B
Biblia - Bissexualidade - Bondade - Budismo
Biblia - Bissexualidade - Bondade - Budismo
BÍBLIA
Em que tipo de livro o amor é ensinado
A fim de erradicar os erros do passado?
Abandona o orgulho, eleva o pensamento
Se procuras a paz, então, crê na unidade
Sei quão precioso é para vocês este livro, e quanto sangue já foi derramado por causa dele. Não sei, no entanto, quanto sangue será ainda derramado devido à sua fé cega (é a palavra que convém) naquilo que nele está escrito. Assim, os Afrikaaners se serviram dele achando ali razões para usar os negros como escravos e estabelecer o apartheid, baseados num texto bíblico que adverte o judeus para que desconfiem dos cananeus, progenitura negra, portanto diabólica e inferior, com a qual não se podia, segundo esse texto, em nenhum caso, aliar ou fazer negócios. Mas era, sempre na Bíblia, permitido reduzi-los a escravos e impedir qualquer contato sexual com eles. Os cananeus eram negros... Os zulus e os xojas, tribos negras do extremo da África, pagaram até um passado muito próximo o preço dessas “crenças” que remontam a milênios. É também por causa da importância estimada do que está escrito na Bíblia que todo o Oriente Médio se encontra mergulhado em sangue, e que Jerusalém é um barril de pólvora que pode explodir com a menor fagulha (infelizmente, não de inteligência). As testemunhas de Jeová se servem igualmente ao pé da letra e da vírgula do texto bíblico para gerir sua vida diária e aquela de sua progenitura não hemofílica.
Resultado? Eles aparecem bem colocados no relatório governamental (que se pode também escrever governa o mental) sobre as seitas consideradas perigosas, perniciosas e descerebrantes. Acontece até que eles deixem que crianças morram em decorrência de uma privação de transfusão de sangue acessoriamente salvadora. Segundo eles, está dito em algum lugar na Bíblia que isso não é permitido. Na época da redação da mesma, as técnicas de transfusão de sangue não existiam, então pode-se perguntar como é possível proscrevê-las, mas este detalhe não parece incomodar tais teólogos brilhantes. A severidade e o rigor que eles exigem dos membros de sua seita prejudicam além disso o livre arbítrio de que cada um deve dispor livremente, e freqüentemente se revelam, para os filhos dos adeptos, excessivos para que sejam pedagogicamente eficazes. Pois certamente não é pelo temor que se aprende melhor, mas pelo Amor, e isso permanecerá verdadeiro nos próximos cem mil anos. Estou, evidentemente, consciente do fato de que não é meu abecedário que vai de repente tornar a Bíblia obsoleta; isso significaria que meu livro substitui esta última nos pensamentos de vocês, e não tenho ilusões a respeito; entretanto, como faz parte de minhas prerrogativas revelar-lhes a razão pela qual esse livro não lhes pode mais ser tão útil quanto antes, faço-o por intermédio de um de meus auxiliares circunstanciais, especialista na epopéia bíblica:
"Na época em que os israelitas elaboravam as bases do judaísmo, muitos profetas inspirados pelos anjos do progresso vieram ajudá-los a redigir seus textos sagrados. Esses ensinamentos tratavam sobretudo da natureza da relação Deus-Homem em poemas e cantos melódicos. Em geral, essa forma que usamos para inspirar vocês envolve o essencial de sua música sacra, pois é nosso modo preferido de nos comunicarmos, entre nós e com vocês. Mas aquele texto encerra, atrás de seu significado em primeiro grau, informações muito úteis sobre seu futuro a longo prazo, já que os inspiradores imortais de seus textos sagrados consideraram o fato de que tal livro passaria pelas mãos de centenas de milhares de gerações em evolução, e para não tornar sua utilização obsoleta para as gerações modernas foi nele inserido um código secreto que só uma civilização cientificamente avançada poderia descobrir. Esse momento chegou. Tal código foi finalmente descoberto, e a Bíblia pode, graças a isso, ser lida com um novo objetivo, contanto, evidentemente, que não se dê muita atenção a seu significado de primeiro grau, erro que continuam a cometer cronicamente os bibliófagos citados anteriormente.
Pois durante o longo período em que os judeus foram escravizados pelos egípcios, os sacerdotes semitas compuseram textos nacionalistas de sua lavra a fim de restituir o orgulho e a pugnacidade a suas ovelhas para que elas pudessem se libertar da escravidão. Muitos deles morreram na verdade sob os golpes dos selvagens contramestres núbios durante a construção das pirâmides e estátuas colossais totalmente inúteis erguidas à glória narcisista e megalomaníaca de vários faraós.
Os depositários dos ensinamentos de Abraão, discípulo de meu superior hierárquico Melchizedek na época em que eu estava em missão na Itália (ver “Extraterrestre", Vol. 1), queriam além do mais contar com a obediência cega de suas tropas, e inventaram integralmente o deus Jeová, um Deus exigente, intervencionista, todo-poderoso, é claro, e finalmente ultra-severo. Esses textos foram reunidos aos textos diretamente recebidos através do canal 888, integrando ao Livro sagrado informações errôneas, contraditórias, capazes portanto de causar perturbações e trazer dúvidas aos leitores que buscam verdades e precisões espirituais. Não é pois de surpreender que sejam Israel, os judeus e seus vizinhos imediatos as verdadeiras estrelas desse livro, e não a humanidade; que as histórias de Adão, de Eva e da Criação são, no mínimo, infantis e lhes falta rigor científico, é o mínimo que se pode dizer (detalhe que mantém afastados dessa religião todos os grandes espíritos que se recusam a aderir a crenças que sabem ser falsas); é portanto definitivamente impossível reconhecer o verdadeiro Deus de Amor incondicional descrito por Jesus nesses escritos, devido a todos os textos parasitas inseridos fraudulentamente pelos sacerdotes a fim de estimular a obediência de suas ovelhas de caráter difícil e com um apetite acima da média por ouro e dinheiro (ainda hoje).
Naquela época, os povos vermelhos e amarelos existiam e se desenvolviam, cada um, a seu modo, mas numa área muito afastada da região mesopotâmica.
Como poderia esse livro ter vocação universal, quando Israel é um dos menores países do mundo e somente os judeus e os palestinos estão envolvidos na maior parte das histórias nele relatadas? Repetindo, só a decodificação fornece as informações autênticas. Par exemplo, se Isaac Rabin tivesse acreditado nessa revelação do código secreto trazido à luz graças a um computador revolucionário, ele poderia ainda estar entre os vivos, pois seu assassinato estava anunciado na Bíblia, com a data e o nome corretos, mas a confiança no código era indispensável para o proteger. De um ponto de vista mais geral, ela é necessária, para tentar evitar os sofrimentos que ameaçam a espécie humana num futuro agora próximo. Depois, houve o problema das traduções. Muitas verdades desapareceram nas traduções aproximadas de conceitos precisos, principalmente porque o código secreto só se aplica ao alfabeto hebraico; considerando-se os diferentes dialetos aramaicos, o grego, o latim, o hebraico, e as manipulações clericais (sacerdotes redigindo idéias pessoais pretensamente ditadas por Deus), é absolutamente disparatado vocês considerarem esse livro bem traduzido, sagrado e infalível. Supõe-se que Deus, a Fonte-Centro Primeira, deve ser o personagem central do Livro. Ora, verifica-se claramente ao longo dos textos que é a percepção que os homens têm de Deus que pouco a pouco se revela, e não Deus evoluindo como um homem. Diz-se que Deus fez o Homem a sua imagem...
Sim, mas qual? A imagem física de um homem, ou de uma mulher? A Bíblia afirma que Deus criou primeiro Adão, e bem depois Eva, e com uma única costela do primeiro; esse credo mal interpretado selou a sorte de todas as mulheres, colocadas automaticamente em situação de inferioridade pelos redatores masculinos autores das passagens do Gênesis, cuja veracidade está cientificamente muito distante do realmente aconteceu em seu planeta (ver “Raça”, Vol. 3).
Até o momento, nada mudou realmente nas regiões judaico-muçulmanas, mantendo o homem o lugar dominante de irmão mais velho em relação à mulher, posição ancorada em suas tradições e que são perpetuadas com base em todas as razões indevidas possíveis. Restam ainda alguns vestígios dessas prerrogativas viris em suas áreas cristãs marcadas pelos ensinamentos do Mestre de todos nós que vocês conhecem pelo nome de Jesus, o qual proclamou sem ambigüidade a igualdade dos sexos: a exclusividade do sacerdócio para os homens no dogma católico não se baseia em nada de evangélico.
