Z
ZODÍACO
Agora posso ver Papai
Um juiz decidiu por mim
Disseram-me que era a lei
Mas Mamãe não quer mais vê-lo
E eu volto pra casa domingo à noite
Nesta última palavra, vou tentar ajudá-los também a separar o trigo do joio quanto a um problema que envolve a cada instante milhões de pessoas. Investir muito numa crença falsa que se tem como verdadeira é sem dúvida uma perda de tempo muito danosa no que concerne à carreira cósmica do mortal espaço-temporal.
E o caso, infelizmente, da astrologia, exemplo típico daquilo que uma meia verdade pode causar nas pessoas honestas em termos de desgaste intelectual. Atenção ! Não afirmei que tudo é falso, e que a astrologia não tem qualquer base que a sustente. Pensem bem, se esta arte conseguiu atravessar milênios e inclusive se desenvolver até nossos dias, é que existe pelo menos um fundo de verdade nessa história de influências astrais. O que lhes proponho é analisá-la mais de perto.
1°)- O que é verdadeiro
- É verdade que a configuração estelar no momento do seu nascimento vai influir em seu caráter, mas não mais que seu código genético, que a personalidade dos membros de sua família, que o país onde vocês nasceram, que a sua língua materna... É claro que a contribuição de todos esses fatores para a formação do caráter é no mínimo tão importante quanto a do signo zodiacal. O fato é que aquela influência existe...
- É também correto que são doze os arquétipos originais de personalidades humanas, e eles são em grande parte calcados nas mesmas leis que regem a música. As analogias são, no mínimo, impressionantes, vejam :
- Doze níveis de freqüências distintas de notas musicais: (dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá# sol, sol#, lá, lá#, si), e doze signos zodiacais.
- Uma mesma terminologia para definir a relação entre as notas musicais e os horóscopos das pessoas : « tríade maior, dissonância, consonância, modo menor, nota desafinada, cacofonia, nuances...”
De fato, as leis da harmonia são as mesmas em todas as áreas. A arte dos sons e a arte das boas relações entre as pessoas funcionam praticamente da mesma forma : modo maior = beleza, bondade felicidade; modo menor = harmonia calmante, romântica, às vezes triste, mas sempre profunda ; modo diminuto = expectativa, tensão, medo. E há outros, cobrindo afinal todo o leque de sentimentos humanos.
Existem também os signos ascendentes. O segundo signo, incluído nos doze básicos, é calculado com mais precisão usando-se a hora e o local exato de nascimento, e vai trazer a cada ano um pouco mais de suas características específicas para o ser humano, enquanto, no mesmo período, o signo astrológico principal verá se esfumarem cada vez mais suas características em proveito das do ascendente. E por isso, aliás, que ele se chama « signo ascendente » ! Mas é também este signo-bis que torna as coisas muito complicadas, pois os dois signos dão origem a milhares de combinações possíveis em função da idade e do sexo da pessoa, praticamente uma infinidade de combinações originais : um Leão de trinta anos com ascendente em Aquário não será mais o mesmo aos cinqüenta. Aos trinta anos, ele será mais Leão, aos cinqüenta, mais Aquário. Do mesmo modo, é grande a diferença entre um Câncer-Áries e um Câncer-Escorpião, ou mesmo um Escorpião-Câncer ! Muitas, muitas são as possibilidades...
Assim acontece com a música, em que, com as mesmas doze notas básicas, é possível continuar a encontrar novos sons, novas melodias, apesar da lista inacreditavelmente longa de músicas já compostas aqui. Alguns acordes são chamados tríades, com notas como almas irmãs, sejam eles maiores (acorde de terça e quinta maior) ou menores (acorde de terça menor e quinta maior). O ponto comum perfeito entre os dois acordes é a quinta, que permanece maior. Esta regra musical, transposta para a filosofia, indica que a quinta maior (acorde muito enérgico e forte) simboliza o que deve ser o caráter do aspirante à perfeição, principal mensagem da voz interior de Deus : « Sede perfeitos como Eu sou perfeito. » Isso não está longe dos sábios conselhos de um de seus pensadores que diz : « Mente sã em corpo são ».
