fez completamente irracional, de todos esses heróis admiráveis, que o cristianismo pôde vencer todas as conspirações luciferianas que, desde o início da missão de Jesus, se abateram sobre as pobres cabeças dos verdadeiros fiéis. Hoje, mais do que nunca, Jesus está no centro do mundo artístico, político, religioso. Sua falsa data de nascimento é comemorada até pelos ateus, e produz a cada ano tesouros de amor e de caridade. Todas as outras religiões concorrentes o respeitam enquanto indivíduo, mesmo se a religião que usa indevidamente seu nome á ainda, aqui ou ali, violentamente combatida. Apenas os satanistas detestam Jesus e sua imagem : mas seria isso de fato surpreendente?
Temia-se uma passagem apocalíptica para o ano 2000, com um monstruoso bug da informática, explosões nucleares, a falência mundial dos bancos, uma guerra nuclear e não sei mais o quê, em virtude da deformação semântica da palavra « apocalipse », cujo sentido em grego, utilizado por João, era « revelação », e não fim do mundo material. Além disso, o ano 2000 d.C. tinha passado dez anos antes, pois ele nasceu sete anos antes da data oficial comemorada em seus dias, e não deu lugar a qualquer acontecimento notável, à exceção de um enésimo terremoto em Los Angeles e dos conflitos interétnicos menores habituais, já que ninguém parece ainda ter entendido que vocês são todos, antes de tudo, irmãos e irmãs. O que é notável é que o calendário gregoriano, embora falso, conseguiu se impor no mundo inteiro, inclusive entre os chineses comunistas, como demonstrado pela comemoração hiper-divulgada pela mídia que teve lugar em todo o planeta à medida que passava da meia noite.
Na verdade, esse grande medo da passagem ao século XXI gregoriano só beneficiou escroques de toda extração, que trataram de aproveitar todas as oportunidades possíveis para explorar o medo e a covardia de legiões de pessoas vulneráveis, em todo o mundo, mas principalmente os trouxas mais ricos : os americanos ! Graças a Deus, nenhuma central nuclear falhou, nenhuma insurreição popular ocorreu nas metrópoles, nenhum crash nas bolsas, e o fim do mundo anunciado pelos iluminados e pelos cientistas paranóicos aconteceu. É certo que uma tempestade se abateu sobre a Europa ocidental, mas nada que esses países modernos não pudessem facilmente superar. A epidemia galopante de AIDS no continente africano é muito mais grave, e começou a se instalar há já 15 anos.
O fato de que, apesar de tudo, ainda haja ocidentais que não crêem que Jesus tenha um dia existido, comprova as dificuldades com que se defrontaram, em todas as épocas, esses filhos de Deus, para fazer triunfar a Verdade sobre a vida e a obra do único Deus vivo que tenha jamais posto os pés em seu planeta azul. Este, graças a tal privilégio ainda incompreensível por muitos de vocês, tornou-se um astro importante e precioso ; é o planeta onde o deus de seu universo local se encarnou num corpo mortal a fim de lhes revelar, dando ele mesmo o exemplo, o verdadeiro valor da vida.
Palavras de honra ?
8°)- No que se refere às diferentes versões da vida e da morte de Jesus conhecidas como sendo o evangelho segundo Marcos, Mateus e Lucas, e acrescentando-se as de João e de Tomé, é claro que essas histórias sinóticas, sejam elas aumentadas ou não de três para cinco, não dizem todas a mesma coisa e são às vezes até mesmo contraditórias quanto ao que o Mestre disse ou não disse sobre acontecimentos-chave de sua obra. A história da destruição do Templo e de sua reconstrução em três dias é um dos numerosos exemplos disso em termos de imprecisão, assim como a verdadeira duração de sua atuação evangélica : ela vai, segundo as versões, de oito meses a três anos; portanto, outra imprecisão importante.
Ora, para se revelar, a verdade requer exatidão, caso contrário ela permanece relativa e não pode então ser tomada ao pé da letra, sob pena de provocar perturbações, coisa que aliás não deixou de se concretizar em seguida, como todos sabem. A principal crítica que se pode legitimamente fazer aos evangelhos e ao antigo testamento é que eles permitem múltiplas interpretações em excesso, fonte sistemática de conflitos entre escolas doutrinárias, e chega-se a esquecer até os fundamentos dos ensinamentos do Messias para se fazer triunfar um ponto de vista hipotético pessoal. Do nosso ponto de vista de anjos-que-conhecemos-a-exata-verdade, isso é ridículo, dramático e inaceitavelmente escandaloso. A narrativa de João, por exemplo, foi redigida por várias pessoas, dentre as quais o discípulo particularmente amado e apreciado por Jesus.
Ora, um único homem que Jesus fez voltar do mundo dos mortos, com seus poderes divinos que Ele havia proibido a si mesmo usar durante sua encarnação humana, salvo motivo de força maior; e ele não se chamava João. Ao contrário, João o presbítero, João irmão de Tiago Maior, João filho de Zebedeu, e mesmo escribas gregos que nasceram depois da execução de Jesus participaram da elaboração de tal evangelho , com tudo que isso comporta de improvisação. Retenhamos dessas histórias simplesmente o principal : as palavra de seu « nosso Pai », suas palavras de reconforto para os pobres, os doentes e os oprimidos, seus atos altamente simbólicos e às vezes miraculosos, como a escolha de doze apóstolos, em referência às doze tribos de Israel, a derrubada das bancas dos cambistas e dos comerciantes, sua crítica dos cultos sacrificiais, sua chegada a Jerusalém montado em jumento, suas alegorias para explicar o reino dos céus e seus comentários sobre as “múltiplas moradas” criadas por seu Pai. Outro milagre, no entanto, é que, graças a essas histórias e à coragem cheia de abnegação dos autores e de seus seguidores para os transmitir às gerações seguintes, se sabe que Jesus-o-rei-dos-judeus era bem mais que o Messias anunciado pelos profetas judeus, como esperavam Judas e seus amigos zelotes.
Graças a seus apóstolos, soube-se rapidamente que Ele era de fato um verdadeiro Messias cosmoplanetário, colocando os romanos, os samaritanos, os gregos, os indianos e os judeus no mesmo pedestal, julgando os homens e as mulheres com a medida da igualdade perfeita, denunciando a existência e a obra de um de seus filhos rebeldes, Satã, atacando, enfim, como evocado em Zacarias, 14, os desvios materialistas do Templo, suprema blasfêmia do ponto de vista dos sacerdotes, que preferiram eliminar aquele perigoso agitador a renunciar aos lucros, como exigia Jesus. Era o Messias que já esperavam há muito, mas recusaram-se a se ajoelhar diante dele enquanto Filho criador de Deus, porque o que Ele dizia simplesmente não lhes agradava ! No entanto, Jesus só desejava dar início à purificação do Templo (o que o Messias anunciado nas Escrituras deveria aliás fazer) . Finalmente, seu respeito absoluto pelo livre-arbítrio de seus inimigos. Não será tudo isso, indubitavelmente, a marca de um deus ? E de um deus feito à imagem de vocês ?
Um sudário incomum
9°)- Dado que existe, ainda agora, uma polêmica entre as autoridades científicas e as religiosas relativamente à autenticidade do Santo Sudário, dito « de Turim », vou lhes revelar o que realmente sucedeu a esse pedaço de tecido, para que as dúvidas redespertadas pelo recente resultado das análises com carbono 14 cessem de impedir fiéis sinceros de se beneficiarem plenamente da única prova material da passagem de seu deus-feito-homem pelo planeta que ele fez com que fosse gratuitamente posto à disposição de vocês. Embora Jesus fosse ficar muito mais à vontade para se comunicar nesta sua época de superutilização da mídia do que há dois mil anos se tivesse decidido encarnar-se no início do ano 2000, a época que Ele escolheu para intervir nos assuntos dos Homens era singularmente carente de meios de comunicação, de intelectuais, de cientistas e de eruditos, e foi-lhe necessário encontrar imagens simples e parábolas de fácil memorização para explicar o quase inexplicável : a verdadeira natureza do Deus do Paraíso, seu Pai, nosso Pai, de todas e todos nós. Não sendo especialmente partidário da adoração de objetos ou de milagres, mas sabendo que havia grandes possibilidades de sua existência e sua mensagem caírem no esquecimento se nada de material fosse deixado para atestar de sua vinda entre as ovelhas (que, para sua tristeza, se parecem muito freqüentemente com lobos sedentos de sangue) e que, por outro lado, a Humanidade não poderia se contentar ad vitam eternam com algumas lembranças registradas mais ou menos fielmente nos evangelhos, por certo imperecíveis graças a algumas dezenas de devotos fiéis (perecíveis, estes, e além disso, pouco apreciados pelas autoridades judaicas, gregas e romanas, o que lhes trouxe em geral morte prematura e bastante dolorosa), Jesus pediu a seus anjos da guarda que, tão logo Ele tivesse recuperado seu corpo de luz devido à desencarnação por parada brusca de suas funções vitais, eles fizessem com que seu corpo, que desapareceria rapidamente (para que seus ossos não fossem objeto de transações vergonhosas), servisse de imagem piedosa para todas as suas futuras ovelhas, pelos séculos dos séculos. Solicitação pouco evidente em sua realização, vista de uma perspectiva humana...