Na verdade, Jesus tinha consigo doze apóstolos homens e outro tanto de apóstolas mulheres que tinham as mesmas prerrogativas, as mesmas missões e os mesmos resultados, apesar da condição social inferior em relação a seus colegas masculinos. Para o lugar e a época, era em si uma revolução. Saulo, que se tornou Paulo de Tarso e que era misógino, acertou por sua conta os pêndulos do culto na hora machista, e o papel dessas mulheres foi quase totalmente ocultado quando da redação e mais ainda da seleção dos textos que constituiriam em seguida “o Evangelho”. Mas quem foi encontrado, além da própria mãe de Jesus, ao pé da cruz infamante onde o Nazareno divinizado agonizava? Essencialmente, apóstolos mulheres, como Maria Madalena, Rebeca (filha de José de Arimatéia), Marta (irmã mais velha de André e de Pedro), Raquel (cunhada de Judas, irmão terrestre de Jesus, Ruth (filha de Mateus), Milcha (prima de Tomé) e Celta (filha de um centurião romano), enquanto, ao mesmo tempo, com exceção de João, o futuro autor do Apocalipse (que deve ser entendido em seu sentido original: revelação) e de Judas, que se havia enforcado, os outros dez se escondiam entre quatro paredes, temerosos de serem tratados como o fora seu mestre pela multidão deicida...
Foram necessárias várias aparições post-mortem do Mestre para fazê-los recobrar a fé que nunca havia abandonado qualquer uma das doze apóstolas.
Bendito texto, ou texto bendito?
Os porões do Vaticano abrigam, por indignas razões políticas, mercantis e práticas, todas as passagens que os chefes espirituais que se sucederam no assento de Pedro acharam conveniente ocultar de vocês. Entretanto, em seu conjunto, os países cristãos (mesmo quando se crêem laicos), concederam uma quase-igualdade à Mulher, graças em especial aos ensinamentos igualitários de Jesus. Não é forçosamente um acaso o fato de serem precisamente todos os países de fé cristã, embora laicos, os que se encontram à frente no que se refere a oferecer a seus cidadãos um nível decente de segurança e de conforto material. Somente a Sérvia, (sem Montenegro) não conseguiu ainda captar a doçura de viver da maioria de seus vizinhos, o que se deve em grande parte, mais uma vez, a um político que pôde mostrar sem medida sua natureza, banal para essa profissão, ou seja, uma natureza luciferina, de alguém que ama destruir o que Deus e seus representantes tentam construir. Falo aqui de fraternidade humana tanto quanto de vida biológica. É fácil ilustrar de modo prático: basta-me evocar o programa de depuração étnica atualizado por Milosevic, pois é dele obviamente que se trata. Não será ele uma negação absoluta desses dois conceitos divinos?
Temos o exemplo de Milosevic, ou o de Saddham Hussein, armado por seus futuros inimigos, sempre em liberdade e governando por 9 anos após suas repressões sanguinárias, ou o de Pinochet, patrocinado pela CIA, que ainda se beneficia de proteções sem falhas de seus poderosos aliados ocultos os quais, 30 anos após suas principais malvadezas, lhe devolveram sem julgamento a liberdade, apesar da enorme pressão da opinião pública internacional. Quando verifico que foram necessários pelo menos 50 anos para bloquear o pequeno Papon da França, tudo concorda com minhas alegações: esses diabos são especialmente protegidos. Não se trata de calúnias, mas da pura denúncia de fatos. Como eles são muito hábeis, porque diabólicos, para envolver numa nuvem opaca a maioria de seus atos políticos, vocês bem precisam de uma revelação que venha de outro lugar para terem eventualmente uma oportunidade de perceber com mais clareza suas ações. É preciso, caso contrário eles vão atingir seus objetivos: tornar a todos vocês miseráveis e com má saúde, se não mortos! Eles são assim, e sua felicidade depende disso. Todo o problema de vocês (e nosso) reside nisso. Não é fácil de entender para as pessoas normais.
Ao citar esses três nomes, falei somente de um fragmento do topo do iceberg. Foi apenas para lhes mostrar que, para ter a oportundidade de entender realmente o que se passa, vocês precisam aprender definitivamente a dar a César o que lhe pertence e a atribuir a Deus o que lhe devem (a existência num Universo viável e estabilizado), pois não é graças a seus políticos que as democracias existem, mas apesar deles, sou tentado a dizer, com tudo o que sei sobre seu mundo secreto. Foram humildes leitores da Bíblia e dos Evangelhos, operários, camponeses, artistas e intelectuais, todos predominantemente pobres, que se bateram, que derramaram o próprio sangue e não hesitaram em pôr suas vidas na balança para permitir que o arquétipo democrático viesse à luz em nível planetário. Não os seus políticos. E em caso algum a geração atual, uma das mais ardilosas.
Não é tampouco por acaso que as máfias se tenham desenvolvido mais que nunca sob o comando dos políticos atuais e de sua técnica para se fazerem eleger. É um pouco mais grave na Córsega ou no Peru, por exemplo, mas o princípio foi demonstrado: manipulação psicológica para todos!
Para concluir a respeito da Bíblia, a principal recriminação que se pode fazer a essa obra semidivina (a contribuição de Melchizedek) et semi-humana (os sacerdotes), é que ela é muito confusa na apresentação do Criador primordial: ora ciumento, violento, ameaçador, rancoroso, sádico, sem piedade, ora compreensivo, magnânimo, paciente, misericordioso...
Esse aspecto de Deus só pode tranqüilizar os mortais e reforçar sua crença no fato de que Deus fez o Homem a sua imagem. Assim, como Deus é ciclotímico, não será grave para o Homem sê-lo também. Eis um dos brilhantes resultados de um Texto considerado sagrado e que não é de fato senão o enunciado de um dos inumeráveis sofismas luciferinos que interferem grandemente com sua evolução espiritual. Pois é claro que tudo isso é falso, arquifalso! Em compensação, o povo negro americano também se beneficiou da qualidade das mensagens angélicas captadas pelos poetas hebreus então escravos do Faraó para lhes insuflar a coragem de se libertarem, conforme a aliança feita pelo chefe dos Melchizedeks na Terra com Abraão. Toda sua revolta, principalmente contra as autoridades do Estado do Mississipi nos anos 60 para obterem seus direitos civis foi galvanizada pela qualidade de cantores de textos bíblicos de seus líderes Medgar Evers, Bob Moses, Fanny Lou Hammer e Martin Luther King. O medo paralisante, esse veneno do espírito, se esvaiu das cabeças dos ouvintes semi-escravos negros e os transformou em combatentes não-violentos tão temíveis quanto as tropas de Gandhi duas décadas antes que, também elas, tinham seus cantos sagrados para obter a coragem de ir se deixar fazer em pedaços pelos túnicas vermelhas sem sequer usar os braços para se protegerem das coronhas de fuzil e das metralhadoras que caíam como granizo sobre seus frágeis crânios descobertos. O que não era frágil era o que havia nesses crânios, e os ingleses tiveram de deixar aquele reino, como os franceses tiveram de deixar a Argélia ou os portugueses, Angola. Deus fez o Homem à sua imagem, sim, mas somente por meio da parcela d’Ele mesmo que Ele oferece tão gentilmente a todo mortal que tenha podido formular seu primeiro desejo altruísta de fazer bem a alguém que não ele mesmo, evento que, volto a lembrar, se produz, na maioria dos casos, antes que a criança atinja seu sétimo ano de vida. Sendo Deus puro espírito, não é possível representar Sua aparência assim como não é possível desenhar uma forma-pensamento. Somente os símbolos podem fazê-lo, e mesmo assim, somente para os iniciados que sabem decodificá-los. É na fusão de seu ego com sua parcela divina que vocês se assemelharão à imagem de seu Pai celeste. Do mesmo modo, somente substituindo a descrição da velha Bíblia pela descrição de Deus feita por Jesus no Novo Testamento vocês poderão enfim ter uma idéia da verdadeira natureza dos sentimentos que ligam o Criador imortal a Suas criaturas mortais Os sacerdotes do Sinédrio de Jerusalém que condenaram Jesus por blasfêmia pensavam que ele viera para anular o que estava escrito na Bíblia, no entanto ele veio somente com o objetivo de reforçar seus conhecimentos sobre o mundo invisível, mas bem real. Jesus veio lhes dizer, em linguagem moderna, que não há ninguém entre Deus e cada um de vocês, uma vez que Ele está em vocês; nenhum sacerdote, nenhuma igreja, nenhum livro pode portanto substituir sua própria experiência pessoal com Deus. Ajudar, sim…
Quando vocês estão na praia, desfrutando de um repouso bem merecido, e sentem na pele a carícia do calor do sol (imaginando que encontraram um lugar seguro no que diz respeito às conseqüências epidérmicas do desaparecimento do filtro de raios ultra-violeta da camada de ozônio), certamente lhes acontece pensar que o sol só está ali para vocês. Os vizinhos imediatos de barraca podem também senti-lo, como todos os outros jacentes estivais também estendidos, beatificamente, naquela praia. O mesmo não é o caso em relação a Deus; cada um de vocês pode pensar que Ele está em vocês, e só para vocês. Se uma religião ou um religioso lhes diz o contrário, é que ele está mentindo. Eu não poderia ser mais claro! Na verdade, é nas pequenas coisas da vida diária que se tece seu destino futuro, em função do que vocês revelam de sua personalidade, e não de suas crenças beatas ou supersticiosas.