Todos os acordes musicais não têm por certo a mesma qualidade sonora, mais existem deles para todos os gostos possíveis, inclusive para os menos objetivamente compreensíveis. As dissonâncias musicais, isto é, os acordes utilizados sobretudo na música do século XX, cujas freqüências, próximas umas das outras, se põem a vibrar fora do campo dos sons plenos e tranqüilizadores usados até então, tinham por função sacudir a mente das pessoas e prepará-las para as duras realidades que lhes traria esse século incrivelmente intenso. Além disso, psicológica e musicalmente falando, a resolução de acordes dissonantes em tríades causa um bem-estar superior à audição contínua de acordes perfeitos : em outras palavras, a dissonância põe em destaque a beleza e o caráter agradável da tríade. A reconciliação na cama é o correspondente amoroso dessas condições vibratórias.
A música dita « concreta », que era puro delírio intelectual de músicos (sem dúvida desencorajados em virtude da perfeição à qual haviam chegado seus pares do passado) que preferiram compor, se assim se pode dizer, sem a menor referência a qualquer lei de harmonia, com sons e notas sem pé nem cabeça, o resultado tendo ficado próximo do que pode ser produzido pelo acaso, pior ainda no caso de alguns deles, que pareciam ter um prazer maldoso em pôr em destaque os timbres os mais lancinantes e as melodias as mais absurdas. É claro que o resultado era, literalmente, pavoroso, pelo menos do meu ponto de vista. Assisti uma vez a uma apresentação, para verificar : era absolutamente irritante, tanto pela nulidade da inspiração quanto pelo resultado sonoro...
Quanto à forma de utilizar da melhor maneira possível o potencial de uma orquestra filarmônica, há, entre eles e Wagner, o abismo de pelo menos uma dimensão!
2°)- O que é falso
Sem falar da vidência, que se liga aos fenômenos mediúnicos, um certo número de pessoas inventou pura e simplesmente uma concepção astrológica pessoal, baseada em nada e que não chega a lugar algum, a não ser a extorquir dinheiro de pessoas em geral de origem modesta e cuja credulidade é desesperadora.
Após terem vagamente lido alguns princípios básicos e aprendido a calcular um tema astral, o que não requer qualquer atributo especial superior àquele necessário para entender uma regra de três, algumas pessoas se auto-proclamam « astrólogas » e começam a pôr cartas e prever o futuro (o que não tem, no entanto, nada a ver), em troca de pagamento.
Nada se pode fazer contra elas além de as boicotar, o que, aliás, não deve ser muito difícil. Todo mundo tem direito de trabalhar para viver, mas induzir em erro pobres pessoas crédulas não pode ser considerado como uma profissão...
Nenhum horóscopo nas publicações semanais tem qualquer valor, e achincalha a profissão, pois leva ao descrédito da verdadeira ciência astrológica, a que permitiu aos chineses, aos astecas e aos mesopotâmicos de há cinco anos atrás compreender e prever, graças a seus médiuns e a seus xamãs, um pouco de seu futuro (assim, a vinda de Adão e de Eva, há cerca de trinta milhares de anos terrestres, tinha sido anunciada em todas as lendas que falavam da vinda de gigantes louros de olhos azuis dotados de grandes poderes, possuidores de tecnologia avançada e que se deslocavam em « nuvens de fogo », como Enoque.
3°)- Para que serve a astrologia ?
A única explicação da utilidade da astrologia reside em suas revelações detalhadas sobre cada um dos doze arquétipos a que pertence fatalmente cada um de vocês, à parte todos os detalhes das variações de caráter em função da idade, do sexo e dos signos ascendentes, determinados pela hora e local exatos de nascimento. Alguns astrólogos, como Nostradamus, passaram a vida estudando as variações de influências astrais e extraindo deduções. Atualmente, existem no mercado programas de computador incrivelmente aperfeiçoados e precisos que levam em conta até o ciclo biorrítmico de cada um.
Esses programas permitem conhecer, sem sombra de dúvida, os principais defeitos e as principais qualidades que aparecem em seu mapa, permitindo que vocês eventualmente, se aperfeiçoem, do mesmo modo que é mais fácil de pentear quando se está diante do espelho. Do mesmo modo, é mais fácil trabalhar o caráter quando se está bem informado, graças à astrologia, sobre a família à qual pertence cada um de vocês.