Entretanto, visto que não há problema sem solução na realidade angélica, ela foi logo encontrada :quando o corpo do Cristo foi descido da cruz, as mulheres que o acompanhavam até o fim em sua provação juntamente com João cobriram seu corpo desnudo com um lençol branco que Maria tinha trazido para este fim, e o levaram à sua última morada. Ali, retiraram o lençol maculado pelo corpo ensangüentado, lavaram, passaram óleo no cadáver e o envolveram em bandagens, segundo o ritual local costumeiro, depois se recolheram por um momento e deixaram o lugar, titubeantes e em lágrimas, o coração apertado, num terrível estado mental, não sem antes cobrirem novamente os despojos com o famoso lençol, pois mal podiam suportar a visão daquele corpo sem vida. Depois que o grupo desolado partiu, os soldados romanos que estavam de guarda recolocaram no lugar a grande pedra que servia de porta, isolando definitivamente do mundo dos vivos o invólucro carnal de Jesus.
A história oficial pára neste ponto, e só continua três dias depois, quando da descoberta atordoante do sepulcro vazio e das primeiras aparições de Jesus em seu corpo astral a seus íntimos. Ninguém, é claro, soube ou entendeu então que, no interior do sepulcro, três pares de anjos, encarregados de fazer desaparecer o corpo fora de uso, se tinham posto a trabalhar tão logo a tumba mergulhou na escuridão. Eles começaram a criar um campo magnético de tal amplitude que lhes foi logo possível alterar a trama normal do tempo no sentido da aceleração, o que evidentemente gerou um grande calor, que fez dissolver-se no tempo acelerado a carne e os ossos do Rei dos reis. De acordo com o desejo deste, tal método favoreceu a impressão da imagem de seu corpo no lençol, de forma permanentemente indelével, salvo pela destruição do próprio lençol pelas chamas ou pelo trabalho normal do tempo.
A operação provocou uma aceleração temporal equivalente a 1200 anos, mas durou apenas quinze horas no total. Os anjos são capazes de fazer esse tipo de coisa, Senhores e Senhoras cientistas, mas entendo que vocês não integrem em seus estudos esse gênero de parâmetro, principalmente quando são tão céticos a respeito de nossa existência ! Assim sendo, suas afirmações errôneas lhes serão perdoadas, na medida em que sejam sinceras.
Esses mesmos anjos, alocados então à guarda do Santo Sudário, continuam, depois de 1970 anos, a cuidar fielmente dessa única relíquia e prova « formal » da passagem de Jesus entre vocês, e já tiveram de intervir várias vezes contra os ataques dos demônios, esperados porque previsíveis, perpetrados contra esse objeto santo que tanto atrapalha seus planos anticristãos de negação da existência de Jesus, sobretudo agora que o negativo da foto do sudário mostra ainda melhor que antes o corpo torturado do Cristo e o milagre de sua impressão no linho. Todavia, cientistas ateus de convicções duvidosas se esforçam sempre por demonstrar que o lençol não passa de uma contrafação.
Mas como poderiam eles pensar de outro modo, já que só dispõem desses risíveis cálculos com carbono 14, falseados por um lado pela desaparição dos 1200 anos gerados pelo trabalho dos anjos e, de outro, pelas diferentes moléculas de carbono depositadas quando das longínquas e múltiplas tentativas dos luciferianos de destruir esse vestígio único pelo fogo, principalmente quando ele esteve em Constantinopla. Eles se enganam em sua avaliação da idade do sudário porque os dois fenômenos levam, com uma diferença de poucos anos, a análise com carbono 14 ao mesmo período (século XIII). Mesmo sem falar da ação dos anjos, a fumaça dos incêndios que por várias vezes cobriu o linho, principalmente em 1532, depois na França e em outros lugares, só pode perturbar a análise com tal carbono, até um cientista ateu pode entender isso ! Por outro lado, foram também encontrados no sudário resíduos de pólen de uma flor que só existe nas colinas de Jerusalém, não longe do Gólgota, o que deveria pôr de acordo todos os litigantes. Que dizer da emoção vivida por muitos descrentes diante desse objeto marcado com a imagem de seu deus local, quando de diversas exposições ?
Quando chegou a Páscoa e o túmulo foi reaberto por Maria Madalena, ela só pôde constatar que ele estava vazio, com exceção do sudário impresso, tendo as bandagens rituais enroladas no corpo de divino supliciado sido também dissolvidas no corredor do tempo criado angelicamente.
Nada compreendendo ainda do que se passava, ela pegou o lençol e fugiu, os olhos novamente cheios de lágrimas, acreditando, muito logicamente, que o corpo de seu Mestre espiritual havia sido roubado, o que só aumentava sua dor já imensa. Mas Micaël, que acompanhava no astral todos esses acontecimentos, não pôde deixá-la por mais tempo na incerteza (essa fiel discípula na verdade não merecia sofrer tanto e por tanto tempo), e sua primeira aparição em seu corpo astral foi, conseqüentemente, para ela, bem como a história de sua ressurreição, para que fosse ela a repeti-la aos discípulos, o que ademais lhe permitiu ganhar uma notoriedade mais nobre do que a de ex-prostituta. O principal acontecimento do anúncio da ressurreição de Jesus figura agora na história oficial de sua vida, e isso é, simplesmente, justo.
Desde então, o sudário viajou muito, enfrentou numerosos riscos, o último de que se tem notícia em 1998, mas ele continua aí, quase intacto e vibrando para sempre a imagem do Cristo. Gloria in excelsis Deo !
Pequeno poema a título de despedida
Micaël, que segue de perto a transmissão deste livro revelador, me encarregou de lhes transmitir também uma mensagem pessoal. Jesus tem, por um lado, uma afeição especial pelo número 12, como vocês talvez tenham podido verificar. Como, por outro lado, Ele guardava também lembranças muito boas de sua vida humana na magnífica cidade de Alexandria, Ele me teletransmitiu, para passá-lo a vocês, um texto em alexandrinos diretamente em francês, que vai traduzido abaixo :
Bom dia, me apresento, bando de preguiçosos
Eu me chamo Jesus, e vós sois os meus filhos.
Me haveis visto no templo, a expulsar negociantes,
Salvando as prostitutas e amando os descrentes ?
Quiseram me matar, mergulhar-me no nada,
Mas eu voltei dali, mais forte ainda que antes
Os que me sucederam foram tolos traidores
E essa conspiração tem mais de 2000 anos
Inspiro meus fiéis a falar com bravura
Tempestades, se fazem, é pra semear o vento
Vento de liberdade, a soprar fortemente
Para um dia afinal livrá-los dos tormentos.
O triunfo final do Espírito da verdade
Traz tantos golpes duros, mas que coisa absurda !
É preciso que a dor inspire os oprimidos
Contra os fascismos todos, não se deve ceder
Há que se erradicar os campos e os gulags
Gandhi mais Luther King mostraram o caminho
Resistência passiva é preciso adotar
Abri vossos ouvidos ! Ireis vós me escutar ?
O amor vencer o ódio, eis a minha vontade
Não é mesmo evidente, mas a facilidade
Não é pra vosso mundo, estejam certos disso
Pois tendes de lutar sempre contra o Maligno.
Para os filhos da luz, a conta é bem pesada
A rua sempre engendra surdas lamentações
Tão escura a calçada no inferno da noite
No México, em Manila, tão negras são as noites
Quanto a cor desse povo cativo há tanto tempo
Que pungente espetáculo essa conspiração !
Pois a ignorância é tal, que o Maligno a carregue
O demônio, mais forte, acossa suas portas
No entanto a solução já foi bem demonstrada
Ao alcance da mão, mas há que ultrapassar
Seus sistemas de crenças a fim de a alcançar
Mudar e evoluir e chegar à unidade
A Igreja católica não cumpre seu dever
Santarrões e beatos dormindo a sono solto
Face à grande miséria, será que a querem ver?
Em vez de se insurgir, preferem me beber!
Mas suas contas em bancos, se apressam em suprir
Em breve, é certo, a hóstia será cotada em bolsa
Quantos mártires , oh !, se retorcem na tumba ?
Devia a cristandade desmantelar as bombas...
E que vejo no Rio, que vejo em Sarajevo ?
Apenas assassinos, infanticidas temos !
Pensam eles que basta confessar os seus crimes ?
Da minha ira o fogo queimará seu traseiro !
Vós viveis, isso é certo, uma era de pânico
Dai-vos conta afinal, não fiqueis aí parados
Dizei aos fariseus que nó pensam na « grana »
Que não é assim fácil abandonar seus tiques
Dizei-lhes que há uma luz dentro do coração
Que se pode aumentar com a força da prece
Nada é de exterior, não procureis em volta
Ela às vezes será rápida como um raio
Sabei que em lugar de proclamá-lo aos gritos
Um pouco de humildade é um bom atributo
Quanto mais apagados, mais vós sois protegidos
Pelos irmãos e irmãs dessa comunidade
Ajudo-vos a achar felicidade quando
O passado fizer o futuro presente
Fazei vossa unidade, sede irradiação
Rejeitai assassinos, apóstatas, bandidos
Não permitais que passem suas idéias ocas
Pra que meus seres todos possam manter-se vivos
Deus vos protegerá das trevas absolutas
Ele tudo vê e sabe, pode ler corações
Do Espírito o fruto mordei pois com vontade
Em termos de magia, quero vos ver bem brancos...