Nada está escrito antecipadamente. Senhores de seu destino, senhores vocês permanecerão, inclusive se decidirem não participar mais avançando na carreira cósmica que Deus estabeleceu para aqueles que apreciam a existência e querem continuar no caminho até a fonte de onde vêm todos vocês.
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BISSEXUALIDADE
Em que tipo de livro o amor é ensinado
A fim de erradicar os erros do passado?
Abandona o orgulho, eleva o pensamento
Se procuras a paz, então, crê na unidade
Sei quão precioso é para vocês este livro, e quanto sangue já foi derramado por causa dele. Não sei, no entanto, quanto sangue será ainda derramado devido à sua fé cega (é a palavra que convém) naquilo que nele está escrito. Assim, os Afrikaaners se serviram dele achando ali razões para usar os negros como escravos e estabelecer o apartheid, baseados num texto bíblico que adverte o judeus para que desconfiem dos cananeus, progenitura negra, portanto diabólica e inferior, com a qual não se podia, segundo esse texto, em nenhum caso, aliar ou fazer negócios. Mas era, sempre na Bíblia, permitido reduzi-los a escravos e impedir qualquer contato sexual com eles. Os cananeus eram negros... Os zulus e os xojas, tribos negras do extremo da África, pagaram até um passado muito próximo o preço dessas “crenças” que remontam a milênios. É também por causa da importância estimada do que está escrito na Bíblia que todo o Oriente Médio se encontra mergulhado em sangue, e que Jerusalém é um barril de pólvora que pode explodir com a menor fagulha (infelizmente, não de inteligência). As testemunhas de Jeová se servem igualmente ao pé da letra e da vírgula do texto bíblico para gerir sua vida diária e aquela de sua progenitura não hemofílica.
Resultado? Eles aparecem bem colocados no relatório governamental (que se pode também escrever governa o mental) sobre as seitas consideradas perigosas, perniciosas e descerebrantes. Acontece até que eles deixem que crianças morram em decorrência de uma privação de transfusão de sangue acessoriamente salvadora. Segundo eles, está dito em algum lugar na Bíblia que isso não é permitido. Na época da redação da mesma, as técnicas de transfusão de sangue não existiam, então pode-se perguntar como é possível proscrevê-las, mas este detalhe não parece incomodar tais teólogos brilhantes. A severidade e o rigor que eles exigem dos membros de sua seita prejudicam além disso o livre arbítrio de que cada um deve dispor livremente, e freqüentemente se revelam, para os filhos dos adeptos, excessivos para que sejam pedagogicamente eficazes. Pois certamente não é pelo temor que se aprende melhor, mas pelo Amor, e isso permanecerá verdadeiro nos próximos cem mil anos. Estou, evidentemente, consciente do fato de que não é meu abecedário que vai de repente tornar a Bíblia obsoleta; isso significaria que meu livro substitui esta última nos pensamentos de vocês, e não tenho ilusões a respeito; entretanto, como faz parte de minhas prerrogativas revelar-lhes a razão pela qual esse livro não lhes pode mais ser tão útil quanto antes, faço-o por intermédio de um de meus auxiliares circunstanciais, especialista na epopéia bíblica:
"Na época em que os israelitas elaboravam as bases do judaísmo, muitos profetas inspirados pelos anjos do progresso vieram ajudá-los a redigir seus textos sagrados. Esses ensinamentos tratavam sobretudo da natureza da relação Deus-Homem em poemas e cantos melódicos. Em geral, essa forma que usamos para inspirar vocês envolve o essencial de sua música sacra, pois é nosso modo preferido de nos comunicarmos, entre nós e com vocês. Mas aquele texto encerra, atrás de seu significado em primeiro grau, informações muito úteis sobre seu futuro a longo prazo, já que os inspiradores imortais de seus textos sagrados consideraram o fato de que tal livro passaria pelas mãos de centenas de milhares de gerações em evolução, e para não tornar sua utilização obsoleta para as gerações modernas foi nele inserido um código secreto que só uma civilização cientificamente avançada poderia descobrir. Esse momento chegou. Tal código foi finalmente descoberto, e a Bíblia pode, graças a isso, ser lida com um novo objetivo, contanto, evidentemente, que não se dê muita atenção a seu significado de primeiro grau, erro que continuam a cometer cronicamente os bibliófagos citados anteriormente.
Pois durante o longo período em que os judeus foram escravizados pelos egípcios, os sacerdotes semitas compuseram textos nacionalistas de sua lavra a fim de restituir o orgulho e a pugnacidade a suas ovelhas para que elas pudessem se libertar da escravidão. Muitos deles morreram na verdade sob os golpes dos selvagens contramestres núbios durante a construção das pirâmides e estátuas colossais totalmente inúteis erguidas à glória narcisista e megalomaníaca de vários faraós.
Os depositários dos ensinamentos de Abraão, discípulo de meu superior hierárquico Melchizedek na época em que eu estava em missão na Itália (ver “Extraterrestre", Vol. 1), queriam além do mais contar com a obediência cega de suas tropas, e inventaram integralmente o deus Jeová, um Deus exigente, intervencionista, todo-poderoso, é claro, e finalmente ultra-severo. Esses textos foram reunidos aos textos diretamente recebidos através do canal 888, integrando ao Livro sagrado informações errôneas, contraditórias, capazes portanto de causar perturbações e trazer dúvidas aos leitores que buscam verdades e precisões espirituais. Não é pois de surpreender que sejam Israel, os judeus e seus vizinhos imediatos as verdadeiras estrelas desse livro, e não a humanidade; que as histórias de Adão, de Eva e da Criação são, no mínimo, infantis e lhes falta rigor científico, é o mínimo que se pode dizer (detalhe que mantém afastados dessa religião todos os grandes espíritos que se recusam a aderir a crenças que sabem ser falsas); é portanto definitivamente impossível reconhecer o verdadeiro Deus de Amor incondicional descrito por Jesus nesses escritos, devido a todos os textos parasitas inseridos fraudulentamente pelos sacerdotes a fim de estimular a obediência de suas ovelhas de caráter difícil e com um apetite acima da média por ouro e dinheiro (ainda hoje).
Naquela época, os povos vermelhos e amarelos existiam e se desenvolviam, cada um, a seu modo, mas numa área muito afastada da região mesopotâmica.
Como poderia esse livro ter vocação universal, quando Israel é um dos menores países do mundo e somente os judeus e os palestinos estão envolvidos na maior parte das histórias nele relatadas? Repetindo, só a decodificação fornece as informações autênticas. Par exemplo, se Isaac Rabin tivesse acreditado nessa revelação do código secreto trazido à luz graças a um computador revolucionário, ele poderia ainda estar entre os vivos, pois seu assassinato estava anunciado na Bíblia, com a data e o nome corretos, mas a confiança no código era indispensável para o proteger. De um ponto de vista mais geral, ela é necessária, para tentar evitar os sofrimentos que ameaçam a espécie humana num futuro agora próximo. Depois, houve o problema das traduções. Muitas verdades desapareceram nas traduções aproximadas de conceitos precisos, principalmente porque o código secreto só se aplica ao alfabeto hebraico; considerando-se os diferentes dialetos aramaicos, o grego, o latim, o hebraico, e as manipulações clericais (sacerdotes redigindo idéias pessoais pretensamente ditadas por Deus), é absolutamente disparatado vocês considerarem esse livro bem traduzido, sagrado e infalível. Supõe-se que Deus, a Fonte-Centro Primeira, deve ser o personagem central do Livro. Ora, verifica-se claramente ao longo dos textos que é a percepção que os homens têm de Deus que pouco a pouco se revela, e não Deus evoluindo como um homem. Diz-se que Deus fez o Homem a sua imagem...