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Agora posso ver Papai
Um juiz decidiu por mim
Disseram-me que era a lei
Mas Mamãe não quer mais vê-lo
E eu volto pra casa domingo à noite
Nesta última palavra, vou tentar ajudá-los também a separar o trigo do joio quanto a um problema que envolve a cada instante milhões de pessoas. Investir muito numa crença falsa que se tem como verdadeira é sem dúvida uma perda de tempo muito danosa no que concerne à carreira cósmica do mortal espaço-temporal.
E o caso, infelizmente, da astrologia, exemplo típico daquilo que uma meia verdade pode causar nas pessoas honestas em termos de desgaste intelectual. Atenção ! Não afirmei que tudo é falso, e que a astrologia não tem qualquer base que a sustente. Pensem bem, se esta arte conseguiu atravessar milênios e inclusive se desenvolver até nossos dias, é que existe pelo menos um fundo de verdade nessa história de influências astrais. O que lhes proponho é analisá-la mais de perto.
1°)- O que é verdadeiro
- É verdade que a configuração estelar no momento do seu nascimento vai influir em seu caráter, mas não mais que seu código genético, que a personalidade dos membros de sua família, que o país onde vocês nasceram, que a sua língua materna... É claro que a contribuição de todos esses fatores para a formação do caráter é no mínimo tão importante quanto a do signo zodiacal. O fato é que aquela influência existe...
- É também correto que são doze os arquétipos originais de personalidades humanas, e eles são em grande parte calcados nas mesmas leis que regem a música. As analogias são, no mínimo, impressionantes, vejam :
- Doze níveis de freqüências distintas de notas musicais: (dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá# sol, sol#, lá, lá#, si), e doze signos zodiacais.
- Uma mesma terminologia para definir a relação entre as notas musicais e os horóscopos das pessoas : « tríade maior, dissonância, consonância, modo menor, nota desafinada, cacofonia, nuances...”
De fato, as leis da harmonia são as mesmas em todas as áreas. A arte dos sons e a arte das boas relações entre as pessoas funcionam praticamente da mesma forma : modo maior = beleza, bondade felicidade; modo menor = harmonia calmante, romântica, às vezes triste, mas sempre profunda ; modo diminuto = expectativa, tensão, medo. E há outros, cobrindo afinal todo o leque de sentimentos humanos.
Existem também os signos ascendentes. O segundo signo, incluído nos doze básicos, é calculado com mais precisão usando-se a hora e o local exato de nascimento, e vai trazer a cada ano um pouco mais de suas características específicas para o ser humano, enquanto, no mesmo período, o signo astrológico principal verá se esfumarem cada vez mais suas características em proveito das do ascendente. E por isso, aliás, que ele se chama « signo ascendente » ! Mas é também este signo-bis que torna as coisas muito complicadas, pois os dois signos dão origem a milhares de combinações possíveis em função da idade e do sexo da pessoa, praticamente uma infinidade de combinações originais : um Leão de trinta anos com ascendente em Aquário não será mais o mesmo aos cinqüenta. Aos trinta anos, ele será mais Leão, aos cinqüenta, mais Aquário. Do mesmo modo, é grande a diferença entre um Câncer-Áries e um Câncer-Escorpião, ou mesmo um Escorpião-Câncer ! Muitas, muitas são as possibilidades...
Assim acontece com a música, em que, com as mesmas doze notas básicas, é possível continuar a encontrar novos sons, novas melodias, apesar da lista inacreditavelmente longa de músicas já compostas aqui. Alguns acordes são chamados tríades, com notas como almas irmãs, sejam eles maiores (acorde de terça e quinta maior) ou menores (acorde de terça menor e quinta maior). O ponto comum perfeito entre os dois acordes é a quinta, que permanece maior. Esta regra musical, transposta para a filosofia, indica que a quinta maior (acorde muito enérgico e forte) simboliza o que deve ser o caráter do aspirante à perfeição, principal mensagem da voz interior de Deus : « Sede perfeitos como Eu sou perfeito. » Isso não está longe dos sábios conselhos de um de seus pensadores que diz : « Mente sã em corpo são ».