Quanto à conspiração contra os filhos de Deus
Fazei-lhe oposição, peço , e desejo sorte
Estais aí pra clamar a mudança de tudo
Deveis clamar bem alto, esquecendo do ego
Podeis participar construindo a utopia
Que é a liberdade frente ao fascismo vil
Alguém que quer lutar contra o aço das correntes
Então numa só voz cantai até cansar :
"Luta pelo melhor, nunca pelo pior
Se tu amas o belo, quero ouvir o teu riso !
Teu sistema solar, sou dele o criador
Mas o teu sol interno, a ti cabe fazê-lo!"
CONCLUSÃO
Foi previsto e anunciado que Jesus voltará a seu mundo para julgar os vivos e os mortos. Uma coisa é certa : ele não voltará uma segunda vez como um cordeiro feito homem. Voltará quando um número significativo de seus filhos pelo espírito (isto é, aqueles que se esforçam, não para não perder a missa de domingo, mas sobretudo para aplicar em sua vida diária seus ensinamentos) aspirarem fortemente a vê-lo voltar para cumprir sua promessa. No momento atual, ele não sobreviveria muito tempo numa nova missão de revelação. O hospital psiquiátrico, no melhor dos casos, ou uma execução mafiosa, no pior deles, é o que teria, quase com certeza. Enquanto perdurar a atual situação dramática, sua visita em pessoa não terá qualquer possibilidade de acontecer. Entretanto, como seu espírito está em todas as coisas em seu universo local, segundo a mesma técnica de efusão que seu Pai paradisíaco utiliza para o conjunto de Seu universo, é sempre possível fazer contato, telepaticamente, com ele, através do canal do verbo 888, e senti-lo manifestar seu amor por cada um de vocês em seu quarto chacra, aquele que gera os pensamentos de compaixão.
*°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°*
JOANA D'ARC
Ser puro e forte em religião
É inspirar-se nos Santos padroeiros
Joana o disse bem em suas preces
Amor e Paz andam de mãos dadas
Não se deve mais em nome de Deus
Assassinar como loucos
No que se refere a nosso direito de ingerência quando uma cultura importante está ameaçada de extinção, os franceses deveriam ter menos dificuldade de acreditar em nós. De fato, poucos países podem se vangloriar de contar em sua própria história oficial, verificável porque corretamente arquivada, vários fatos que demonstram de forma inegável a existência dos anjos e sua importância em sua vida. Penso especialmente aqui na história de Joana d’Arc, que nos liga tão fortemente aos franceses. Os habitantes da França têm todos eles conhecimento da epopéia irracional mas real que essa menina iniciou desde os treze anos, e que consistiu em primeiro lugar em deixar sua família e sua aldeia em 1425 para tentar diariamente, durante meses, convencer um escudeiro real (Robert de Baudricourt) a apresentá-la ao delfim Charles “porque ela tinha algo a lhe dizer para salvar a França”; depois, uma vez obtido ganho de causa, em reconhecer sem hesitação um homem, no caso o delfim da França, que ela nunca tinha visto e que se dissimulava no meio da multidão (um testa-de-ferro fazendo seu papel no trono real) ; em seguida, convencer aquele reizinho, que estava entretanto em apuros e era um tanto desequilibrado, a lhe conceder uma audiência a portas fechadas ; quinze minutos mais tarde, o rei e Joana saíam da sala, ele pálido, ela toda enrubescida. O que ela disse e fez pertence à « Defesa Secreta » dos arcanjos, assim deixarei intacto o mistério. De qualquer modo, foi eficaz, pois o que Joana disse ao Delfim, ninguém exceto este último podia saber, e esse curto lapso de tempo de comunicação entre eles foi suficiente para convencer o rei a lhe confiar o comando de seu exército desmoralizado e desorganizado ; então Joana, com catorze anos, fez-se aceitar por ele, levou-o (sendo que na época ele se encontrava à beira da aniquilação final) várias vezes à vitória contra o exército inglês, que era entretanto bem mais poderoso e numeroso que as tropas por ela conduzidas à batalha, e isso se repetiu muitas e muitas vezes, até que os acontecimentos tomassem um rumo irreversível em relação às ambições expansionistas dos ingleses quanto às planícies e vales franceses ; como podem esses habitantes, dizia eu, com tal história autêntica, duvidar ainda de nossa existência ?
O que querem eles de mais límpido ? Que venhamos em massa em nossas naves transestelares e resolvamos todos os seus problemas com uma varinha mágica ? Infelizmente, essa é a única coisa que não estamos autorizados a fazer. De qualquer modo, a maioria da população ainda não está convencida. Por que, diriam eles, os anjos ajudariam os franceses em especial ?
Seria Deus francófilo ?
Para esta pergunta, só tenho uma resposta clara : Não, Deus não é judeu, nem francês, nem americano, e a divisa « Gott mit uns » (Deus está conosco) alemã não tem mais fundamento do que as outras. Entretanto, Deus e seus múltiplos representantes não estão por isso menos preocupados em preservar o precioso patrimônio que é a língua francesa, tão especial e ainda mal esboçada no tempo de Joana d’Arc, mas já portadora dos potenciais que depois a tornaram, filosoficamente falando, tão útil, tendo lançado em grande parte a filosofia do Século das Luzes e o progresso espiritual que a ele se seguiu. Para a redação do presente capítulo, entrei em contato com um anjo ligado há muito tempo ao destino da cultura francesa e que esteve ligado ao anjo pessoal de Joana, sendo pois testemunha de acontecimentos em que ela foi envolvida e que resultaram em seu processo sórdido, justamente quando ela tinha dezessete anos e toda a vida diante de si. Eis o que ele me disse : « Por muitas vezes inspiramos os pais fundadores da atual língua francesa quando eles trabalhavam em sua elaboração, principalmente no nível da semântica e do simbolismo das palavras, de seu duplo sentido, das associações com sinônimos, das mensagens esotéricas, da musicalidade das palavras para suas poesias ritmadas, em suma, elaboramos toda uma gama de instrumentos intelectuais e fonéticos que aliás muitos povos acham divertidos de ouvir, invejando os franceses, mesmo quando não compreendem o sentido do que ouvem. Todo esse futuro trabalho multissecular estava ameaçado pela invasão inglesa, devido à tendência arrogante dos anglo-saxões a devorar as outras culturas, dentre as quais a nascente cultura francesa, no caso, em virtude de sua onipresença geográfica no território francês. Um exemplo dentre centenas de outros : em seu alfabeto, verifica-se que a letra m precede justamente a letra n. Simbolicamente decodificado, isso fornece aime (ama) ao lado de haine (ódio) ; vocês têm aí dois símbolos que põem em destaque a noção de amor e sua predominância em relação ao ódio. Nada disso se verifica quando m e n são pronunciados em inglês ou em alemão. Além disso, a letra m é a décima-terceira, e o número 13 tem a antiga reputação de trazer felicidade ou infelicidade (a crença supersticiosa nesse número tem por origem a história evangélica da Santa Ceia, com os doze apóstolos mais o Cristo, treze à mesa !). Como Jesus é o Deus que veio revelar a verdadeira maneira de amar ao próximo, vocês podem ver como funciona o simbolismo iniciático. Os espíritos angustiados dizem que o número 13 traz infelicidade por causa da presença de Judas. Mas os espíritos sãos acham que ele traz felicidade por ser o número de participantes masculinos do primeiro corpo apostólico criado na terra por seu Deus local, Micaël. As palavras saint (santo) e sain (sadio) mostram outra analogia fonética dentre uma centena delas, indicando a vontade de iniciação espiritual dos letrados franceses, especificamente. Mas voltemos à história edificante de Joana, a Donzela de Orléans :
“Vendo o país francês sendo diminuído pelo invasor anglófono ou francófobo, uma legião de anjos foi ali enviada, autorizada a organizar uma proeza capaz de dar aos franceses um empurrãozinho significativo para os levar a perceber nossa presença, salvando sua cultura recém-nascida mas portadora de um importante potencial para o futuro. Seu comandante : um arcanjo chamado Miguel, especialista em estratégias de guerra psicológica, e seus dois assistentes : « Catarina » e « Margarida», especialistas em batalhas travadas sem banho de sangue. Foi graças a sua inspiração telepática que Joana transformou a deontologia de seus soldados com mais veneração religiosa, e venceu todas as batalhas com uma estratégia psicológica revolucionária para a época, o que assegurou as poucas perdas que « seu » exército teve de sofrer, apesar de uma permanente inferioridade numérica. Os responsáveis por esse plano achavam realmente que uma história tão mágica bastaria para estabelecer nossas relações mútuas humanos-anjos em novas bases, sendo já a França, oficialmente, « a filha mais velha da Igreja... », e o plano de ajuda angélica foi interrompido, pois o equilíbrio de forças estava no campo de Carlos VII, desde então o único Rei da França aceito pela Igreja. Infelizmente, Joana quis, após sua campanha vitoriosa e dessa vez por sua própria iniciativa (isto é, sem o aval angélico), voltar à luta para salvar « seu rei », aquele grande tímido, que nunca compreendeu inteiramente o que se tramava às suas costas. Não estando mais sob a proteção especial dos anjos, Joana foi, infelizmente, ferida, e nada pôde impedir que ela fosse então feita prisioneira, julgada como bruxa e condenada, primeiro à prisão perpétua em meio a soldados ingleses rudes, revanchistas e ávidos de sexo com ela - mas que « curiosamente » nunca puderam atingir seus objetivos lúbricos apesar dos muitos esforços - , depois à morte horrenda que todos conhecemos, a única acusação verdadeira contra ela sendo o fato de que ela usava roupas de homem e cabelos curtos. Foi assim fácil para os luciferinos espalhados na Igreja vingar-se desse modo, pois eles dispunham dos serviços do Bispo de Rouen, apóstata notório de nome predestinado que ousou condená-la à fogueira, e ainda por cima, em nome de Cristo ! Os ingleses, irritados com todas as derrotas que lhes tinham sido infligidas pelo gênio estratégico da Santa donzela, nada de errado viram nessa infâmia. Ela morreu assim porque os diabos não lhe perdoavam o ter realizado o que realizou por ordem dos anjos leais. Estando na época solidamente inseridos no seio da igreja, eles utilizaram a estrutura da Inquisição para dar uma aparência de legalidade àquele processo ridículo. No entanto, tratava-se de uma prisioneira de guerra, e na época era de bom tom devolver os prisioneiros famosos contra pagamento de resgate. Entretanto, os diabos queriam que ela morresse porque ela se recusava a abjurar sua fé em Deus, em Jesus e em nós, e também, com muita razão, a confessar algo que não havia feito, tendo mesmo a convicção inquebrantável e legítima de que tinha na verdade feito sistematicamente o contrário daquilo de que a acusavam ! De fato, não a acusavam de estar a serviço do diabo e de utilizar a feitiçaria para dar a vitória ao exército françois ?