Sim, mas qual? A imagem física de um homem, ou de uma mulher? A Bíblia afirma que Deus criou primeiro Adão, e bem depois Eva, e com uma única costela do primeiro; esse credo mal interpretado selou a sorte de todas as mulheres, colocadas automaticamente em situação de inferioridade pelos redatores masculinos autores das passagens do Gênesis, cuja veracidade está cientificamente muito distante do realmente aconteceu em seu planeta (ver “Raça”, Vol. 3).
Até o momento, nada mudou realmente nas regiões judaico-muçulmanas, mantendo o homem o lugar dominante de irmão mais velho em relação à mulher, posição ancorada em suas tradições e que são perpetuadas com base em todas as razões indevidas possíveis. Restam ainda alguns vestígios dessas prerrogativas viris em suas áreas cristãs marcadas pelos ensinamentos do Mestre de todos nós que vocês conhecem pelo nome de Jesus, o qual proclamou sem ambigüidade a igualdade dos sexos: a exclusividade do sacerdócio para os homens no dogma católico não se baseia em nada de evangélico.
Na verdade, Jesus tinha consigo doze apóstolos homens e outro tanto de apóstolas mulheres que tinham as mesmas prerrogativas, as mesmas missões e os mesmos resultados, apesar da condição social inferior em relação a seus colegas masculinos. Para o lugar e a época, era em si uma revolução. Saulo, que se tornou Paulo de Tarso e que era misógino, acertou por sua conta os pêndulos do culto na hora machista, e o papel dessas mulheres foi quase totalmente ocultado quando da redação e mais ainda da seleção dos textos que constituiriam em seguida “o Evangelho”. Mas quem foi encontrado, além da própria mãe de Jesus, ao pé da cruz infamante onde o Nazareno divinizado agonizava? Essencialmente, apóstolos mulheres, como Maria Madalena, Rebeca (filha de José de Arimatéia), Marta (irmã mais velha de André e de Pedro), Raquel (cunhada de Judas, irmão terrestre de Jesus, Ruth (filha de Mateus), Milcha (prima de Tomé) e Celta (filha de um centurião romano), enquanto, ao mesmo tempo, com exceção de João, o futuro autor do Apocalipse (que deve ser entendido em seu sentido original: revelação) e de Judas, que se havia enforcado, os outros dez se escondiam entre quatro paredes, temerosos de serem tratados como o fora seu mestre pela multidão deicida...
Foram necessárias várias aparições post-mortem do Mestre para fazê-los recobrar a fé que nunca havia abandonado qualquer uma das doze apóstolas.
Bendito texto, ou texto bendito?
Os porões do Vaticano abrigam, por indignas razões políticas, mercantis e práticas, todas as passagens que os chefes espirituais que se sucederam no assento de Pedro acharam conveniente ocultar de vocês. Entretanto, em seu conjunto, os países cristãos (mesmo quando se crêem laicos), concederam uma quase-igualdade à Mulher, graças em especial aos ensinamentos igualitários de Jesus. Não é forçosamente um acaso o fato de serem precisamente todos os países de fé cristã, embora laicos, os que se encontram à frente no que se refere a oferecer a seus cidadãos um nível decente de segurança e de conforto material. Somente a Sérvia, (sem Montenegro) não conseguiu ainda captar a doçura de viver da maioria de seus vizinhos, o que se deve em grande parte, mais uma vez, a um político que pôde mostrar sem medida sua natureza, banal para essa profissão, ou seja, uma natureza luciferina, de alguém que ama destruir o que Deus e seus representantes tentam construir. Falo aqui de fraternidade humana tanto quanto de vida biológica. É fácil ilustrar de modo prático: basta-me evocar o programa de depuração étnica atualizado por Milosevic, pois é dele obviamente que se trata. Não será ele uma negação absoluta desses dois conceitos divinos?
Temos o exemplo de Milosevic, ou o de Saddham Hussein, armado por seus futuros inimigos, sempre em liberdade e governando por 9 anos após suas repressões sanguinárias, ou o de Pinochet, patrocinado pela CIA, que ainda se beneficia de proteções sem falhas de seus poderosos aliados ocultos os quais, 30 anos após suas principais malvadezas, lhe devolveram sem julgamento a liberdade, apesar da enorme pressão da opinião pública internacional. Quando verifico que foram necessários pelo menos 50 anos para bloquear o pequeno Papon da França, tudo concorda com minhas alegações: esses diabos são especialmente protegidos. Não se trata de calúnias, mas da pura denúncia de fatos. Como eles são muito hábeis, porque diabólicos, para envolver numa nuvem opaca a maioria de seus atos políticos, vocês bem precisam de uma revelação que venha de outro lugar para terem eventualmente uma oportunidade de perceber com mais clareza suas ações. É preciso, caso contrário eles vão atingir seus objetivos: tornar a todos vocês miseráveis e com má saúde, se não mortos! Eles são assim, e sua felicidade depende disso. Todo o problema de vocês (e nosso) reside nisso. Não é fácil de entender para as pessoas normais.
Ao citar esses três nomes, falei somente de um fragmento do topo do iceberg. Foi apenas para lhes mostrar que, para ter a oportundidade de entender realmente o que se passa, vocês precisam aprender definitivamente a dar a César o que lhe pertence e a atribuir a Deus o que lhe devem (a existência num Universo viável e estabilizado), pois não é graças a seus políticos que as democracias existem, mas apesar deles, sou tentado a dizer, com tudo o que sei sobre seu mundo secreto. Foram humildes leitores da Bíblia e dos Evangelhos, operários, camponeses, artistas e intelectuais, todos predominantemente pobres, que se bateram, que derramaram o próprio sangue e não hesitaram em pôr suas vidas na balança para permitir que o arquétipo democrático viesse à luz em nível planetário. Não os seus políticos. E em caso algum a geração atual, uma das mais ardilosas.
Não é tampouco por acaso que as máfias se tenham desenvolvido mais que nunca sob o comando dos políticos atuais e de sua técnica para se fazerem eleger. É um pouco mais grave na Córsega ou no Peru, por exemplo, mas o princípio foi demonstrado: manipulação psicológica para todos!
Para concluir a respeito da Bíblia, a principal recriminação que se pode fazer a essa obra semidivina (a contribuição de Melchizedek) et semi-humana (os sacerdotes), é que ela é muito confusa na apresentação do Criador primordial: ora ciumento, violento, ameaçador, rancoroso, sádico, sem piedade, ora compreensivo, magnânimo, paciente, misericordioso...
Esse aspecto de Deus só pode tranqüilizar os mortais e reforçar sua crença no fato de que Deus fez o Homem a sua imagem. Assim, como Deus é ciclotímico, não será grave para o Homem sê-lo também. Eis um dos brilhantes resultados de um Texto considerado sagrado e que não é de fato senão o enunciado de um dos inumeráveis sofismas luciferinos que interferem grandemente com sua evolução espiritual. Pois é claro que tudo isso é falso, arquifalso! Em compensação, o povo negro americano também se beneficiou da qualidade das mensagens angélicas captadas pelos poetas hebreus então escravos do Faraó para lhes insuflar a coragem de se libertarem, conforme a aliança feita pelo chefe dos Melchizedeks na Terra com Abraão. Toda sua revolta, principalmente contra as autoridades do Estado do Mississipi nos anos 60 para obterem seus direitos civis foi galvanizada pela qualidade de cantores de textos bíblicos de seus líderes Medgar Evers, Bob Moses, Fanny Lou Hammer e Martin Luther King. O medo paralisante, esse veneno do espírito, se esvaiu das cabeças dos ouvintes semi-escravos negros e os transformou em combatentes não-violentos tão temíveis quanto as tropas de Gandhi duas décadas antes que, também elas, tinham seus cantos sagrados para obter a coragem de ir se deixar fazer em pedaços pelos túnicas vermelhas sem sequer usar os braços para se protegerem das coronhas de fuzil e das metralhadoras que caíam como granizo sobre seus frágeis crânios descobertos. O que não era frágil era o que havia nesses crânios, e os ingleses tiveram de deixar aquele reino, como os franceses tiveram de deixar a Argélia ou os portugueses, Angola. Deus fez o Homem à sua imagem, sim, mas somente por meio da parcela d’Ele mesmo que Ele oferece tão gentilmente a todo mortal que tenha podido formular seu primeiro desejo altruísta de fazer bem a alguém que não ele mesmo, evento que, volto a lembrar, se produz, na maioria dos casos, antes que a criança atinja seu sétimo ano de vida. Sendo Deus puro espírito, não é possível representar Sua aparência assim como não é possível desenhar uma forma-pensamento. Somente os símbolos podem fazê-lo, e mesmo assim, somente para os iniciados que sabem decodificá-los. É na fusão de seu ego com sua parcela divina que vocês se assemelharão à imagem de seu Pai celeste. Do mesmo modo, somente substituindo a descrição da velha Bíblia pela descrição de Deus feita por Jesus no Novo Testamento vocês poderão enfim ter uma idéia da verdadeira natureza dos sentimentos que ligam o Criador imortal a Suas criaturas mortais Os sacerdotes do Sinédrio de Jerusalém que condenaram Jesus por blasfêmia pensavam que ele viera para anular o que estava escrito na Bíblia, no entanto ele veio somente com o objetivo de reforçar seus conhecimentos sobre o mundo invisível, mas bem real. Jesus veio lhes dizer, em linguagem moderna, que não há ninguém entre Deus e cada um de vocês, uma vez que Ele está em vocês; nenhum sacerdote, nenhuma igreja, nenhum livro pode portanto substituir sua própria experiência pessoal com Deus. Ajudar, sim…
Quando vocês estão na praia, desfrutando de um repouso bem merecido, e sentem na pele a carícia do calor do sol (imaginando que encontraram um lugar seguro no que diz respeito às conseqüências epidérmicas do desaparecimento do filtro de raios ultra-violeta da camada de ozônio), certamente lhes acontece pensar que o sol só está ali para vocês. Os vizinhos imediatos de barraca podem também senti-lo, como todos os outros jacentes estivais também estendidos, beatificamente, naquela praia. O mesmo não é o caso em relação a Deus; cada um de vocês pode pensar que Ele está em vocês, e só para vocês. Se uma religião ou um religioso lhes diz o contrário, é que ele está mentindo. Eu não poderia ser mais claro! Na verdade, é nas pequenas coisas da vida diária que se tece seu destino futuro, em função do que vocês revelam de sua personalidade, e não de suas crenças beatas ou supersticiosas.