Todos os acordes musicais não têm por certo a mesma qualidade sonora, mais existem deles para todos os gostos possíveis, inclusive para os menos objetivamente compreensíveis. As dissonâncias musicais, isto é, os acordes utilizados sobretudo na música do século XX, cujas freqüências, próximas umas das outras, se põem a vibrar fora do campo dos sons plenos e tranqüilizadores usados até então, tinham por função sacudir a mente das pessoas e prepará-las para as duras realidades que lhes traria esse século incrivelmente intenso. Além disso, psicológica e musicalmente falando, a resolução de acordes dissonantes em tríades causa um bem-estar superior à audição contínua de acordes perfeitos : em outras palavras, a dissonância põe em destaque a beleza e o caráter agradável da tríade. A reconciliação na cama é o correspondente amoroso dessas condições vibratórias.
A música dita « concreta », que era puro delírio intelectual de músicos (sem dúvida desencorajados em virtude da perfeição à qual haviam chegado seus pares do passado) que preferiram compor, se assim se pode dizer, sem a menor referência a qualquer lei de harmonia, com sons e notas sem pé nem cabeça, o resultado tendo ficado próximo do que pode ser produzido pelo acaso, pior ainda no caso de alguns deles, que pareciam ter um prazer maldoso em pôr em destaque os timbres os mais lancinantes e as melodias as mais absurdas. É claro que o resultado era, literalmente, pavoroso, pelo menos do meu ponto de vista. Assisti uma vez a uma apresentação, para verificar : era absolutamente irritante, tanto pela nulidade da inspiração quanto pelo resultado sonoro...
Quanto à forma de utilizar da melhor maneira possível o potencial de uma orquestra filarmônica, há, entre eles e Wagner, o abismo de pelo menos uma dimensão!
2°)- O que é falso
Sem falar da vidência, que se liga aos fenômenos mediúnicos, um certo número de pessoas inventou pura e simplesmente uma concepção astrológica pessoal, baseada em nada e que não chega a lugar algum, a não ser a extorquir dinheiro de pessoas em geral de origem modesta e cuja credulidade é desesperadora.
Após terem vagamente lido alguns princípios básicos e aprendido a calcular um tema astral, o que não requer qualquer atributo especial superior àquele necessário para entender uma regra de três, algumas pessoas se auto-proclamam « astrólogas » e começam a pôr cartas e prever o futuro (o que não tem, no entanto, nada a ver), em troca de pagamento.
Nada se pode fazer contra elas além de as boicotar, o que, aliás, não deve ser muito difícil. Todo mundo tem direito de trabalhar para viver, mas induzir em erro pobres pessoas crédulas não pode ser considerado como uma profissão...
Nenhum horóscopo nas publicações semanais tem qualquer valor, e achincalha a profissão, pois leva ao descrédito da verdadeira ciência astrológica, a que permitiu aos chineses, aos astecas e aos mesopotâmicos de há cinco anos atrás compreender e prever, graças a seus médiuns e a seus xamãs, um pouco de seu futuro (assim, a vinda de Adão e de Eva, há cerca de trinta milhares de anos terrestres, tinha sido anunciada em todas as lendas que falavam da vinda de gigantes louros de olhos azuis dotados de grandes poderes, possuidores de tecnologia avançada e que se deslocavam em « nuvens de fogo », como Enoque.
3°)- Para que serve a astrologia ?
A única explicação da utilidade da astrologia reside em suas revelações detalhadas sobre cada um dos doze arquétipos a que pertence fatalmente cada um de vocês, à parte todos os detalhes das variações de caráter em função da idade, do sexo e dos signos ascendentes, determinados pela hora e local exatos de nascimento. Alguns astrólogos, como Nostradamus, passaram a vida estudando as variações de influências astrais e extraindo deduções. Atualmente, existem no mercado programas de computador incrivelmente aperfeiçoados e precisos que levam em conta até o ciclo biorrítmico de cada um.
Esses programas permitem conhecer, sem sombra de dúvida, os principais defeitos e as principais qualidades que aparecem em seu mapa, permitindo que vocês eventualmente, se aperfeiçoem, do mesmo modo que é mais fácil de pentear quando se está diante do espelho. Do mesmo modo, é mais fácil trabalhar o caráter quando se está bem informado, graças à astrologia, sobre a família à qual pertence cada um de vocês.
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