Os diabos não gostam da França nem do espírito francês em geral : cem vezes, mil vezes, os luciferinos tentaram devorar a essência francesa, conhecendo sua força espiritual derivada do espírito individualista e cheio de recursos desse antigo povo poliétnico e polivalente. Eles enviaram César, depois os Hunos, depois os selvagens Vikings, depois os Ostrogodos, depois os Saxões, depois os Anglo-normandos, depois os terríveis Mouros, depois, bem mais tarde, a Médicis, La Voisin, Richelieu, Robespierre, Napoleão, Guilherme II, Laval, Hitler. Cem vezes contra-atacamos imediatamente, em geral por intermédio de receptores ou receptoras terrenas. De Santa Blandina a Santa Genoveva, passando por Bernadete, a santa de Lourdes, as mulheres francesas foram hospitaleiras e dóceis conosco para a execução dos planos de resgate dos franceses : Carlos Magno, Carlos Martel, Vicente de Paula, Henrique IV, Pascal, Descartes, Voltaire, Montesquieu, Littré, Hugo, Clémenceau, Jaurès, Zola, de Gaulle, todos fizeram parte de nossa equipe dos mais célebres agentes masculinos (conscientemente ou não), para proteger a França contra o extermínio cultural e intelectual, pois em nível de pureza da raça, não há grande coisa a salvar : essa pureza simplesmente não existe e nunca existiu, devido à mestiçagem permanente de várias dezenas de milênios que ocorreu e continua a ocorrer no território francês, para grande tristeza de alguns nostálgicos de Vichy e da causa Ariana, cujo mais famoso líder francês atual é um grande venerador da Donzela de Orléans. O que não o salvará, longe disso, quando de seu julgamento (ver « Política », Vol. 3). Mas acho escandaloso e inaceitável deixar que um movimento de extrema direita racista se apóie na obra e na pessoa de Joana para sustentar seu programa retrógrado, antifraternal, portanto, anticristão.
De qualquer modo, essa morte trágica em vez da vida mágica originalmente prevista para ela, como se teria legitimamente podido pensar após o começo glorioso, não enfraqueceu a mensagem que queríamos dirigir aos franceses através de sua experiência. Da mesma forma que a morte ignominiosa de Jesus em nada mudou a influência de seu pensamento, ao contrário. O milagre de ter vencido apesar das condições de fracasso momentâneo assustador foi ainda mais mágico.
Entretanto, o mínimo que os anjos podiam fazer para ajudar a pequena Joana, tão obediente e corajosa apesar de tão jovem, que em especial arriscava sua vida em meio às batalhas, mas também enfrentou o « bispo » Pierre Cauchon, esse duplo traidor (de sua pátria e de seu hábito), bem como sua assembléia de diabos de batina, era lhe dar assistência nesses momentos penosos e sustê-la espiritualmente, o que foi feito, e bem feito. Sua morte foi tão corajosa e mística, e as pessoas logo perceberam que haviam queimado um cordeiro de Deus, uma Santa. E a lenda de Joana d’Arc que conta seu destino de pequena pastora insignificante de Domrémy que chega à gigante da história da França gritando o nome de Jesus enquanto seu corpo de inflamava, pôde de qualquer modo perdurar para a edificação de vocês. Não são apenas os anjos leais que se interessam pela França, os anjos decaídos se ocupam também do país, exemplo disso o fato de Catarina de Médicis e seu pessoal italiano despencar ali. Ela e sua equipe tiveram tempo de executar um bom número de infâmias e massacres, sua obra-prima incontestável tendo sido o massacre, na noite de São Bartolomeu, dos pobres huguenotes legitimamente rebelados contra uma Igreja católica infestada de falsos homens de Deus e de verdadeiros sequazes de Satã ; nossa resposta foi dada por meio de Henrique IV e de Francisco I, sobre o que se passou no Renascimento, sobre a unidade cultural da França , que foi novamente preservada, depois reforçada, até que Luís XIV, muito afastado, em seu estilo de vida e suas idéias, de seu Santo ancestral destruidor de sarracenos (aquele conhecido por fazer justiça sob um carvalho, mas não como um imbecil), pusesse novamente os homens uns contra os outros com a sediciosa revogação do Édito de Nantes. No que se refere a esse rei chamado « sol » mas que, em muitos aspectos, era um sol negro, posso revelar àqueles que ainda não desistiram de encontrar o tesouro dos templários, supostamente enterrado nas proximidades de Rennes-le-Château, portanto em pleno país Cátaro, que podem parar de perder seu tempo : o tesouro foi encontrado e entregue a Luís XIV por seus « Dragões », e ele o usou em abundância para consolidar seu mito de Rei-sol, seu poderoso exército conquistador e seus faustos do Castelo de Versailles, faustos que o mundo inteiro lhe invejou mas que foi em parte pago pelo sangue dos Cátaros. Alguns restos desse tesouro foram encontrados em Rennes-le-Château por um certo Saulnières, abade, que dele se aproveitou para pagar algumas loucuras pouco compatíveis com os compromissos que sua vestimenta sacerdotal apontava. Sic transit gloria mundi.
*°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°* *°*°*°*
JUSTIÇA
Culpados ou inocentes, isentos ou cheios de vícios
Inocência presumida, prisão automática
Noções contraditórias que não chocam ninguém
Mas que destroem vidas sem que os sinos dobrem
A polêmica se amplia mais a cada ano em torno deste assunto, e não somente no Brasil. O mal-estar primordial é provocado por uma confusão nos termos : vocês dão à palavra « justiça » em sua língua uma significação bem clara : princípio moral que exige o respeito do direito e da eqüidade ; o que só faz prorrogar a aplicação da velha definição de Aristóteles, para quem a Justiça deveria ser sinônimo de igualdade e de legalidade e que, assim, exige dos funcionários voluntários da justiça, que eles sejam exemplos de integridade e de eliminação do ego, e que dêem, com suas sentenças, direito a uma vida justa para cada acusado. A injustiça deveria então ser o oposto natural da justiça. Ora, o sistema repressivo implantado pelos Estados se chama também « justiça », mas tal sistema é, que eu saiba, diariamente achincalhado em todos os países, em maior ou menor escala, pois o que faz abundantemente a maioria desses magistrados é Injustiça, e não a Justiça segundo Aristóteles, donde o mal-estar das populações envolvidas, não podendo o Brasil se vangloriar de estar incluído no melhor grupo, essa a triste e lamentável conclusão. Pudemos recentemente ver a Justiça Mundial em ação, principalmente quando, de um lado, o ditador-criminoso Pinochet se fazia soltar simulando graves problemas de saúde, quando todo mundo sabe que ele foi libertado graças a uma grande propina (oficiosa, bem entendido) vinda dos bolsos dos ministros ingleses envolvidos. Que a desonra caia sobre esses covardes sem dignidade. Quanto desprezo para com as vítimas, as inumeráveis vítimas da política segundo Pinochet e, um pouco mais acima em termos geográficos, podia-se ver um Governador Bush Junior (praticamente pior que seu pai na mesma idade), em plena campanha das primárias presidenciais, recusar-se energicamente a indultar um prisioneiro que a opinião pública internacional acreditava no entanto inocente e indevidamente condenado, uma nova vítima de júri popular à americana, que não se importa com detalhes e com Direitos de Defesa. Na França, Omar Radad teve mais sorte com Chirac... Por uma vez, ele foi bom, no pleno sentido do termo. A mim teria parecido lógico que o país berço dos Direitos do Homem tivesse igualmente um sistema judiciário exemplar, em que a justiça divina e a dos homens não estivessem tão separadas quanto no momento atual. Quando a justiça dos homens está muito afastada da Justiça divina, constituída exclusivamente, volto a lembrar, de compaixão, de eqüidade e de compreensão, é normal que haja bandidos. Tomemos o exemplo da França, berço da justiça social, farol oficial e autoproclamado de humanismo superior, Meca conhecida de todo refugiado perseguido que pede asilo. Se se fizer uma sondagem entre o povo francês perguntando-lhe se confia em sua Justiça, oitenta por cento das pessoas responderão : « não ».