Nada está escrito antecipadamente. Senhores de seu destino, senhores vocês permanecerão, inclusive se decidirem não participar mais avançando na carreira cósmica que Deus estabeleceu para aqueles que apreciam a existência e querem continuar no caminho até a fonte de onde vêm todos vocês.
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BISSEXUALIDADE
Você pode amar a quem quiser
Nada há que o impeça
E que impeça você de ser feliz
Grande é a polêmica em torno do tema, principalmente em virtude da avalanche de doenças sexualmente transmissíveis que inunda o mundo de vocês, as mais graves não contando ainda, para seu combate, com vacinas ou soros. A bissexualidade, praticada desde a aurora da humanidade, ganhou títulos de nobreza na Grécia antiga e sodomítica de Homero, Sócrates e Platão, ou seja, oito séculos antes da vinda do Salvador. A sodomia era oficialmente banida, mas exerceu sempre uma certa atração, evidentemente incompreensível para mim dada minha não-sexualidade, mas compreensível sem dúvida de um ponto de vista erótico ou psicanalítico. Um homem homossexual que pratique a sodomia não é mais que um bissexual, pois está apaixonado por alguém do mesmo sexo e utiliza a técnica da penetração, reservada pela natureza para a Mulher. Do mesmo modo, um homossexual viril que ame um homem muito afeminado como um homem ama uma mulher é mais bi- do que homossexual. Na Grécia, depois em Roma, o culto da beleza foi além dos sexos, e os gregos faziam filhos com suas mulheres pela manhã e « se divertiam » com jovens efebos à tarde. Acontecia que a ordem natural e a ordem cultural estavam em simbiose, fonte de florescimento apenas temporal, pois a evolução exige que os problemas mudem incessantemente de natureza. Assim, foi preciso que um dia uma doutrina religiosa decidisse banir a bi- e a homossexualidade dos comportamentos íntimos socialmente aceitos, para que tivessem início séculos de dramas e de hipocrisia totalmente inútil, pois a bissexualidade é parte integrante de seus mecanismos cerebrais e hormonais, bem como no mundo animal, de onde veio uma parte daquilo que constitui vocês.
Na Idade Média, deu-se a esse fenômeno entre pessoas do mesmo sexo o nome de « amizade amorosa », o que não impediu o desenvolvimento do amor cortês heterossexual. Muitos reis e irmãos de reis ficaram célebres graças a suas travessuras em todas as direções, prova de que essa predisposição atinge todas as camadas sociais, já que até papas, cardeais, bispos, padres, religiosos e religiosas sinceros se fizeram apanhar devido a sua libido descontrolada... Não é fácil substituir totalmente uma ordem natural por uma ordem religiosa que prega a castidade e a pobreza. Os que o conseguem são verdadeiros heróis, e serão celebrados como tais quando chegarem aos mundos de ressurreição (ver « Morte », Vol. 3). O desejo amoroso é uma característica bem humana, fortemente ancorado em seus genes. Sendo a libido um fator determinante quanto a sua sobrevivência e à colonização total de seu planeta, vocês têm sido particularmente cuidados nesse setor. Entretanto, uma ordem cultural superior poderosa pode aprisionar e mesmo controlar todos os desejos provenientes da ordem natural e ajudar o Homem a se libertar das contingências materiais que o tornam escravo de sua própria fraqueza natural. O medo desperta os sentidos com a condição de os controlar... É pois importante compreender que a bissexualidade não é uma perversão nem uma anomalia, mas a expressão natural da liberdade, esta condicionada pelos limites inerentes ao conjunto cromossômico herdado.
Yin e Yang
Cada ser humano vai na verdade herdar geneticamente uma dosagem única de Yin e de Yang, conceito « descoberto » e desenvolvido entre os asiáticos, mas presente entre todas as raças de cor. Lembremos que o Yang é a energia masculina e Yin, a feminina. Assim, do macho peludo mais insuportável ao transexual « drag queen » não menos intolerável, com, no outro extremo, da mulher-objeto mais desesperadamente submissa à lésbica mais odiosamente autoritária, todas as tendências estão representadas. Vem se acrescentar a isso o fato de que, se houve vida anterior, o sexo talvez tenha sido diferente, pois a dosagem yin-yang se situa acima do sexo específico daquilo que denominamos em nossa língua seu « veículo biológico provisório de função », ou seja seu « corpo », em sua linguagem simplista. Vocês devem saber que podem se encarnar num corpo masculino ou feminino sem modificar em nada o equilíbrio yin-yang específico que caracteriza sua personalidade. Além disso, a integração dos aspectos masculinos e femininos é necessária à elaboração de seu eu profundo. Dentre cem pessoas selecionadas segundo um dos painéis científicos tão queridos de vocês, dez se tornam exclusivamente homossexuais, cinquenta serão bissexuais na alma (o que não significa que haverá passagem ao ato), e apenas trinta serão estritamente heterossexuais, isto é, sem fantasmas de qualquer tipo a respeito de pessoas do mesmo sexo, e os dez últimos se manterão estritamente platônicos, por diferentes razões, inclusive por impotência psicossomática.
Como existe atualmente um amálgama incrível de todas as suas crenças religiosas, científicas, filosóficas e sociais a respeito desses assuntos de sexo, é bom que eu os ajude a ver mais claramente, não fisiologicamente, pois não tenho experiência sexual a evocar, mas de um simples ponto de vista técnico : 10% dos homossexuais homens ou mulheres correspondem à faixa da população que herdou um corpo de homem e uma alma de mulher ou vice-versa, ou que teve uma vida passada intensa no corpo inverso do que ele ou ela possui na vida atual. É o caso dos homens que só têm praticamente Yin, ou das mulheres que quase só têm Yang. São indivíduos completos. Cada um deles, cada um de vocês, todo bípede representa um dos infinitamente múltiplos aspectos de Deus na medida em que há manifestação de uma consciência e de uma inteligência. Deveriam eles ser banidos, excluídos ou marginalizados, até mesmo exterminados, como pregava o IIIo. Reich ? Não, pois são no caso totalmente inocentes ! É a Natureza que decide que 10 % de suas manifestações serão diferentes dos 90% restantes. Grandeza e servidão de ter nascido num planeta decimal, isto é, autorizado a abrigar novas experiências de nossos criadores alquimistas...
Ñem todas as novas experimentações produzem frutos saborosos, constatação dolorosa em muitos sentidos e que está na base de seu ditado : « Os desígnios de Deus são impenetráveis ».
Concordo em que alguns elementos da criação em que vocês evoluem ou dos quais vieram não são de fácil compreensão. Mas quando compreenderem que de todo mal deriva de um bem superior (o que põe Lúcifer numa posição que, felizmente, sempre o impedirá de vencer a batalha final), então tudo em seu pensamento se tornará claro. Dada a hostilidade da maioria silenciosa para com essas pessoas fatalmente diferentes, como se um terceiro sexo, vergonhoso, existisse, eles devem ser ajudados e não, condenados. Punidos com excomunhão, presos, condenados à prostituição ou à morte em certos países, sua sorte não é de se invejar, mesmo que eles ou elas desenvolvam qualidades perfeitamente humanas.
Trata-se com freqüência de artistas, devido a sua sensibilidade mista, e apreciamos trabalhar com essa categoria mais completa e binária de criatura de Deus, contanto que sua libido esteja controlada. Esses homens que têm de fato uma alma de mulher feita para reagir aos encantos viris, é normal que se apaixonem por outros homens. A natureza previu isso, e vocês não devem interferir e legiferar sobre esse assunto que os supera. São cidadãos como os outros, e se eles se amam o suficiente para desejarem se casar, a quem isso diz respeito senão a eles e a ninguém mais? Mas eles devem discernir entre liberdade, licenciosidade e devassidão. Sim, o dia em que qualquer pessoa tiver o direito de amar qualquer pessoa e de a desposar, qualquer que seja o sexo dos candidatos, não está longe, estando os anglo-saxões, neste campo, bem à frente dos latinos, católicos à frente.
Os puros heterossexuais não são especialmente mais santos: assim, um pedófilo, um sado-masoquista, um estuprador ou qualquer outra vítima de sua “própria” libido descontrolada não se beneficiará jamais de nossa compreensão permissiva. E, para retomar um acontecimento recente, um prefeito homossexual conhecido como tal por seus eleitores heterossexuais pode provar agora que é capaz de ser tão bom prefeito de uma grande cidade quanto um político heterossexual. Espera-se mesmo que ele será melhor e menos corrompido que seus predecessores de sexualidade “normal”!
Na verdade, há muitos heterossexuais viciosos e pervertidos que arriscam bem mais, em termos de carma, do que um homossexual suave apaixonado pela mesma pessoa por toda a vida. As posições das religiões nessa área são todas obsoletas, e o têm sido desde o início dos tempos, exceto as de certos ramos protestantes que compreenderam a verdadeira situação dessas pessoas.
Não é por acaso que São Francisco, capital escolhida como local de residência pelos homossexuais, goza de uma prosperidade e de um progresso inegáveis. Os homossexuais são em geral mais educados e talentosos que os hetero, e a realidade de São Francisco o comprova. Com todas as drogas ali consumidas e todas as relações “antinaturais” ali praticadas, essa cidade deveria há muito ter mergulhado numa depravação dramática. No entanto, pode-se verificar que a vida diária é ali mais valorizada e agradável, mesmo para os heterossexuais. Há portanto muito, muito mais bissexuais do que homossexuais, mas a maioria recalcou sua inclinação natural pelos dois sexos devido à pressão cultural da sociedade em que vivem. Eles são livres de falar de seus fantasmas no divã de um terapeuta ou de um(a) homem/mulher de programa conseguido/a através dos serviços de sites da Internet que abrigam também, e aí é menos divertido, redes de pedófilos, que o Estado favorece de alguma forma, assim como se enriquece à custas das prostitutas, taxando seus serviços em vez de desmantelar as redes escandalosas que organizam a exportação para a Europa de moças e rapazes que são, antes de mais nada, drogados para que se tornem escravos da vontade de seu “senhor proxeneta’.
Sempre existiu a mesma proporção de hetero e de homossexuais. Não há atualmente uma degenerescência da raça, mas uma liberalização sexual que permite a esses diferentes grupos viver livremente seus gostos contanto que não pratiquem o vício, uma das armas favoritas dos luciferinos para desviar de Deus e aprisionar no que tem de mais vil a dimensão material.
A observação da doutrina budista do “caminho do meio” assegura uma vida isenta de vícios. O vício, é o abuso de sexo, a corrida sem fim em busca de sensações cada vez mais físicas mas cada vez mais desprovidas de sentimentos puros e altruístas. O sexo para fins de sensações estritamente egocêntricas, que não pertence pois ao Amor altruísta pregado por Deus, deve ser evitado se vocês quiserem evoluir espiritualmente. É por isso que a AIDS, por mais cruel que seja, não tem somente inconvenientes, graças ao temor que inspira e às limitações que impõe (ver AIDS, Vol. 4). Em qualquer coisa aparentemente revoltante, há sempre um lado positivo. Se a AIDS faz vítimas, ela evita que outros se tornem também vítimas. Com a liberação sexual tal como aconteceu, sem controle, a integridade de vocês começava a se desfazer. Muitos estupros e crimes sexuais puderam ser evitados graças ao temor justificado inspirado pelo retrovírus.
Mas tranqüilizem-se: buscamos com seus pesquisadores a chave para pôr fora de combate esse vírus mutante. Ele não é produto de uma punição divina. A vida dos jovens hemofílicos, nem drogados, nem pervertidos, é prova disso. Por que então Deus puniria hemofílicos, já punidos pela vida de angústia permanente provocada por sua deficiência?
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BONDADE
Chineses e Kosovares, Etiópios, Tibetanos,
Cubanos, Russos e Arabes, Armênios, Iraquianos,
Bósnios, Ruandeses e Judeus, Chechenos ou Indianos,
Populações mártires, caçadas e dizimadas
Cobaias que se busca para experimentar
Os últimos achados dos mercadores de canhões
que organizam o ódio para plantar seus pavilhões.
Para a alma de vocês, manifestar bondade representa apenas um patamar na evolução. Há sete níveis de consciência (ver também “Chacra”, Vol2), e a bondade representa o quarto nível, mas sendo o primeiro em que vocês começam a considerar uma vida eterna. A bondade é o amor em ação. É de fato apenas a partir desse quarto nível que sua alma vai adquirir a experiência que tem valor de sobrevivência eterna, e que um anjo da guarda pessoal será designado para servir a cada um de vocês, o mesmo anjo que levará sua alma adormecida a seu próximo destino, após a perda de seu invólucro carnal.
Esse destino será, evidentemente, função de seus méritos acumulados, acredito que o tenham entendido agora, mas não será, em caso algum, a entrada direta para o Paraíso. Seria ir excessivamente depressa, saibam vocês; serão necessárias, para os mais dotados, centenas de milhares de anos de aprendizado antes que possam evoluir no universo com um invólucro vibrante que lhes permita aceder ao Paraíso sem serem instantaneamente consumidos. Todos e todas vocês são futuros deuses, atualmente aprendizes aqui, e uma das disciplinas com coeficiente elevado é justamente a bondade. Este sentimento é o produto de vários sentimentos superiores: a generosidade, a paciência, o amor ao próximo, a felicidade de dar prazer aos espíritos tutelares, a aptidão para se colocar no lugar do outro.
Esse sentimento pode afastar a maior parte dos problemas que vocês encontram atualmente enquanto humanidade, e que serão para vocês eternos fatores de regressão e de guerras; a grande fonte de problemas para seu futuro no curto e no médio prazo é o desequilíbrio atual entre suas civilizações sul e norte, e a falta de bondade que se manifesta entre essas duas vertentes. O Norte pilha as matérias-primas do sul, elabora conscientemente as fronteiras no interior das quais várias etnias se matarão mutuamente e, em vez de aumentarem o bem-estar no lugar onde vivem, gastarão todos os recursos obtidos com suas matérias-primas na compra de armas construídas e vendidas pelo Norte.
O tratado de Berlim, assinado em 1885 pela França, Grã-Bretanha, Bélgica e Alemanha comprova isso. A Nigéria, constituída de 400 etnias, dentre as quais os pobres biafrenses, é um triste exemplo, bem como Ruanda, o Congo, e tantos outros países. O atual conflito nos Bálcãs é outro exemplo gritante. Quanto maquiavelismo, quanto desprezo pelas populações golpeadas durante séculos nossos olhos angélicos são forçados a contemplar! Em compensação, é claro, o Sul pobre odeia o Norte rico que o saqueia tão bem, e o Leste muçulmano odeia o Ocidente cristão; assim, todo mundo tem sua cota, e o ódio se manifesta em todos os continentes, em cada país, cada aldeia, cada cidade, cada canto de escada!
É esse o lamentável exemplo mostrado pela maioria dos países do continente africano: genocídio após genocídio, a metade do continente tenta exterminar a outra metade, com a ajuda gentil dos mercadores de canhões, que usam o ódio para plantar suas bandeirolas e ganhar bilhões que alimentam, dentre outros elementos, as caixas pretas dos partidos e/ou das máfias. O continente americano do Sul está também envolvido num ódio mortal ao Norte, e usa seu melhor trunfo, a cocaína.