Qual é o argumento negativo mais empregado ?
- Justiça a diferentes velocidades, conforme o lugar, conforme as pessoas.
O que é mais censurado ?
- Os prazos de espera, o abuso da prisão preventiva.
Quais seriam as boas soluções no sentido de melhorar os prazos?
- Mais funcionários, mais locais, menos leis iníquas, perversas ou inutilmente minuciosas, mais juntas de conciliação civil para os pequenos conflitos, o que aliviará os serviços para as questões graves.
Quais são as soluções adotadas atualmente ?
- Construir mais prisões, fazer ainda mais leis !
Qual é o orçamento que essa Nação superior destina a essa área importante ?
- 1,4 % do orçamento total.
Observem que, sendo o orçamento da cultura (todas as artes incluídas ) na França de 0,8%, os acusados ainda têm menos a reclamar que os artistas esporádicos de espetáculos. Além disso, essa justiça é aplicada de forma iníqua conforme a pessoa, com convicção íntima por parte dos juízes, dependendo de seu bom ou mau humor do momento, no lugar da França em que tenha lugar o julgamento : ademais, as leis mais ou menos boas ou de caráter retroativo criam situações absurdas que nenhuma justiça justa pode decidir.
Assim, quando é aplicado o preceito « melhor dois culpados em liberdade do que um inocente na prisão », os mesmos delitos são punidos numa escala de um a quatro segundo o local ou as opiniões pessoais políticas do juiz e dos membros do júri ; um culpado que tenha a seu serviço um advogado competente tem mais possibilidades de ser corretamente julgado do que uma vítima assistida por um advogado principiante ; a cumplicidade proibida entre os promotores e os juízes se estabelece de fato contra os acusados, devido ao espírito corporativo ; a presunção oficial de inocência é aviltada a cada dia por decisões abusivas de prisão preventiva emitidas por aqueles ou aquelas que são no entanto encarregados de as implementar ; a prisão preventiva abarrota as prisões vetustas de detidos sem julgamento, portanto presumidos inocentes ; ora, o que se aprende na prisão ?
Presunção de inocência ou prisão preventiva
Acontece pois freqüentemente que jovens se encontrem, por um pequeno delito, antes mesmo de serem julgados, nesse universo prisional impiedoso, onde os verdadeiros criminosos renitentes convivem com esses delinqüentes principiantes influenciáveis (e com os inocentes presumidos postos na prisão), e podem tranqüilamente recrutar futuros colaboradores para seu próximo golpe após saírem da prisão, instaurando assim um ciclo infernal de reincidências a partir do qual qualquer reinserção social se torna cada vez menos provável. No início dessa espiral mortal, um furto de rádio de carro, a venda de um pacote de maconha, um insulto a um policial, um documento perdido, às vezes até mesmo coisa alguma.
Um pouco de compaixão teria sido suficiente ao juiz para compreender, pelo estudo do ambiente onde cresceu o jovem acusado, as razões da atitude deste: saído quase sempre de lares destruídos ou testemunha de atos de grande violência em que o álcool, droga legal, tem certamente um papel. Salas de aula abarrotadas, professores insuficientes deixam passar pelas malhas de suas redes educativas e sociais centenas de milhares de jovens vindos de ambientes desfavorecidos, onde reina o desemprego, deixando o jovem sem escolha : ou a mendicância ou a delinqüência rentável, estilo assalto a mão armada ou venda de drogas (o mais das vezes pesadas, pois o ganho é pelo menos quatro vezes mais rápido com o pó mortal do que com a erva que alivia, embora ambos sejam tratados juridicamente da mesma forma).
Como poderiam os jovens, contestadores e críticos por natureza em relação aos mais velhos, encontrar lugar nessa sociedade onde os mentirosos, os que encomendam assassinatos mafiosos, os barões da droga e os escroques de toda espécie se tornam chefes de partidos políticos, prefeitos de grandes cidades e até chefes de estado ? Onde o que é chamado « justiça » cobre de fato uma atividade em que a injustiça, no sentido etimológico do termo, é praticada diariamente em todas as cortes da França, de Navarra e do mundo, como nos Estados Unidos, nossa nação favorita porque os presidentes juram obediência a Deus sobre a Santa Bíblia quando de sua sagração outonal, mas onde os juízes, onipotentes, põem 2% da população atrás das grades em condições terríveis de promiscuidade, onde os brutos e os viciosos reinam incontestes, levemente incomodados por suas atitudes de outros tempos pelos membros da administração penitenciária, que preferem brincar de voyeurs sorridentes a proteger os fracos.
Naquele país confederado, onde a grande maioria dos Estados não renunciou à pena de morte, os jurados condenam despreocupadamente à morte, mesmo quando são tênues as acusações, mesmo quando o réu é menor. Que a desonra recaia sobre vocês!
E a compaixão cristã ?
Pena de morte ou grande perdão?
Até há pouco tempo, era costume enforcar os « negros », culpados apenas, às vezes, de terem olhado com admiração ou concupiscência uma jovem branca que cruzava seu caminho.
O caso Tucker, essa mulher recentemente executada embora fosse público e notório que há mais de dez anos ela havia abjurado seu crime e adotado inteiramente a religião cristã, atraindo até mesmo o pastor da prisão, que chegou a desposá-la. Era portanto claro que a pessoa arrependida, ostensivamente abençoada por Deus por meio da bela história de amor que ligou Seu servidor a essa ex-vítima da heroína luciferina não tinha mais nada a ver com a drogada fora de si que quinze anos antes havia massacrado o pobre casal e que merecia uma pena pesada, mas que não chegasse à pena de morte, dada a circunstância atenuante que consistia em provar que seu cérebro se encontrava sob o efeito de uma droga excessivamente potente quando ela tomou a decisão de matar. Um bom advogado teria até podido alegar loucura temporária. Um bom governador teria podido indultá-la, especialmente depois que o próprio Papa intercedeu em seu favor...
Entretanto, todos os pedidos de indulto se frustram diante da « justiça » cega praticada naquele país, do qual George Bush Junior é o « digno » representante dessa mancha na Constituição Americana que é o Estado do Texas, pelo fato de 80% dos texanos serem a favor da pena de morte e porque nenhum Mitterrand americano ousa enfrentar ali a maioria da população ; entretanto, é cada vez mais público e notório que muitos inocentes, habitualmente pessoas de cor que não têm recursos para contratar um advogado e uma defesa dignos desse nome são condenados por júris populares cada vez menos competentes e inteligentes (de coração), sendo os réus pura e simplesmente inocentes dos crimes pelos quais os condenam à pena máxima, muitas vezes aplicada em meio a dores atrozes. A guilhotina tinha pelo menos o mérito de assegurar uma morte fulminante.
Saiba, senhor Bush, que a maioria dos franceses era favorável à pena de morte quando François Mitterrand decidiu aboli-la, juntando-se ao grupo de países que já a eliminaram. Isso não o impediu de bater todos os recordes de longevidade como Presidente da República (14 anos).
A desculpa do júri popular americano ?
— Ter sido traumatizado pelas ações terríveis de um grande número de assassinos seriais, por um lado, e, por outro, ter sempre mantido, desde as guerras com os índios, depois entre nortistas e sulistas, depois em 1917, em 1942, e na Coréia e no Vietnã o amor pelas armas de fogo, e com isso um certo hábito de conviver com mortes violentas. Fracasso evidente do sistema. Para quando, as reformas ?
Em vez de mandar para a prisão qualquer um por qualquer coisa, os juízes deveriam fazer ali, como parte de seus estudos, um estágio de pelo menos quinze dias, como um detento normal, a fim de melhor se darem conta das situações infames onde eles colocam, sem sombra de hesitação conscienciosa, milhares de jovens, para lá aprenderem a grande delinqüência com estranhos co-detentos instrutores. Fiquem atentos, juízes profissionais e jurados amadores ! Não percam de vista o fato de que aqueles que quiseram especificamente exercer essa tarefa nobre mas delicada serão eles próprios julgados com a mesma compaixão que tiverem demonstrado para com seus réus, nem mais, nem menos. É a lei do carma. Vocês optaram por serem juízes profissionais ? Então, um conselho, sejam bons juízes, ou seja, juízes que não cometem qualquer erro, em seu próprio interesse de longo prazo. Cada erro ou exagero repressivo mergulha no desamparo ou em algo pior uma família inteira, e será pago à vista.