Quanto aos países do sul asiático, eles dispõem da heroína para se vingarem das crueldades já praticadas em seu interior, desde há séculos, pelo Norte. Canhões a laser, minas e napalm contra pó branco ou marrom. As vítimas?
- Todos vocês, os filhos de Deus. Seus impostos desperdiçados em termos de bilhões com objetivos militares-luciferianos em vez de serem usados para aliviar a miséria humana; seu destino ameaçado permanentemente por esses loucos detentores de armas apocalípticas , palavra que aqui não é utilizada no sentido de “revelação”...
Escroques sem escrúpulos utilizam a bondade das pessoas para extorqui-las, supostamente para uma boa causa, mas na verdade para que o dinheiro vá alimentar uma conta secreta em banco suíço...
As populações do Kosovo puderam se beneficiar (e este é o único aspecto positivo que se pode encontrar nesse conflito de outras eras, pelo menos pelas armas de destruição utilizadas), de um magnífico impulso de generosidade vindo das populações ocidentais, a começar pelos alemães, seguidos da Turquia e da França. O fato de que essas populações democráticas são essencialmente cristãs, protestantes ou católicas, e de que as populações kossovares são essencialmente muçulmanas, só faz acentuar o valor dessa generosidade, e mostra que a clivagem artificial das religiões pode facilmente ser contornada por uma população que chegou a certa maturidade intelectual e espiritual.
Essas populações evoluídas puderam ver que as pobres vítimas civis sofriam o martírio antes de pensarem a que etnias pertenciam. No entanto, pensamos que o fato de os kossovares serem brancos e se vestirem à européia favoreceu o processo de identificação dos doadores generosos, pois é verdade que esse impulso de generosidade para com as populações kossovares ultrapassou amplamente o impulso suscitado pela miséria negra do continente africano durante a purificação étnica, com hutus e suas centenas de milhares de deportados negros, purificação no mínimo tão feroz e revoltante quanto a dos sérvios.
Há que se constatar que as populações cristãs ortodoxas da Sérvia e da Rússia ainda não chegaram a esse nível de consciência ocidental, e é essa diferença que engendra em parte o conflito atual que, no momento em que estas linhas são escritas, está longe do fim. E saber que com um pouco de bondade de uma e de outra parte as dificuldades se reduziriam sem o desfechar de um só golpe, e a humanidade se aproximaria de seu destino unitário. Desenvolvam pois esse sentimento que reside em vocês, freqüentemente durante o sono, mas que está ali. Deus os ajudará a partir do seu íntimo a encontrá-lo, na medida em que o peçam, é claro. Como a bondade tem o peso considerável de que falei acima, é de seu interesse encontrá-la em vocês e se conta entre suas prerrogativas dela se servirem abundantemente. A Paz não se fará sem bondade. Não há caminho para a Paz, pois a Paz é o caminho.
A coesão social tampouco se fará sem a bondade, pois esta constitui um dos valores indispensáveis para o estabelecimento da harmonia entre as pessoas, as povoações, as regiões, os países e os continentes. Seus Criadores assim o quiseram. Sem a compreensão dessa evidência, não há salvação eterna. Na França, uma bela alma em plena expansão se prepara para substituir, em futuro próximo, as duas protetoras modernas contra o sofrimento humano desaparecidas recentemente, Teresa e Diana.
Após ter mentalmente declarado guerra à miséria do outro, tendo como única arma seu charme e suas convicções, uma atriz de cinema filha de um célebre cantor popular prolífico e de uma mãe que muito cedo despertou seu interesse pela ação humanitária, decidiu finalmente ir em frente e se envolver pessoalmente. Ela se encontrava justamente na famosa igreja que foi tomada de assalto, a golpes de machado, pelas “forças da ordem”, o que, longe de a desencorajar, a fez querer ainda mais que antes lutar contra a injustiça, contra a rápida expansão da miséria, contra esse tratamento implacável, pela mídia, da extrema pobreza que torna indiferente e dessensibiliza qualquer telespectador normal com todas as imagens de incessantes dramas longínquos, e eu lhe apresento meus melhores votos de sucesso nessa empresa, pois é fato que imagens em excesso destroem o impacto da mensagem por imagem.
O ruído não faz bem, e o bem não faz ruído.
A irmãzinha dos pobres que se tornou Mãe
É perfeitamente possível para um humano entender esses conceitos. Prova disso, Madre Teresa o fez durante mais de um século, sem faltar um só dia. Ela se bateu durante toda sua vida para obter o mínimo que fosse para os outros, e conseguiu sempre o que queria, sendo especialista na prática do saltimbanco que consiste em encontrar o perfeito equilíbrio entre a loucura razoável e a exigência divina. Os anjos em torno dela, por sua vez, utilizavam ao máximo nível permitido seus poderes de sugestão para dizerem afinal: “Yes, you’ll get it!” (Sim, você conseguirá!”) todos os homens confrontados com o olhar azul metálico e infinitamente bom da Mãe mendicante vinda suplicar a doação do mínimo vital para os outros. Seu segredo?
Sua mãe, que não estava também longe da santidade, e que lhe deu desde muito cedo uma educação segundo a qual os “pobres” vinham partilhar de sua modesta refeição familiar albanesa, sendo considerados como membros afastados da família. Foi assim que muito cedo ela teve acesso à revelação da fraternidade humana e da nobre condição espiritual de ser pobre.
Quando recebeu, com atraso, seu prêmio Nobel, (por tê-lo merecido a cada ano, ela acabou efetivamente por recebê-lo), o que a interessava era principalmente o dinheiro do prêmio, que poderia ser totalmente investido em sua congregação; inclusive, ela cancelou o banquete em Estocolmo em sua honra, pedindo que a soma prevista para a realização dessa recepção faustosa fosse inteiramente transferida para sua versão indiana de seus restaurantes preferidos. Foi essa energia indomável e aparentemente sem limites que lhe permitiu tornar-se por si só uma instituição mundial, com seus centros de acolhida em mais de trinta países, inclusive nos Estados Unidos, suas centenas de milhares de pobres e de doentes em situação extrema auxiliados, nutridos, cuidados, amados pela santa de Calcutá e pelas jovens e graciosas êmulas indianas cheias de bondade que esse pedacinho de mulher ao mesmo tempo frágil e indomável soube converter à sua fé extremada em Jesus e em Deus.
Sua abertura incondicional para fazer a vontade de Deus comandou de fato sua vida, e fez da mesma um ato perfeito de Sua vontade no socorro aos humildes e aos mais oprimidos de Seus filhos. Gandhi exercera antes dela esse papel de protetor das castas inferiores.
Mas quando a grande alma no corpo descarnado desapareceu, foi o dossiê da descente Teresa o escolhido pelos anjos da guarda encarregados dos interesses das castas inferiores da Índia, pois centenas de milhares desses harijans (escolhidos por Deus, em sânscrito) estavam espiritualmente muito avançados e tinham obtido o direito de ter a seu lado um anjo da guarda pessoal; assim, há sempre junto deles um enviado especial de Deus encarregado de aliviar um pouco as condições materiais, por vezes calamitosas, em que vivem. Atualmente, Teresa, que deixou seu plano de existência para continuar sua carreira cósmica com os ascendentes que ela tanto ama, e o pessoal que ela teve o tempo de formar com seu exemplo in situ, continua e continuará sua obra, que é, de fato (ela o repetiu suficientemente) apenas a expressão da vontade e da ajuda de Deus para todos os Seus filhos, sem exceções.
A vida de perfeição exemplar que ela viveu mostra a todos que a fé pode verdadeiramente mover montanhas, no caso, montanhas de indiferença e de egoísmo, permitindo aos leprosos de Calcutá em especial e aos “intocáveis” de todos os países em geral terem acesso à dignidade devida a um filho de Deus. Seu prazer em ser bondosa foi o motor de sua ação. Essa ação ganhou depois tal amplitude que ela recebeu um batalhão de anjos da guarda exclusivamente para ajudá-la, o que lhe permitiu escapar de várias tentativas de assassinato contra ela perpetradas no início de seu sacerdócio, pois sua chegada significava, para a máfia e os religiosos integristas locais, uma baixa em seu filão comercial, algo de que eles têm horror.