Diferentemente do que se passa aqui embaixo, lá em cima um juiz deve prestar contas.
Achamos que a idéia de um bracelete eletrônico a ser portado por um jovem condenado por algum delito e que fique confinado a seu local habitual de residência sob pena de ir realmente para a prisão, ou uma condenação de interesse geral sem detenção são tratamentos bem melhores, pois o ambiente em que será paga a pena não é, a priori, tão gerador de crimes como a prisão oficial ; o jovem terá então tempo de se recuperar e de fazer calmamente outras opções de vida que não a tomar via da delinqüência, principalmente se a pena for acompanhada de acompanhamento pedagógico e psicológico.
. Para tanto, a experiência que consiste em enviar por 120 dias para campos de treinamento militar jovens reincidentes condenados a até 9 anos de prisão devido a mas hábitos muito enraizados relativamente á violência ou a drogas, dá também seus frutos. Esses jovens, mas apenas esses, têm no cérebro um programa tão mau em decorrência de tudo que vivenciaram desde sua vinda ao mundo, que se torna necessário desprogramar totalmente o conjunto do aprendizado desses seres, inocentes quando do nascimento, e fazê-los recomeçar do zero em bases disciplinares sensivelmente elevadas. É forçoso verificar que, após sua passagem por um desses campos onde sargentos berram em seus ouvidos mas nunca os golpeiam, o que é muito importante, os reincidentes são bem mais raros que no sistema prisional tradicional, e dizem eles mesmos que tal aventura provavelmente lhes salvou a vida. Como o que conta é o objetivo buscado, que são 120 dias penosos se isso pode depois fazer uma diferença efetiva durante décadas ?
E esse método extremo de « desprogramação », só os programas de lavagem cerebral elaborados pelos militares americanos são capazes de o fazer, o que me entristece. Na mesma medida em que esses programas são desastrosos quando aplicados a jovens « normais » (vimos no Vietnã os estragos causados por esse tipo de condicionamento), eles se tornam úteis e eficazes para dobrar o ego dos pequenos chefes de gangues de bairro e das jovens mães solteiras reincidentes e obviamente drogadas até a raiz do cabelo. Para problemas extremos, pois com freqüência prematuramente fatais, soluções extremas. Então, a Justiça é respeitada. Se quiserem resolver os problemas da periferia e da insegurança, não o conseguirão construindo mais prisões, multiplicando os controles de identidade por policiais grandalhões ou aplicando leis que fabricam artificialmente, dada sua injustiça, dezenas de milhares de cidadãos que só reivindicam o direito de viverem livres na medida em que respeitem a liberdade do vizinho, como estipula a Declaração dos Direitos do Homem. Ora, uma pletora de leis vai bem além dessa condição e se imiscui na vida privada das pessoas de uma forma o mais das vezes anticonstitucional. Essas injustiças repetidas nos quatro cantos do país mas também do mundo minam pouco a pouco a confiança do cidadão lambda em seu sistema judiciário, e a coesão social só pode então se degradar, engendrando mais delinqüência e mais injustiça...
Em suma, chama-se a isso espiral descendente, e é sempre devido a ela que cai uma civilização ou que uma sociedade assim dividida se vê um dia submetida a um regime totalitário, com inversão de valores (o bíceps prevalece sobre a razão, a arma de fogo prevalece sobre os direitos humanos, a vingança, sobre o espírito de fraternidade). Para evitar esse cenário catastrófico, já conhecido de tantas populações, há que reformar a Justiça, de forma que ela seja simplesmente « justa ». É preciso portanto mudar tudo aquilo que gera polêmica, como se fez de maneira tão inteligente na França relativamente à lei contra o aborto. Não que nós, anjos, sejamos em favor do aborto. Estamos aqui para ajudar os homens e, no caso, as mulheres a revelarem sua personalidade por meio de seu livre arbítrio. Consideramos pois que tudo que se passa nas profundezas genitais das mulheres só diz respeito a suas consciências e é, em certa medida, problema do proprietário do espermatozóide implicado na criação do feto, e isso é tudo. A Justiça divina não tratará igualitariamente todas as almas à espera de novos destinos ou encarnações, e o caso das mulheres que de forma egoísta destruíram seu(s) fetos não será julgado segundo os mesmos critérios que os daquelas que tenham sido, por razões várias, obrigadas, forçadas e amarguradas por terem de sofrer o aborto. Não serão tampouco julgados pelos mesmos critérios os médicos que praticam o aborto : existem os que só efetuam essa operação com uma finalidade venal, e há os que o fazem conscientemente, para prestar verdadeiramente um serviço a uma mulher que se debate em meio a dificuldades reais.
“Fuck the Law, we want Justice”
Este slogan radical nascido na América do Norte, que é até grosseiro, é, infelizmente, o que pensam milhões de acusados americanos. Se eu fosse vocês, para fazê-los calar-se e lhes provar que eles erram em fazer essa distinção entre a Lei e a Justiça, uma outra reforma teria de ser feita, não somente nos Estados Unidos, mas em toda parte, relativamente aos júris populares e às leis iníquas, isto é, que geram injustiça. Ao final de um certo número de anos, é possível verificar se os efeitos de uma lei dão frutos ou se, ao contrário, esses efeitos são perversos. Neste último caso, pareceria ... judicioso (do latim, judicium, julgamento) anular tal lei e elaborar uma outra, que corrija os erros da primeira. São freqüentemente lobbies financeiros e grupos que exercem influência moral que mantêm em vigor leis iníquas, com o risco de grave desestabilização da Sociedade. Foi o caso com o aborto, o uso de drogas leves, as relações homossexuais adultas, as leis que privilegiavam certas categorias em detrimento de outras, etc, etc... Ainda hoje, várias leis cujos efeitos são perversos permanecem válidas e custam muito caro em dinheiro e em sofrimento humano para as Sociedades que as mantêm a despeito do bom senso e da justiça a mais elementar. Exemplo :
Nos Estados Unidos, alguns estados adotaram uma lei que determina que, em caso de divórcio, os bens dos cônjuges serão divididos meio a meio entre eles, qualquer que tenha sido a fortuna de cada um deles antes do casamento ! Brilhante encorajamento para as jovens mulheres indolentes mas belas, que se lançam com todas as forças à caça ao bilionário, bastando seduzi-lo, desposá-lo sem o amar de verdade, e divorciar-se dois anos depois para pôr as mãos no tesouro. Se nesse período o casal tiver tido um filho, o tesouro será ainda mais considerável !
Mas este é apenas um exemplo dentre outros, e os erros judiciários se acumulam, tanto no campo correcional quando no penal. A noção de júri escolhido por sorteio para julgar alguém e automaticamente infalível porque saído do sacrossanto « Povo » não tem qualquer outro fundamento senão a euforia revolucionária dos patriotas americanos ou dos sans-culottes franceses, que se davam pela primeira vez conta de sua importância enquanto membros do « Povo », que ganhou assim uma aura de onipotência divina interpretada por eles como simplesmente onipotência, o que desencadeou o Terror para os franceses e a Guerra de Secessão para os americanos. Uma justiça melhor seria seguramente feita se os membros do júri fossem exclusivamente profissionais das áreas de psicologia, pedagogia, teologia, filosofia, antropologia, direito constitucional e pesquisas sociais, e não mais pessoas escolhidas ao acaso, sem qualquer critério seletivo.
Não se entendeu ainda que o acaso não pode criar um sistema lógico, nem justo ?
Como vocês certamente se contam entre os que entenderam isso, vêem também que a Justiça imanente não é da mesma natureza da justiça humana, e que a justiça divina funciona com base em outros valores que não, infelizmente, os que fundamentam a justiça humana (a menos que fosse o Dalai Lama, ou qualquer outro ser descente, que fixasse as regras). Essa Justiça humana está claramente atrasada, pois a divina demonstra o máximo de discernimento e de compaixão em seu exercício, qualidades de que a justiça humana só mostra, no melhor dos casos, um leve traço, segundo a disposição mental e espiritual momentânea dos juízes e dos jurados. Quando o Ministro da Justiça recusa liberdade condicional para criminosos que já tiveram tempo suficiente para se arrependerem e se transformarem em futuros cidadãos respeitadores das Leis, mesmo quando todo o pessoal que o cerca há muitos anos, inclusive o capelão, são testemunhas de tudo isso, tal Ministro não faz seu dever, e não dá o exemplo que deveria dar a um país preocupado efetivamente em fazer justiça.
Uma justiça sem compaixão está ao alcance do maior imbecil, ao passo que muito numerosos são os que esperam por uma justiça compassiva. O número de inocentes nas prisões, mais elevado do que geralmente se pensa, pois muitos suicídios no ambiente prisional selam os lábios dos que em vão clamam sua inocência e desmoronam depois de encarcerados por alguns meses ou anos de forma abusiva, mostra a que ponto esse sistema é injusto e gera perversão. As pessoas vão maciçamente para a prisão, sem nada terem feito de mal aos olhos de Deus, o que é particularmente dramático em certas democracias que se vangloriam de ser “avançadas”.
Sendo Deus ao mesmo tempo o grande redentor no interior de cada um e por ter Ele, dentre outras, a função de gravador que registra qualquer pensamento, qualquer palavra e qualquer ação de Seu protegido, a justiça divina requer apenas uma conscientização e uma compreensão dos fatos condenáveis e, evidentemente, um compromisso no sentido de mudar o que deve ser mudado para que não se reproduzam tais fatos. O tempo para que as pessoas admitam e compreendam suas faltas é às vezes muito longo devido a uma resistência do ego em admitir de forma habitual seus erros, assim os planetas-purgatório existem para acolher os refratários ao mea culpa. Além disso, uma justiça rápida não passa de novo insulto às vítimas. Assim, a única condenação a purgar, no caso desses refratários, é aquela que eles se impõem temporalmente eles próprios, por sua própria teimosia, pois tão logo o juiz celeste tenha verificado que compreenderam verdadeiramente a(s) faltas cometidas, eles são instantaneamente autorizados a se juntar a seu tutor angélico para explorar o futuro. Em seu mundo, acontece de indivíduos condenados a uma pena dura tomarem, durante sua detenção, consciência da extensão de seu erro, lamentarem sinceramente e tomarem em seu foro interior a firme decisão de nunca mais recomeçar a cometer faltas. Seria perfeitamente possível, graças ao detector de mentiras, que funciona bem, descobrir os que simulam arrependimento. Infelizmente, os arrependidos continuarão presos ou serão executados, conforme o país ; isso lhes dá tempo ou motivos para se tornarem amargos e rancorosos. Não é justo : a cada três anos, por exemplo, um exame detalhado, com a ajuda de um detector de mentiras, deveria ser aplicado a cada detento que o solicitasse, para que fossem aliviadas as penas longas, tão longas que não podem mais ser eficazes no sentido de assegurar a reinserção social. Alguns condenados em liberdade condicional reincidem, e a opinião pública pressiona então para que nenhuma permissividade venha jamais atenuar os tratamentos carcerários. Assim, a partir de então, uma maioria de inocentes a nossos olhos angélicos (pois reconheceram e compreenderam seus erros) não se beneficia de qualquer clemência, porque uma minoria de insensíveis implacáveis terá decidido não estragar a oportunidade de redenção que lhes foi dada ; não é JUSTO.
A justiça anglo-saxã tem qualidades e também defeitos diferentes dos da justiça latina. Assim, o mundo pode verificar com tristeza que o farol quase oficial de democracia que é a América do Norte persiste em produzir deslizes graves no que concerne aos direitos do Homem. Até os anos 60, a justiça americana escarneceu sistematicamente dos direitos dos negros, dos simpatizantes da extrema esquerda e outras minorias de poucas posses. Isso foi de certa forma reequilibrado, mas outra minoria está agora sujeita ao jugo cego ou quase cego da justiça ianque : a dos toxicômanos e homossexuais.
Os grandes traficantes de pós diversos se saem em geral muito bem, mas o pequeno consumidor revendedor é aquele que atrai para si todo o aparelho repressivo do narcotic bureau, e ele é duro, vejam-se os bilhões de dólares e as centenas de milhares de funcionários utilizados para sincronizar essa repressão federal sem piedade. « Sem piedade » é a de fato a expressão correta, pois a o capricho do casal Reagan de se lançar numa luta encarniçada contra o que consideravam como droga (excluídos estranhamente o tabaco e o álcool que, sozinhos, matam bem mais que todos as outras drogas reunidas, as que são furiosamente combatidas por sua América puritana e intolerante) faz mergulhar na desgraça milhares de famílias, em sua maioria de pele escura ou francamente negras, sem discernimento nem compaixão pela situação das mesmas. Mesmo após sua libertação, os ex-condenados ficam submetidos a possibilidade de controle em todas as áreas de sua vida, o que compromete seriamente, por anos, seu livre arbítrio. Muitos desses homens e mulheres jamais fizeram especificamente mal a alguém e não infringiram qualquer lei divina. Entretanto, eis que sua vida é gravemente e às vezes irremediavelmente desestabilizada por anos em nome da « Justiça ». A utilização da Bíblia em suas cerimônias torna ainda mais graves essas repressões cegas e sem coração. Em vez de inspirar aos jurados uma certa clemência (que poderia eventualmente ter um impacto favorável sobre o futuro libertado), a Bíblia parece não exercer qualquer influência, basta ver o número de veredictos iníquos, aberrantes em sua iniqüidade flagrante, que provocam todas as preces desesperadas por proteção recebidas diariamente nos equipamentos seráficos, vindas dessas pobres vítimas dos caprichos eleitoreiros dos governantes.
Aliás, Reagan estava mal colocado para comandar essa grande cruzada onerosa, pois ele foi, e no mais alto nível, grande traficante ilegal de drogas e de armas, em especial com os luciferinos iranianos e iraquianos, assim como o foram seus predecessores quando da guerra do Vietnã. Somente Carter se recusou a aplicar essa política sugerida pelos inflamados da CIA, o que não lhe deu, aparentemente, sorte mas que, na verdade, lhe permitiu não ser assassinado durante seu segundo mandato, pois ele perdeu as eleições em razão de suas decisões visionárias mas impopulares, particularmente no campo da ecologia. Ademais, os orgulhosos americanos não lhe perdoaram a humilhação sofrida pelos reféns de sua embaixada em Teerã quando do conflito contra o Irã, nem o fracasso lamentável e amargo da tentativa de solução de força (à israelense, quando da operação Entebbe) para os recuperar. Atualmente, um retomada subreptícia e contínua é operada no Irã, mas o demônio Saddam é melhor protegido contra as tentativas angélicas de ajudar os povos iraquiano e curdo a se libertarem dessa equipe negra. Quanto a Nancy e a Ronald Reagan, suas relações cármicas são bastante pesadas, mais não tanto quanto as dos adversários de seu tempo, Brejnev ou Andropov, o que poderá se constituir, chegado o momento, numa espécie de circunstância atenuante, uma vez que a Justiça divina é, há que repeti-lo, infinitamente mais justa que a de vocês, pois leva em conta absolutamente todos os parâmetros da pessoa julgada, seja seu nome Lindon Johnson, Edgar Hoover, Al Capone, Ronald Reagan, Henry Kissinger ou Richard Nixon.
.
A Justiça ou justiças?
Na Suíça, na Alemanha, na Bélgica, na Holanda, na Espanha, na Itália, em algumas cidades do Reino Unido, procede-se a experiências concludentes com o objetivo de limitar os estragos criminais provocados, de um lado, pelas drogas pesadas, e pela prisão inútil e antifamiliar, de outro. Seria bom se um dia juristas internacionais se dessem ao trabalho de estudar cada sistema jurídico nacional, extraindo o melhor de cada um, rejeitar o pior, e chegar finalmente a um código civil e penal simplificado mundial, utilizando um amálgama dos melhores sistemas e peneirando leis perversas que geram a iniqüidade.
Quanto mais rapidamente vocês cuidarem com amor de um jovem moralmente desencaminhado, tanto menos terão de se preocupar com ele quando se tornar um adulto incontrolável.
Será assim tão difícil de entender? Ocupar-se assim desses jovens será muito mais econômico. Espero que este argumento final conseguirá convencê-los a pressionar o poder público (que uma certa desordem social leva sempre a tornar indispensável) para que faça uma verdadeira reforma, em escala nacional, depois mundial, num amplo movimento que recupere os grandes ideais dos Pais e Mães fundadores das grandes democracias-faróis de todos os sistemas judiciários (caso contrário isso só serviria para envenenar a situação internacional e a desigualdade entre os povos, que vai de encontro a seus interesses primordiais), de todos os regulamentos e leis que limitam cada vez mais sua liberdade individual. A tentação totalitária nunca está longe quando crápulas sem fé presidem a seus destinos. Eles não precisam de grandes pretextos para enviar seus valentões que abafem gritos e exigências legítimas de respeito e de segurança; não será arruinando a vida de milhares de trabalhadores, mas educando os jovens, que se terá a solução; não será ajudando os mais jovens a se casarem ou a se divorciarem como se isso fosse tão banal quanto abastecer o carro que os juízes poderão fazer um trabalho útil, nem participando animadamente da desagregação do tecido social mandando para a cadeia, pelos motivos mais fúteis, jovens que na verdade, com seu comportamento violento, pedem socorro, e do esgarçaçmento do tecido familiar, prestando-se aos atuais espalhafatos das mulheres, grandes consumidoras de separações, deve-se ter a honestidade de o admitir. Então, em vez de conceder o divórcio por razões muitas vezes injustificadas perante um juramento contratado e assinado no amor e no respeito teórico dos outros, os juízes seriam melhor inspirados em se servir de sua autoridade para convocar a população a voltar a valores voltairianos e rousseauistas, pois é visível que as mensagens ideológicas do século das Luzes cada vez menos sensibilizam vocês.