Quando sentia necessidade de obter uma trégua em plena guerra, em Beirute, por exemplo, porque soubera que um hospital, cheio de crianças deficientes, bombardeado várias vezes e abandonado por todo o pessoal, estava entregue a si mesmo, ou seja, as crianças tomadas de pânico extremo, ela conseguia retirar essas crianças do inferno terrestre. Na Guatemala, em plena psicose dos esquadrões da morte, conseguiu obter como legado a concessão de um grande terreno onde instalou uma nova sucursal de pura caridade. Mas foi graças a sua total e incondicional submissão à vontade de Jesus , à vontade dele, só dele, que ela obteve o poder de decidir-se a consagrar toda sua vida a servir os mais destituídos dentre os destituídos e ter sucesso frente a e contra todos na fundação de uma nova ordem de irmãs orientada exclusivamente para o dom de si no serviço aos pobres dos pobres ; foi ainda ela que permitiu a Deus mostrar, por meio de seu trabalho em fase final de encarnação, com impecável mental, saúde sólida e devotamento exemplar, como ajudar no plano material as ações sacerdotais que os anjos executam no astral. Ela ilustrou melhor que ninguém a frase : "Uma viagem de mil léguas começa sempre com um simples passo".
Ela partiu do nada absoluto para chegar, no momento de sua morte, a uma das mais vivificantes histórias de mulheres que jamais surgiu na Terra. Ela, que disse também a um jornalista que lhe perguntou como ela fazia para perdoar os responsáveis pela miséria permanente: “Perdôo, mas não aceito”.
Toda a sutileza está de fato aí, e é também por isso que ela é tão amada, mesmo após seu desaparecimento físico...
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BUDISMO
Respeita os que amam os valores do coração puro
Preces e dom de si são valores seguros
São os grãos de areia emperrando a máquina
Que tantos obriga a curvar a espinha
O budismo não representa por si só uma panacéia, mas contém elementos únicos e muito úteis para os buscadores da verdade.
Há duas vertentes principais nos ensinamentos de Buda: uma inclui a descrição do comportamento humano ideal, a enumeração das virtudes e qualidades a desenvolver, principalmente sobre o respeito à vida, a prática da compaixão, o modo de vida frugal e ecológico, a emissão de certos votos que permitem ao adepto manter em qualquer circunstância uma atitude honrada e respeitável; a outra trata da explicação do Despertado a respeito da criação do mundo, a descrição da realidade invisível, do eterno ciclo das vidas e das mortes, dos deuses e dos monstros, etc, e aqui caímos no mesmo erro das religiões, ou seja, nem tudo é absolutamente exato.
Para a época, seus ensinamentos referentes à cosmologia eram, em todos os sentidos, notáveis; entretanto, a teoria de perpétua reencarnação obrigatória no mesmo planeta até o desaparecimento total de todos os defeitos é totalmente imaginária, especialmente porque ele afirma que, supostamente, vocês não se lembram da vida anterior; para que serviria então um sistema no qual, longe de evoluir, vocês recomeçassem sempre do mesmo ponto, sem poderem se servir de uma experiência passada? Isso não faz sentido e, assim, não pertence ao Plano que o Ordenador Supremo previu para vocês; felizmente, aliás, pois Deus não é cruel, apesar de tudo que vocês possam pensar do Plano, e decretou que uma vida num planeta submetido ao pecado era suficiente para se adquirir uma boa compreensão do que produzem a imperfeição e a inobservância das leis universais de fraternidade e de harmonia.
Uma existência em que a morte pode chegar a qualquer momento de forma mais ou menos penosa e dolorosa basta para se entender o valor inestimável da vida e do bem-estar. Uma vida em que vocês só dependem de sua fé cega para compreender de onde vêm, para onde vão em seguida, e o que fazer na Terra enquanto esperam a morte é suficiente para errar no desconhecido, e para cometerem os erros devidos à ignorância, e não ao pecado deliberado. De que lhes serviria sofrer mil vezes as mesmas desgraças, os mesmos acidentes, doenças e outros lutos familiares? Mil anos de lágrimas garantidas, e para quê, se não é possível lembrar-se delas?
A pensarmos assim, é lógico imaginar, sem mais aquela, que Deus é cruel e não nos ama, exatamente como na Bíblia, onde Jeová parece comportar-se com Seu povo mais cruelmente que o mais furioso dos anti-semitas, massacrando ou fazendo massacrar durante séculos os Israelitas; até o pobre Moisés, um grande servidor de Deus, não teve o direito de ver em vida a Terra prometida, porque duvidou uma vez de Deus e bateu numa rocha duas vezes em vez de uma, como Jeová havia determinado. Tudo isso não passa de um monte de lendas sem relação com a verdadeira natureza do Pai-Mãe Infinito, e só fez, durante dois mil anos, causar perturbações, erros e massacres na realidade de vocês. A verdade sobre essas histórias de encarnações é a seguinte: seu livre arbítrio continua após sua primeira vida, e a ninguém será pedido que volte a este inferno terrestre no interior do corpo de um recém-nascido indefeso. Em geral, vocês têm algo melhor a fazer, continuando simplesmente sua carreira cósmica através das galáxias até a fonte de onde vêm, a partir do momento em que tenham realizado a fusão com sua parcela divina. Entretanto, há certos seres particularmente capazes, porque dotados de uma parcela divina muito antiga e experimentada, ou seja, porque já tiveram por várias vezes a oportunidade de passar pela totalidade do ciclo que, para um humano, leva ao Paraíso. Essas pessoas se comprometeram voluntariamente a voltar a este planeta azul para ajudar seus “pequenos” irmãos, até que estes sejam ancorados na realidade superior onde anjos e humanos, descentes e ascendentes, vivem em pleno conhecimento da Realidade; quando orgulho e ignorância, seus dois principais defeitos, forem banidos de sua realidade cotidiana, quando nenhum mais dentre vocês seja abandonado a sua sorte ao nascer, terá então chegado o momento, para esses seres excepcionais, de continuar seu próprio périplo paradisíaco, pois vocês não precisarão mais deles para se proteger de si mesmos.
Esses homens, sempre descentes, mas antigos ascendentes, são pouco numerosos, e conhecidos entre vocês com o nome de “avatares”. O Dalai Lama é um deles, bem como seu irmão mais novo, o Karmapa, por isso muito os amamos e respeitamos. Alguns outros Rimpoches (“avatar” em tibetano) os seguem em sua missão. Outras etnias abrigam regularmente grandes almas reencarnadas. É o caso de jovens filhas e filhos de Deus vindos para falar da Virgem ou dos estigmas da crucificação. Se seus políticos pudessem se inspirar na forma como o chefe espiritual dos tibetanos governa e protege seu pobre povo exilado e ameaçado de eliminação pelos comunistas chineses duas vezes criminosos (pois tentam matar a cultura e o corpo dos tibetanos), suas diferentes etnias estariam bem melhor. Os tibetanos não têm Joana d’Arc, mas têm o Dalai Lama! Como os negros americanos tiveram Martin Luther, no momento mais importante de sua jovem história.
Sendo essas culturas tão preciosas quanto a língua francesa (ver “Joana d’Arc”, Volume 2), é normal que intervenhamos também em seu favor, como fizemos com os franceses quando estavam ameaçados de desaparição. Outro elemento importante para sua evolução pessoal está contido no budismo, mas não se refere à doutrina sujeita a caução, como vimos anteriormente; esse elemento concerne às técnicas de meditação, de introspecção, de respiração e de cantos especiais (mantras) cujos harmônicos estimulam a glândula pineal e a fazem vibrar na freqüência adequada, o que lhes permite despertar para o mundo espiritual. A yoga tibetana é sem dúvida a mais completa, a mais eficaz, mas também a mais difícil das yogas conhecidas na Terra.
Assim, vocês não podem se dar ao luxo de perder o trunfo tibetano em sua realidade planetária, por isso a cultura tibetana não deve desaparecer, nem o Tibete. Respondam sem hesitar quando for organizada uma manifestação de apoio. Mostrem ao governo chinês que ele não tem o direito de dispor do povo tibetano, não mais do que os brasileiros têm o direito de dispor da floresta amazônica. Nos dois casos, é seu patrimônio que é atacado, e vocês podem combater (com amor) para o preservar.
Como, de um lado, os budistas, principalmente os tibetanos, são martirizados pelos luciferinos vermelhos e, de outro, o respeito pela vida, mesmo pela vida animal, está muito presente na filosofia budista, os anjos artesãos emitem sem cessar para os músicos, escritores e cineastas cuja glândula pineal lhes é acessível, para que eles sensibilizem a opinião pública mundial sobre essas anomalias. Embora a China represente, para todos os lobbies comerciais, políticos e financeiros, o mercado do século, e esses lobbies tenham o braço muito longo, esses anjos chegaram a um resultado encorajador com sua equipe de protegidos incorruptíveis.
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