Os juízes das varas de família nem sempre estão à altura de sua missão de proteção dos jovens. Cada erro e cada má decisão se traduz em dramas sem fim. Eles têm tantos litígios a resolver em relação a seu número limitado, que seria vão esperar o dia em que tenham tempo suficiente para analisar cada processo e tomar uma decisão justa; seja como for, enquanto não houver juízes humanos suficientes para fazer verdadeira justiça ou seja, uma justiça que não trate uma vítima como culpada, uma justiça com discernimento superior (a que vai buscar os fatos atrás dos fatos e assim não pára diante da primeira cortina de aparências), a Justiça será uma palavra destituída de sentido autêntico para vocês; estarão sempre num sistema de justiça aproximada, encarregada de aplicar cegamente leis votadas por deputados mais ou menos corrompidos, leis cujo conteúdo, em certos casos, vai diretamente ao encontro dos membros de sua extrema direita luciferina. Raros, muito raros são os juízes que têm coragem de não fazer aplicar leis que vão contra a grandeza moral e internacional do país que eles devem servir enquanto funcionários. A carreira é importante demais para ser sacrificada, não é mesmo, a “questões de detalhe”. Raros, muito raros são os juízes corajosos como Falcone ou Borsalino, mortos no campo de honra pela Cosa Nostra do clã Corleone, que foi todo preso, enquanto a maioria dos verdadeiros assassinos (os mandantes), juízes, deputados ou jornalistas continuam livres. Devo dizer-lhes que os mafiosos italianos não tinham atrás de si apenas policiais, eles tinham policiais inspirados pelos anjos, pois o juiz Falcone tinha forte proteção angélica, e sem a idéia estúpida que teve de dirigir ele próprio o carro no dia do atentado, teria estado no lugar onde estava seu motorista, único sobrevivente dos 600 quilos de explosivos que destruíram a Mercedes blindada do juiz graças ao mafioso Bruscha, que apertou o botão, por ordem de Salvatore Rina, ou Totó, No. 1 da Cosa Nostra de Palermo. Até então, todos os atentados visando a matar o juiz à medida que ele avançava em suas atividades antimáfia tinham falhado, e também esse último deveria ter fracassado, não fosse o desejo idiota de dirigir que tomou o juiz e que, suspeito, resultou de uma manipulação telepática de um diabo poderoso, desejoso de ajudar seus protegidos mafiosos...
Deve-se dizer que o juiz ia atingir o topo da pirâmide negra, o que perturbava excessivamente os luciferinos ítalo-americanos, donde os meios excepcionais que utilizaram, chegando mesmo a triunfar de dois anjos da guarda experientes. O único consolo é que após um inquérito de excepcional inteligência (vocês sabem agora porque, embora se deva também felicitar os próprios policiais , cujos nomes calarei, por razões óbvias), todos os assassinos compulsivos foram finalmente sido capturados. Os anjos fizeram até com que a polícia italiana conseguisse justamente prender o assassino Bruscha enquanto ele assistia um programa de televisão sobre ... o atentado contra o juiz Falcone. Tive oportunidade de encontrar os anjos que trabalharam com os policiais em sua prisão, e eles concordavam em dizer que a visão da cara de Bruscha quando os policiais irromperam subitamente em sua sala de estar os havia recompensado por seus esforços. Na França, um partido mafioso vem morder o território, especialmente no sul do país, onde a cultura latina e a proximidade da Córsega, base logística importante desses malditos, favorece sua implantação dissimulada, por meio da hábil manipulação das listas eleitorais. Temos dezenas de boas razões para não apreciarmos a ação e a pessoa desse personagem “francês” rubicundo, mas o que mais nos causa indignação é a utilização escandalosa e desavergonhada do nome e da obra de nossa Donzela favorita para dar mais força a seu programa político racista, antidemocrático, anti-humanista, anti-intelectual, anticultural, numa palavra: anticristão, isto é, tudo que Joana, que amava a Jesus, não era.
O fato é que ele e seus esbirros iam à missa aos domingos, com ares humildes e recolhidos para celebrar religiosamente a Santa-criança-soldado, podendo talvez enganar o cidadão comum, mas não a nós, é claro. Entretanto, esse senhor se serve frivolamente da Justiça, bloqueia e monopoliza dezenas de juízes encarregados de estudar todas as suas reclamações, sem que alguém se decida a processá-lo por abuso. Acontece até que de ele obter ganho de causa, prova de que alguns dos funcionários da França, a exemplo de seu Papon nacional(ista) não são menos zelosos do que na época de Vichy, quando faziam aplicar, sem qualquer sentimento especial, as leis anti-semitas iníquas e retrógradas que emanavam do governo francês colaboracionista!
Comparação entre as justiças anglo-saxã e latina
Após o sistema latino, vejamos o que os protestantes anglo-saxões adotaram: a presunção de inocência é sem dúvida mais considerada e favorecida pelo “habeas corpus”, que torna excepcional a utilização da prisão preventiva. Há portanto aqui um claro avanço em relação ao sistema latino. Avanço também no campo da assistência jurídica. Entre os latinos, o acusado pode ficar por algum tempo em segredo com a polícia, que pode obter confissões “espontâneas” por meio de numerosas técnicas de tortura física e/ou mental, confissões que serão utilizadas pela acusação, mesmo após retratação da vítima quanto a essas práticas policiais. A presunção de inocência nos países latinos é portanto uma vigarice e uma fraude constitucional. Entre os anglo-saxões, vocês teriam direito à ajuda imediata de um advogado, a polícia lhes diz que vocês têm o direito de permanecer em silêncio, etc, conduta portanto totalmente contrária e que preferimos, por ser mais justa. Além disso, existe entre eles um processo prévio, organizado muito rapidamente, em que serão estudadas sem concessões as provas ou presunções policiais contra o cidadão acusado. Há pouca conivência entre os juízes e os promotores. A defesa é também posta verdadeiramente em condições de igualdade. A polícia e os promotores ficam, em compensação, em maior simbiose, o que torna os inquéritos e suas conclusões mais precisas e dignas de crédito, uma vez que os promotores têm todo cuidado em evitar qualquer violação do procedimento legal, sob pena de serem sistematicamente negadas suas demandas (em todo caso, oficialmente...)
Se essas provas não parecem suficientes ou irrefutáveis, o acusado será em geral libertado sem outra forma de processo. Assim, graças a esse sistema, menos inocentes presumidos serão expostos ao ambiente danoso da prisão, embora alguns culpados se safem. Eles muitas vezes serão presos mais tarde em razão de outro delito. Infelizmente, como a perfeição não tem limites e nenhum sistema humano de Justiça foi ainda tentado e acertado, existem, mesmo entre os anglo-saxões, organizações anormais, como o poder absoluto do júri popular.
Quando a América, por meio de seus jurados, condena crianças de dezessete anos à cadeira elétrica, o país se mostra indigno de seus Pais fundadores, e não compreendo o que se espera para mudar esse sistema de júri popular que faz justiça sem possibilidade de apelação, com todos os abusos, chantagens, erros judiciários, pressões da mídia cada vez mais ridículas por seus excessos, com a justiça racista e a corrupção que tal sistema permite, e até favorece.
Bem-aventurados os que têm sede de Justiça
Não basta ter um ideal elevado, é preciso depois prover os meios de o pôr em prática. Suas boas intenções permanecem no âmbito do potencial, e não do real; conseqüência: sua justiça, seu sistema escolar, sua medicina e sua política urbana têm velocidades diferentes, bem mais que as duas velocidades evocadas usualmente; as prisões estão abarrotadas de prisioneiros que nada podem fazer em relação àquilo de que são acusados; a presunção de inocência, embora seja uma idéia judiciosa, é diariamente achincalhada pela prisão preventiva abusiva. A luta de classes não pode desaparecer num ambiente social tão mal administrado.
A nosso ver, a religião e seu fausto antinatural desacreditou de tal forma a mensagem de Jesus: “Felizes os pobres de espírito, pois eles herdarão o reino dos céus” que se tornou incapaz de cumprir seu papel de modelo. Abro um parênteses em torno dessa frase do Mestre, que é às vezes mal compreendida; alguns crêem de fato que Jesus disse “bem-aventurados os pobres de espírito” significando “os fracos de espírito”. Na verdade, ele queria dizer: “Felizes os que encontram a felicidade mesmo quando decidem ser materialmente pobres”. São Francisco de Assis recebeu essa mensagem em sua integralidade, e agiu em consonância perfeita com ela, porque de modo absoluto. Ele queria ser feliz, e o foi, como prometido. Como último argumento, para encerrar, no que me diz respeito, essa polêmica que me permiti pôr na mesa (verde, como a esperança) a respeito da justiça, eis minha última frase: Enquanto as leis humanas não forem calcadas na justiça divina e algumas sejam até perversas, é desejável e encorajador que haja humanos que aceitem se opôr às leis humanas, contanto que casem essa decisão corajosa com a noção de discernimento, é claro. Nem todos os que estão na prisão são inocentes, o que quer que eles digam!
[1] Tradução literal do provérbio francês “Nul n’est prophète dans son pays”, necessária em função do comentário que a ele se segue, além do fato de Jesus ter sido um profeta. Normalmente, seria o correspondente do nosso “Em casa de ferreiro, espeto de pau”.(NT)
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire